Torturadores, ditadura e democracia em risco (por Francisco Alexandre)


Torturadores, ditadura e democracia em risco

As confirmações recentes vindas a público sobre os abusos da ditadura militar apenas confirmam o que todos sabemos: foram mais de 20 anos de crimes de homicídio, perseguição e tortura. Crimes como os cometidos contra Wladimir Herzog, Manuel Fiel filho, Rubens Paiva. 

Perseguições como as que cassaram e exilaram governadores, parlamentares e Ministros do STF. Situações que até pouco tempo os militares evitavam falar. 

Mas, desde o início do desgoverno Bolsonaro eles têm agido com tamanha desfaçatez que choca e agride, o que revela que em nada mudaram depois de quase quarenta anos de retomada da democracia.

Os crimes e abusos cometidos durante a ditadura militar no Brasil até hoje não foram apurados, tanto pela falta de coragem do Congresso como pela falta de vontade do Judiciário para julgar e definir punições para as atrocidades cometidas em mais de 20 anos de ditadura. 

Impunidade sob o argumento de que houve anistia para os que torturaram e mataram muitos brasileiros, uma afronta ao que diz as leis do Brasil desde os anos 1940, as quais definem a tortura como crime imprescritível e inafiançável.

Os abusos e as agressões que o país acompanha nesses dias é resultado da leniência dos poderes constituídos com os que atentam contra a democracia, a exemplo das cometidas pelo deputado Daniel Silveira. Acrescidas das do vice-presidente Mourão, da exaltando o golpe de 1964 por Braga Neto e do presidente do Superior Tribunal Militar, zombando dos mortos e torturados pela ditadura. 

Tudo isso é um desaguar de atos crescentes, em seguidos testes, para saber até onde vai a tolerância a esses crimes pela sociedade. E mais, preparar o terreno para medidas autoritárias do Presidente.

O Decreto de Bolsonaro desta quinta-feira, dia 21, anistiando o deputado Daniel Silveira, um dia após a sua condenação pela STF, não pode passar despercebido, tampouco minimizado. Temos um ataque, sob qualquer ângulo, às instituições. 

O decreto coloca em xeque o poder de decidir da Corte Suprema. É uma afronta e não se pode esperar mudança do comportamento da milícia que se apoderou do país na última eleição. 

O que está em curso são iniciativas que buscam desmoralizar as instituições como parte do plano de radicalizar o autoritarismo, adotando medidas para suprimir de vez a democracia no país. 

A resposta ao decreto de Bolsonaro precisa ser pensada como um chamamento em defesa da democracia, pois é disso que se fala, ou seja, como defender o país do projeto ditatorial em curso. 

É um momento em que partidos políticos, entidades de classe, parlamentares e a sociedade civil precisam compreender como sendo crítico e que o país está em risco e, nesse contexto, é preciso que se denuncie o autoritarismo em curso de um governo sem qualquer compromisso com o país e o povo. 

Um governo que leiloa e entrega o patrimônio nacional, numa repetição do que foi feito durante a ditadura que tolheu o país durante anos. 

Para alterar o curso do que acontece é preciso que se reconheça que “Temos guardado um silêncio bastante parecido com a estupidez...*” Silêncio que, infelizmente, não é bom para o país. 

O próximo período se mostra como tempo turbulento, para o qual será preciso gente e apoio das ruas para garantir a democracia e a realização das eleições em outubro. 

Pois, pensar que tudo está resolvido e que resta esperar a hora passar é um erro grosseiro diante dos sinais de autoritarismo crescente vindos dos ditadores que governam país.


Francisco Alexandre – Engenheiro civil, ex-diretor de administração da Previ

FALTA DE SINALIZAÇÃO NA RODOVIA FREI CAETANO DE MESSINA/PE-218 PROVOCA MAIS UM ACIDENTE EM BOM CONSELHO

O taxista Itinho da cidade de Palmeira dos Índios, passou por um sinistro na chegada de Bom Conselho, por volta das 09 horas da manhã desta quinta-feira, 21/04. Ele seguia em seu veículo pela rodovia frei Caetano de Messina, enfrente a antiga Perdigão, bateu por trás de um outro veículo que seguia no mesmo sentido. 

A falta de sinalização da rodovia frei Caetano de Messina, mais precisamente nos quebra-molas, tem se tornado uma frequência no número de acidentes ocorridos no mesmo local.

A dinâmica do acidente desta quinta-feira, 21/04, foi a seguinte: Um veículo seguia com destino a Paraíba, ao se aproximar da antiga Perdigão, o motorista reduziu a velocidade naturalmente, mas o outro veículo que era conduzido pelo taxista Itinho de Palmeira dos Índios/AL, devido a velocidade que seguia, não teve tempo e espaço suficientes para evitar o toque traseiro.

Com a pancada na traseira do outro veículo, o carro do taxista deu uma voadora no quebra-molas, saiu da pista, caiu uma levada na contramão. Por sorte, ficaram apenas danos materiais.

Feira Agro Pedagógica de Garanhuns

Nós, Professores de Práticas Agrícolas, juntamente com os Estudantes da Educação de Jovens e Adultos Destinada às Populações do ...