12 de novembro de 2022

MAJOR ROCHA GUEDES FOI EMPRESÁRIO EM PALMEIRA DE FORA

 

O túmulo de Rocha Guedes e esposa está no lado externo da capela de Nossa Senhora das Brotas
O major Joaquim da Rocha Guedes, quando morreu aos 74 anos, deixou 05 cinco filhos do casamento com a senhora Ana da Rocha Guedes. Eis os nomes:

01. Maria da Rocha Guedes, casada com Antônio Tomé de Mendes

02. Cândida Guedes Duarte, casada com o coronel Manoel da Costa Duarte

03. Capitão Saturnino da Rocha da Guedes, casado com Maria Cândida Duarte

04. Liberalino Guedes Palmeira, casado com Idalina Guedes Duarte

05. Major Elias da Rocha Guedes, casado com Maria Clementina de Barros

Nesta mesma pesquisa, descobrimos o seguinte:

Descobri que o camarada que deu o nome de Minador do Negrão, chamado de Félix de Souza Negrão, casou com a neta do alferes João da Rocha Pires e era o responsável pelas documentações das terras do patrão, dava uma de advogado da família de Rocha Pires.

A IGREJA QUE VALEU 12 NOVILHAS, 01 TOURO E MEIA LÉGUA DE TERRAS (Parte 02)

 

A capela de Santa Cruz, construída em 1771, foi cenário do filme Vidas Secas, baseado na obra literária de Graciliano Ramos em meados do século XIX.

Este é o altar original da capela de Nossa Senhora das Brotas que no próximo dia 30 de dezembro, fará 251 anos de sua construção, segundo documentos conseguidos durante a pesquisa do documentarista Cláudio André O Poeta.
SAIBA MAIS

O SURGIMENTO DA COMUNIDADE DE SANTA CRUZ
A sesmaria comprada por João Rocha Pires a João Pereira Vilela de Bom Conselho/PE, garantiu o início da povoação do local que antes era tido como Ribeira do Traipu. As primeiras casas eram dos filhos do segundo tenente do Exército (alferes), Rocha Pires, que juntamente com a família desbravou o início do sertão, pois havia mata fechada com pura vegetação de caatinga.

É bom lembrar que esta sesmaria estava situada entre as Vilas de Palmeira e Santana do Ipanema. Sem demorar muito tempo, com o advento das amizades do filhos de João Rocha Pires, logo outras famílias chegaram para construírem suas casas e morar e passados menos de uma década a comunidade recebeu o nome de Santa Cruz, justamente a pedido do casal João e Thomasia que eram muito devotos da Santíssima Trindade.

O DISTRITO DE SANTA CRUZ
O sítio Santa Cruz estava contido nas terras de Palmeira dos Índios, que após ser emancipado, em 1889, dividiu-se em distritos - o povoado de Santa Cruz tornou-se sede do 3º Distrito Oficial de Palmeira.

Neste período, Alagoas ainda fazia parte da Capitania Hereditária de Pernambuco e era uma das quatro Vilas, Penedo, Lagoa do Sul (Hoje Marechal Deodoro), Porto Calvo e Atalaia. Mas a sesmaria de João Rocha Pires estava dentro do perímetro da jurisdição de Penedo.

A DOAÇÃO/CONSTRUÇÃO
Quando já estava com 79 anos de idade, o alferes João Rocha Pires, resolveu fazer doação de meia-légua de terra para a Igreja Católica, mas que fosse para ser construída a capela de Nossa Senhora das Brotas.
Na terceira visita a capela, esse documentarista pode comprovar que a igreja foi construída com barro de louça, rochas e vara. A madeira de lei usada para fazer o coro da capela permanece intacta. 

Ainda estamos buscando algumas informações, tipo, quanto tempo se levou para a obra ficar pronta e o que significa a data de 1868, exposta na fachada da capela.


Coro da capela de Nossa Senhora das Brotas.


O sino original da capela de Nossa Senhora das Brotas do sítio Santa Cruz, está pendurado em uma das torres da Catedral de Diocesana de Palmeira dos Índios/AL. Tanto a imagem da santa, o sino e outras peças sagradas da referida capela foram levadas pelo padre Macedo para a cidade vizinha.

OUTROS RELATOS...
Consta em documentos e livros de outros pesquisadores, que o alferes João da Rocha Pires, faleceu no ano de 1776, cinco anos após o início da construção da capela, que tudo indica que a construção demorou pelo menos 04 anos, onde um ano depois, Rocha Pires foi o primeiro enterrado dentro da capela de Nossa Senhora das Brotas.

Debaixo do altar também estão enterrados outros descendentes, mas não há registros documentais de quantos e quem são. 

Quando ele morreu aos 84 anos de idade, deixou 04 filhos, 10 netos, 15 bisnetos e 13 trinetos.

Pouca gente não foi, provavelmente, filhos e netos, pois não havendo mais espaços no interior da capela, ao seu lado direito (parte externa da capela), começaram a ser enterrados os que iriam morrendo posteriormente, no sentido de que a família até na morte estariam unidos e continuarem sendo reverenciados. 

No lado direito e externo da capela há um cemitério antigo, com túmulos de parentes de João Rocha Pires. Esse túmulo que não tem identificação, provavelmente esteja algum dos filhos do referido alferes.

Para finalizar, sabemos que no passado, a partir do início da povoação de Santa Cruz, houve um próspero centro comercial, feiras aos domingos, reunindo moradores de toda a região do agreste e sertão de Alagoas. A comunidade pertenceu ao município de Cacimbinhas por 157 anos. Quando em 1992, Estrela de Alagoas tornou-se município, herdou essa relíquia de história, porém não é explorado. 

Já era para a capela de Nossa Senhora das Brotas ser tombada como patrimônio histórico cultural e religioso do Estrela...

Na próxima postagem, apresentaremos os descendentes do alferes português, João Rocha Pires...
Aguardem!