Lendo Guimarães Rosa - As pessoas não morrem, ficam encantadas

A leitura fascina, liberta e inspira... Já viveu essa experiência de ler no meio da caatinga, numa pausa durante uma trilha ecológica? Isso vivenciei quando subia a serra da Castanha em Flores, sertão do Pajeú.

Comecei o primeiro dia de dezembro, lendo o poeta mineiro, João Guimarães Rosa, nascido em Cordisburgo/MG, no dia 27 de junho de 1908. No ano de 1967, 59 anos passados, no seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, três dias antes de morrer, curiosamente, suas palavras destacaram o tema da morte:

Eis o texto:
Mas - o que é um pormenor de ausência. Faz diferença? “Choras os que não devias chorar. O homem desperto nem pelos mortos nem pelos vivos se enluta". A gente morre é para provar que viveu. Só o epitáfio é fórmula lapidar. (...) Alegremo-nos, suspensas ingentes lâmpadas. E: “Sobe a luz sobre o justo e dá-se ao teso coração alegria!” - desfere então o salmo. As pessoas não morrem, ficam encantadas.


Guimarães Rosa foi um dos principais representantes do regionalismo brasileiro, característica da terceira fase do modernismo. 
Com uma linguagem fiel à popular, o escritor conseguiu inovar a literatura. Como atuou como médico e diplomata, Rosa começou a publicar seus textos mais tarde, apenas com 38 anos.

No seu mais famoso livro, "Grande Sertão: Veredas", tem uma das mais belas narrativas que retrata nosso cotidiano, quando achamos que não devemos seguir em frente diante dos "solavancos" que a vida nos apresenta.

Leia-se o texto a seguir


"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
O que Deus quer é ver a gente
aprendendo a ser capaz
de ficar alegre a mais,
no meio da alegria,
e inda mais alegre
ainda no meio da tristeza!
A vida inventa!
A gente principia as coisas,
no não saber por que,
e desde aí perde o poder de continuação
porque a vida é mutirão de todos,
por todos remexida e temperada.

O mais importante e bonito, do mundo, é isto:
que as pessoas não estão sempre iguais,
ainda não foram terminadas,
mas que elas vão sempre mudando.

Afinam ou desafinam. Verdade maior.
Viver é muito perigoso; e não é não.
Nem sei explicar estas coisas.
Um sentir é o do sentente, mas outro é do sentidor".

Rosa foi um estudioso da cultura popular brasileira. Sua obra que merece maior destaque e por ter sido a mais premiada, é “Grande Sertão: Veredas”, publicada em 1956 e traduzida para diversas línguas.

Sobre seus escritos, o próprio autor afirma:

Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens.

Em síntese, ler faz um bem danado... 

Em 1735, o Capitão-mór Domingos de Faria construiu a capela de Na. Sra. da Conceição

De acordo com o que diz a tradição, o capitão Antônio Ferreira Guimarães e o tenente Domingos de Farias Castro, sendo o primeiro, dono da fazenda Bertioga e o segundo, dono da fazenda Passagem, morando nos extremos da antiga fazenda Cabaceiras e sendo muito religiosos, combinaram levantar uma capela no lugar onde se encontrassem, partindo cada um a pé da casa grande de suas propriedades.

Os dois povoadores se encontraram e trocaram saudações numa elevação de terra ao norte da cidade, junto a um riacho que mais tarde recebeu o nome de Riacho da Igreja. Provavelmente foi esta capela, construída no ano de 1720 em honra e glória a N. S da Conceição que serviu provisoriamente de igreja matriz, logo depois da posse do vigário Plácido da Silva Santos que cuidou da edificação da matriz, substituindo assim a antiga erguida.

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Município de Cabaceiras, foi criada por força de lei provincial de número 41, do dia 29 de agosto do ano de 1835 e provida canonicamente por Sua Excelência Reverendíssima Dom João da Purificação Marques Perdigão, Bispo de Olinda, pernambucano nomeando como seu primeiro vigário o Padre Plácido da Silva Santos.

Até o ano de 1959, a paróquia de N. S. da Conceição de Cabaceiras, contava com o Centro do Apostolado da Oração, Pia União das Filhas de Maria, Conferência Vicentina, Obra das Vocações Sacerdotais, Irmandade de N. S. do Desterro fundada em 1886 e a de N. S. do Rosário, posteriormente.

A paroquia de N S da Conceição abrangia nesta época 2796 km e a população do município atingiu a 30.954 habitantes. Limitava-se ao norte com a paróquia de S J do Cariri, a leste com sede Episcopal de Campina Grande, ao sul com as paróquias de Aroeiras e Umbuzeiro e a Oeste com a paróquia de Surubim, da Província Eclesiástica de Olinda, Pernambuco.

Foi fundador de Cabaceiras o Capitão-mór Domingos de Faria Castro, português nascido em Cheleiros, casado com a caririense Isabel Rodrigues de Oliveira, filha de Isabel Rodrigues e do Capitão Pascácio de Oliveira Ledo, do clã dos Oliveira Ledo, sertanistas e grandes sesmeiros na Paraíba. 

Ao casar com o então Tenente Domingos de Faria Castro, Isabel Rodrigues de Oliveira levou como dote uma légua de terra, sítio denominado Pasto das Bestas; e sua irmã Cristina Rodrigues de Oliveira, casada com o Capitão Antônio Ferreira Guimarães, levou por dote uma parte do sítio Cabaceiras, no valor também de 250$000 (duzentos e cinqüenta mil réis).

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