CLÁUDIO ANDRÉ

A origem do conto da carochinha

O nome ‘conto de fadas’ é algo recente no Brasil. Até o início do século passado, falávamos ‘conto da carochinha’, o que é bem conservado ainda em Portugal. Você, que já ouviu ou falou essa locução, sabe ao menos o que é uma carochinha? A explicação até parece mais um conto dela, mas é mais uma real aventura pela Etimologia.

Lá pelo século XVII, em Portugal, já se falava de um besouro preto conhecido como caroucha. Alguns etimólogos afirmam que caroucha vem do espanhol ‘cucaracha’ (barata).

A fama desse inseto era de que conseguiria abater até galinhas, mas, na verdade, ele mata, no máximo, lagartas e outros pequenos invertebrados. Por isso, um dos seus nomes vulgares, hoje, é caçador-de-lagarta.

O gênero mais comum de carouchas é o ‹Calosoma›, de besouros conhecidos pelo odor desagradável quando manipulados e por causarem pequenas queimaduras nos humanos descuidados com um líquido tóxico que libera.

Mas antes de condená-lo, saiba que, em dias atuais, o ‹Calosoma› tem sido um grande aliado no combate a pragas de vários cultivos agrícolas.

Em trocados e miúdos...

Quem acredita em realização de concurso público em tempos de eleição é inocente demais ou já leu alguma "estória de carochinha", no mínimo.

Ora, vamos analisar?

Qual a moeda mais fácil para obter votos no tempo de eleição? Concurso ou contrato?

Lógico, que são os contratos.

Vejam que as prefeituras estão abarrotadas de gente sem competência (que não sabem nem o que é IFPE), caso ocorrido num setor municipal de Bom Conselho, ocupando espaços até o mês de janeiro de 2023. Isso mesmo, os contratados nesse período serão usados como "bucha de canhão" e "moeda eleitoreira".

Se não há lei que proíba esse abuso, ai você acha que algum prefeito vai querer fazer concurso público? Nem aqui, nem na China. As desculpas obsoletas são as mais variadas.

Como é fácil de enganar o povo!

Ai anunciam concurso 01 ano antes das eleições, mas quando está bem perto da eleição, inventam desculpas, mentiras e estórias de carochinhas, como se todo mundo fosse analfabeto e que nessa região não tivesse ninguém estudado.

Esse é o jeito tupiniquim de fazer política no agreste meridional de Pernambuco.

Pedra do Hipopótamo, Venturosa, Pernambuco
Imagem: Claudio André O Poeta

Você já ouviu falar na cidade de Venturosa, no agreste meridional de Pernambuco?

Você já foi visitar o sítio Peri-peri que fica no leste do município de Venturosa? Nunca será tarde para você conhecer os vários atrativos turísticos que por lá existem.

Entre as cidades de Venturosa e Pesqueira, há uma cordilheira maravilhosa, cheia de história, cultura e misticismo.

O município de Venturosa está inserido no Planalto da Borborema. E na cordilheira existente nessa região do agreste meridional de Pernambuco, facilmente encontramos rochas de embasamento cristalino que englobam o subdomínio de rochas metamórficas, com domínio hidro geológico totalmente do tipo Fissural, ideal para a confecção de poços tubulares para captação de água subterrânea.

Venturosa está localizada nos domínios da Bacia Hidrográfica do Rio Ipanema

Nesse ponto onde fiz essa imagem, marcou via GPS uma altitude de 671 metros, nos proporcionando uma vista maravilhosa, inclusive com olhar especial para o atrativo turístico mais visitado do município de Venturosa, que é a Pedra Furada.

Já por um ângulo transversal, fizemos essa imagem direcionada para a fronteira dos municípios de Venturosa com Alagoinha. Vocês estão vendo o caminho em zig-zag? Pois foi o trecho a percorrer para chegarmos ao cume da Pedra do Hipopótamo, que está numa área privada.

A Pedra do Hipópotamo está em cima de um lajeiro rochoso granítico e quando estamos na sua parte interna temos essa visibilidade. Há vários matacões graníticos soltos rodeados por uma rala vegetação típica de caatinga.

Por esse ângulo vemos as serras que tem as torres de energia eólica na linha limítrofe de Venturosa com Caetés. Em todo esse trecho há formações rochosas de vários tamanhos e geoformas.

Localizada no município de Venturosa, a Pedra Furada, é uma das mais belas paisagens da região. A região faz parte do polo Buíque/Pesqueira/Venturosa que é um dos sete polos de ecoturismo de Pernambuco apresentado pela Embratur. Essa região é ideal para a prática de esportes radicais.

A cidade de Venturosa possui também outros sítios arqueológicos de grande valor histórico-cientifico, como a pedra do Tubarão, pedra do Hipopótamo, pedra do Trofeu, pedra do Sorvete e uma antiga pedreira, onde foram descobertos um cemitério de índios pré-históricos.

No lado leste de Venturosa, tem o sítio Peri-peri ou Morro dos Ossos, formados por dois grandes blocos de granito, que afloram em meio a uma planície e que possuem em suas paredes inúmeras pinturas rupestres. Na imagem acima está a pedra do Hipopótamo.

O município de Venturosa está incluso na bacia do Ipanema. Seus principais tributários são os rios Ipanema, dos Bois e Cordeiro, e os riachos do Meio, Carrapateira, da Luiza, das Cabeceiras, Chã de Souza, da Pedra Fixa e Simão. Todos os cursos d'água são intermitentes, ou seja, em que ocorrem interrupções, que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo.

Está aí a belíssima pedra do Hipopótamo. Uma rocha granítica que passa por transformação devido ao intemperismo. No seu interior, a pedra do Hipopótamo forma-se numa abrigo rochoso, proporcionando uma vista de tirar o fôlego de tanta beleza natural.

Para chegar a esse local, anda-se 1,5 km a pé por dentro de uma vegetação rasteira de caatinga, com a presença de vários cactos e cactáceas. A trilha é simples, mas requer cuidados e preparo físico.

Nitidamente, percebe-se que essa região há milhões de anos foi o fundo do mar. Neste lado leste do município de Venturosa, percebe-se que num passado bem longínquo, começaram-se nessa cordilheira uma demorada transformação geológica. Há pura característica de deserto.

Os desertos, em grande parte, são regiões improdutivas geradas pela ação humana direta, a partir da erosão de terras produtivas, por técnicas de cultivo inadequadas e desmatamento descontrolado. Quando estamos na parte inferior da pedra do Hipopótamo temos essa sensação.

Esse abrigo rochoso (mini-caverna), proporciona aos visitantes essa vista privilegiada. É como se fosse uma janela sem vidro, deixando o ar puro entrar ambiente a dentro. Para as pessoas que forem visitar esse atrativo turístico, aconselhamos a não deixarem lixo e muito menos pichar, pois na verdade é uma agressão ao meio ambiente.

Para onde você olhar ficará encantado com tanta beleza natural. A parte interna da pedra do Hipopótamo da plenas condições para você ficar abrigado, protegendo-se do sol, do frio, do calor e da chuva.

A pedra do Hipopótamo fica dentro da propriedade do fazendeiro Paulo Tenório, gente boa e educada, que nos recebeu bem e nos autorizou para explorar esses lugares tão inóspitos e cheios de história e cultura.