A fazenda Fouceiro e a engenhoca de 300 anos que existe em Bom Conselho

O objetivo de realizar uma pesquisa juntamente com a professora Ana Cristina da Universidade Estadual de Alagoas – Uneal me proporcionou a oportunidade de conhecer uma engenhoca de fabricação de açúcar mascavo e rapadura com mais de 300 anos. A peça se encontra na fazenda Fouceiro entre os estados de Alagoas e Pernambuco na fronteira entre Palmeira dos Índios e Bom Conselho.


A fazenda de 1300 hectares de terras férteis eestá no povoado Queimadas, zona rural de Bom Conselho, entre vales e montanhas verdejantes pertence ao engenheiro civil, Roberval Fernandes de Albuquerque.


Minha mulher Luciana Ferreira, também foi conhecer a engenhoca

Doutor Roberval é neto do senhor de engenho e major da Guarda Nacional que existiu no Império e filho do Capitão da Guarda Nacional, Manoel Fernandes de Albuquerque (Lau Fernandes).

A pesquisa serviu para aprimorar os conhecimentos sobre história e, sobretudo conhecer fatos do Brasil Imperial e das transformações das fazendas que produziam cana de açúcar e café em várias regiões do Nordeste e como foram modernizadas com pastos para a criação de gado de leite e corte.


Esse é seu André, morador da fazenda Fouceiro há 45 anos. 

Saiba Mais

Com 78 anos, lúcido, forte e com muita disposição o engenheiro civil e criador de gado conta as histórias de seu pai e seu avó comprando gado em Garanhuns, Bom Conselho, Quebrangulo e conduzindo o rebanho tangendo através de estradas empoeiradas por léguas e léguas em viagens que chegavam a durar até 30 dias até Feira de Santana no interior da Bahia.

Por essa estrada interligam-se os municípios de Bom Conselho e Quebrangulo e Palmeira dos Índios

Atualmente tudo é moderno, o gado é conduzido nas carretas com até dois andares e os vaqueiros desprezaram os cavalos e utilizam motos.

A Fazenda Fouceiro fica distante de Bom Conselho, 25 quilômetros, e de acordo com Roberval Fernandes a energia elétrica chegou a sua propriedade em 1965.

De cima da serra das Queimadas, tivemos uma vista panorâmica da barragem do Bálsamo

O Rio Balsamo completa a paisagem verdejante da propriedade separando Palmeira dos Índios de Bom Conselho.
A engenhoca está dentro de um cercado debaixo de uma baia protegida para não ser consumida pelas intempéries do tempo.

Cláudio André (documentarista e pesquisador) e o geógrafo José Fábio Bezerra, quando estivemos fazendo a trilha das Queimadas.

Mostrei ao meu filho Gabriel como funcionava a engenhoca da fazenda Fouceiro.

Em toda a região sul de Bom Conselho, você vai encontrar fazendas que passaram pelo ciclo do café e da cana de açucar.

Primeira pesquisa: Maio de 2010
Textos: Roberto Gonçalves e Claudio André
Fotos: JB Noticias e Cláudio André
Agradecimentos a professora de Geografia da UNEL, Ana Cristina pela pesquisa

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Agradecimentos pelo apoio de sempre ao venerável Marcos Guedes

Seca severa deve atingir 30% dos municípios alagoanos

Imagem: Cláudio André O Poeta


O Mapa do Monitor de Secas indica agravamento da estiagem em todo o semiárido alagoano, onde já é possível observar aumento da severidade no alto Sertão. Em dezembro, a área total com escassez prolongada de água no Estado havia aumentado em pelo menos 9% em relação a 2022.

A previsão é que a seca será ainda mais severa em 30% dos municípios alagoanos, ou seja, 31 das 102 cidades. A informação é da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).

De acordo com a Semarh, os municípios mais afetados pela seca serão Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho d’água do Casado, Pão de Açúcar, Belo Monte, Palestina, Traipu, Olho d’água Grande, São Brás, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Água Branca, Canapi, Ouro Branco, Senador Rui Palmeira, Maravilha, Carneiros, Minador do Negrão, Cacimbinhas, Major Isidoro, Jaramataia, Batalha, Olivença, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Olho d’água das Flores, São José da Tapera, Dois Riachos, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema.

FENÔMENO
EL NIÑO

Em relação à previsão para o verão em Alagoas, Pinho relata que é esperada pouca chuva (com possível diminuição de casos de trovoadas em Alagoas) e temperaturas mais elevadas. Mesmo que esse período esteja fora do período de recarga hídrica, as trovoadas são importantes para o Sertão de Alagoas, já que elas ajudam a encher cisternas e barreiros.

“Pelo menos até o início do próximo período chuvoso, a tendência ainda é de chuvas abaixo da normalidade em todo o Estado. O auge do El Nino está previsto para janeiro e isso deve influenciar no baixo volume de chuvas dos primeiros meses de 2024”, destaca Vinícius Pinho.

A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) afirma que segue prestando o papel de orientação e defesa dos municípios na luta para assegurar a distribuição de água potável por meio da Operação Carro-Pipa, no acompanhamento da evolução da estiagem dos municípios, por meio dos relatórios do Monitor da Seca, ferramenta gerida pela Semarh.

“A associação também se empenha em acompanhar, junto às Defesas Civis Municipais, a validade dos decretos de situação de emergência, para garantir a legalidade das ações, recebimento de recursos e a inclusão das cidades em programas que visam reduzir os impactos causados pela seca”, finaliza a AMA.

Redação/Gazeta Web