Você é uma caducifólia ou perenifólia

Tronco da umburana-de-cambão

Dias atrás em uma trilha ecológica, encontrei uma vegetação caducifólia, onde percebi que os mulungus, os cajueiros, as umburanas de cambão, por exemplo, estão sempre renovando suas folhagens (conforme a estação).

Percebi que muitas vezes temos que aprender com essas árvores a tática da renovação, ou seja, tirar de nós "folhagens" que muitas vezes nos sufoca e tira o fôlego de renovar-se para seguir em frente.

A vegetação caducifólia perde a folhagem para outra nascer e seguir seu ciclo de reprodução, enquanto que a perenifólia, só perde a folhagem original quando a outra nasce, para não ficar desprovida as intempéries do tempo e não perder sua beleza natural. 

Quanta sabedoria da natureza! 

E você que ler esse texto agora, qual vegetação você é? Como faz para não perder suas razões, especialmente quando a vida te propor uma decisão difícil e árdua?

E agora, você é uma caducifólia ou uma perenifólia?

A saga de Carlos Vilela era encontrar ouro na caverna dos Holandeses há 113 anos

Documentarista Cláudio André O Poeta, na caverna dos Holandeses

Carlos Correia da Costa Villela era dotado de uma grande inteligência.

Se tivesse deixado o sertão como fizeram seus irmãos Luís Carlos, Sérgio e Marcos, certamente, como eles teria tido um papel de destaque na sociedade. 

Filho mais velho de Pai Matu e Mãe Mariquinha, casou-se muito jovem, com sua prima Maria José, filha de Pai Pinto e Mãe Chiquinha. 

Morando na Baixa Grande, a única atividade rendosa era a lavoura, a qual se dedicou, nunca abandonando porém a boa leitura. Tinha gênio inventivo e chegou a executar várias das suas invenções. Estudando em livros de medicina, percorria o sertão com sua bolsa de couro cheio de remédios, que aliviavam os sofrimentos dos caboclos

Depois de quatorze anos de feliz matrimônio, perdeu a esposa que lhe dera quatorze filhos, dos quais somente sete sobreviveram: Eugélio, Arthur, Carlos, Galeana, Aurélia, Luíza e Adauto.

Casou-se a seguir com sua cunhada Francisquinha, nascendo, desse matrimônio: Leoniça, Otávia, Mirza e Tercia, a primeira já falecida.

Foi durante o segundo casamento que se dedicou de corpo e alma à tarefa de descobrir um tesouro que teria sido enterrado pelos holandeses na Serra do Bulandim

Essa busca tornou-se para ele verdadeira obsessão, ocasionada talvez pelo desiquilíbrio entre sua enorme inteligência e sua cultura, adquirida aqui e ali em obras esparsas, sem nenhuma orientação.

Na breve história que escreveu quando já muito doente aguardava a hora final, deixou transparecer o seu desejo de ser herói, de fazer alguma coisa que o tornasse conhecido aos olhos do mundo.

Podemos avaliar o sofrimento de tal criatura, dotada de larga visão que apenas vislumbrava desorientada quanta coisa poderia aprender e realizar, mas que tinha de permanecer acorrentado a um lugar que nada poderia oferecer à sua mente insaciável de saber, a lutar com o solo para dele tirar o sustento.

A vida rural perdera o prestígio, enquanto cresciam as cidades. Seus irmãos ingressaram no exército e já principiavam a fazer carreira. Sentia-se como um pária, perdido naquelas lonjuras, quando surgiu a ideia de executar a tarefa, que, se levada a termo o tornaria famoso.

Encontrou porém, ao fim de quatro anos de busca incessante, que lhe consumiu todos os recursos, o sofrimento, a doença e a morte. Mas, deixemos que o protagonista dessa triste história, através de alguns trechos de suas memórias, conte-nos o seu sonho e a sua desdita.


Prossegue no próximo post...

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