Governo quer que 70% dos insumos do SUS sejam produzidos no país


O governo federal anunciou, nesta segunda-feira (3/4), uma articulação interministerial para que 70% das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), como medicamentos, equipamentos e vacinas, passem a ser produzidas no país num período de até 10 anos.

O anúncio foi feito durante cerimônia de reestruturação do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), que tem como objetivo turbinar o sistema produtivo de bens e serviços ligados ao setor.

Criado em 2008, durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o colegiado foi extinto durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), meses antes do início da pandemia de coronavírus e recriado no fim do ano passado, porém de forma esvaziada.

Apesar das mudanças anunciadas nesta semana, o Ministério da Saúde não informou as metas a serem seguidas periodicamente para que o percentual de 70% seja atingido em até uma década. O decreto com a reestruturação do Geceis deve ser publicado nos próximos dias.

Ainda durante a transição de governo, no ano passado, a gestão eleita já discutia a reestruturação do grupo, a fim de desenhar uma política pública de Estado que tivesse inserção na economia para transformar a saúde em um dos principais indutores de geração de emprego e renda no país.

Com a reestruturação do Geceis, o governo espera elaborar estratégias de interligação das áreas industriais para produção nacional de medicamentos, insumo farmacêutico ativo (IFA) e equipamentos de proteção, entre outros materiais, com o objetivo de potencializar a inovação e produção na área.

Atualmente, o setor sanitário é responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar disso, o Brasil importa mais de 90% da matéria-prima usada no país para a produção de insumos como vacinas e medicamentos. Na área de equipamentos médicos, o percentual é de 50%. Essa dependência do mercado externo faz com que o país tenha o segundo maior déficit comercial na economia brasileira — cerca de US$ 20 bilhões em importações –, perdendo apenas para o setor de eletrônicos e de tecnologia da informação.

“É um setor estratégico para a reindustrilização do país e cuja fragilidade ficou ainda mais evidente durante a pandemia de Covid-19. A maior autonomia do Brasil é fundamental para reduzir a vulnerabildiade do SUS e assegurar o acesso universal à saúde”, informou o governo.

A leitura do governo federal é que a dependência do Brasil para a aquisição de insumos torna o sistema de saúde público vulnerável ao mercado externo, o que acaba dificultando a compra de produtos essenciais, com preços altos, variáveis e suscetíveis às oscilações da economia mundial.

Eixos de trabalho

A reestruturação do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde contará com a retomada de investimentos e ações estratégicas para fortalecer o grupo a partir dos seguintes eixos:

  • reindustrialização nacional;
  • ampliação da produção e geração de empregos e produtividade;
  • otimização do poder de compra do Estado;
  • financiamento da ciência;
  • redução da dependência produtiva e tecnológica;
  • garantia do acesso universal à saude;
  • orientação do ambiente regulatório; e
  • cooperação regional e global.

Anvisa flexibiliza uso de máscaras em hospitais do Brasil


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) flexibilizou o uso de máscaras em serviços de saúde, como em hospitais. Com isso, foi alterada nota técnica, que estava em vigor desde 2020, início da pandemia de covid-19. De acordo com a Anvisa, a mudança ocorre após discussões sobre o assunto, redução de casos e mortes pela doença e oferta de vacina no país.

A proteção facial passa a ser recomendada para situações específicas.

Veja abaixo em quais situações:

  • Pacientes com sintomas respiratórios ou positivos para Covid-19 e os acompanhantes.
  • Pacientes que tiveram contato próximo com caso confirmado durante os últimos 10 dias, período de transmissão da doença.
  • Profissionais que fazem a triagem de pacientes.
  • Profissionais do serviço de saúde, visitantes e acompanhantes presentes nas áreas de internação de pacientes, como, por exemplo, as enfermarias, os quartos, as unidades de terapia intensiva, as unidades de urgência e emergência, os corredores das áreas de internação etc.
  • Situações em que houver a indicação do uso de máscara facial como equipamento de proteção individual (EPI) para profissionais de saúde, em qualquer área do serviço de saúde.

Segundo a Anvisa, é considerado caso próximo: quem esteve a menos de um metro de distância de uma pessoa com covid-19, por pelo menos 15 minutos, sem máscara; quem teve contato físico direto com um caso positivo da doença e tocou os olhos, a boca ou o nariz com as mãos sem higienizá-las; profissional de saúde que atendeu paciente com a doença sem EPI ou com equipamento de proteção danificado e quem vive ou esteve em mesmo ambiente, creche, alojamento, escritório ou escola, de um caso confirmado.

A agência reforça para que acompanhantes de pacientes internados e visitantes continuem a usar a proteção facial quando estiverem nas unidades de saúde. “A orientação é não retirar a máscara durante a permanência dentro do estabelecimento de saúde, inclusive no quarto ou na enfermaria onde o paciente estiver. O objetivo dessa medida é prevenir contaminações e transmissão de Covid-19 no ambiente hospitalar e proteger pacientes, outros acompanhantes, visitantes e profissionais”, informa.

As recomendações, conforme a agência, permanecerão em constante reavaliação com base no cenário da covid-19.

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