MP do Mais Médicos é aprovada no Senado e vai à sanção presidencial



A MP do Mais Médicos foi aprovada sem alterações no Senado, na noite desta terça-feira (20). A proposta segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A medida foi aprovada na Câmara dos Deputados em 14 de junho, com uma alteração batizada de “emenda anti-Cuba“. De autoria do deputado Rodrigo Valadares (União-SE), o trecho proíbe o repasse de parte do salário dos médicos estrangeiros aos governos de seus respectivos países.

O projeto relançou o Programa Mais Médicos. Trata-se de uma das ações prioritárias do governo petista para este primeiro ano de mandato. A gestão federal inclusive já lançou editais que somam 16 mil vagas para profissionais aderirem à iniciativa.

O Mais Médicos sofreu algumas mudanças na Câmara. O parecer da relatora Zenaide Maia (PSD-RN) estipulou que os médicos estrangeiros contratados pelo governo brasileiro, chamados de “intercambistas”, não mais poderão ter dispensa definitiva de revalidação do diploma. Em vez disso, o profissional poderá participar do programa sem revalidação por um período de quatro anos.

Um destaque apresentado pelo PL, principal partido de oposição, foi aprovado e retirou da MP o dispositivo responsável por permitir a dispensa da prova prática de habilidades clínicas no Revalida. Trata-se de um exame requerido a profissionais formados no exterior, para obtenção do registro para o exercício da Medicina no Brasil.

Retorno do Mais Médicos

Enquanto o Mais Médicos original contratava majoritariamente médicos estrangeiros, principalmente cubanos, o programa repaginado vai priorizar médicos brasileiros.

Além da criação de postos inéditos em municípios no Norte do Brasil, a retomada do programa utilizou um cálculo interno para medir o grau de vulnerabilidade das cidades atendidas pelo projeto. A partir daí, o governo distribuiu as vagas de acordo com as demandas regionais.

Aproximadamente 47% delas estão concentradas em áreas consideradas de alta vulnerabilidade, com índices de extrema pobreza e baixo rendimento per capita.

por Gazeta/AL


Como o fenômeno El Niño vai afetar o inverno, que começa amanhã


O inverno começa oficialmente no hemisfério sul nesta quarta-feira (21). A estação mais fria do ano, entretanto, deve ser atípica por influência do El Niño, fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas — e que pode, inclusive, se tornar um Super El Niño.

O El Niño, assim como a El Niña, determina mudanças nos padrões de transporte de umidade e, portanto, variações na distribuição das chuvas em algumas partes do mundo — inclusive o Brasil.

Segundo o International Research Institute for Climate and Society, os dois fenômenos, El Niño (EN) e La Niña (LN), têm as seguintes características:

  • tendem a se desenvolver entre abril e junho
  • atingem o pico entre outubro e fevereiro
  • duram entre 9 e 12 meses,
  • podem persistir por até aproximadamente 2 anos
  • recorrem em intervalos de 2 a 7 anos

Ou seja, acontecem de maneira alternada e periódica, com um período de neutralidade entre eles. Para determinar que um dos dois fenômenos está em curso é preciso haver persistência na alteração de temperatura no Oceano Pacífico por, pelo menos, cinco ou seis meses de registros de altas ou quedas para que um dos fenômenos se consolide de fato.

O El Niño é a fase positiva do fenômeno chamado El Niño Oscilação Sul (ENOS). Ou seja, quando ele está em atuação, o calor é reforçado no verão e o inverno é menos rigoroso. Isso ocorre porque ele dificulta o avanço de frentes frias no país, fazendo com que as quedas sejam mais sutis e mais breves.


O ar se torna mais seco e passa a circular para baixo, o que dificulta a formação de chuva e está associado a períodos de secas.

Quais os impactos do El Niño sobre o clima do Brasil?

Causa secas no Norte e Nordeste do país (chuvas abaixo da média), principalmente nas regiões mais equatoriais; e provoca chuvas excessivas no Sul do país e no sudeste do país.

Tem relação com o aquecimento global?

Não, já que essa variabilidade climática é diferente de mudança climática (que é definitiva, quando o regime climático como um todo se altera e cria um novo padrão).

No entanto, as mudanças climáticas devem afetar inclusive esses mecanismos de variabilidade porque a própria circulação dos oceanos deve mudar e afetar como o clima vai repercutir ao redor do globo.

Super El Niño?

A ocorrência do evento de variação climática já era amplamente esperada. Há expectativa de especialistas de que ele possa até mesmo se configurar como um Super El Niño.


A confirmação de que o "El Niño" está entre nós foi divulgada por Emily Becker, uma cientista do clima e comunicadora da NOAA. Segundo ela, "as chances dele se tornar um evento forte em seu pico são de 56%, enquanto as chances de termos pelo menos um evento moderado são de aproximadamente 84%".

Feira Agro Pedagógica de Garanhuns

Nós, Professores de Práticas Agrícolas, juntamente com os Estudantes da Educação de Jovens e Adultos Destinada às Populações do ...