Associação dos Folguedos Populares de Alagoas - ASFOPAL, lançará filme dia 28 de abril



por Keyler Simões - jornalista

Na próxima quarta-feira, 28 de abril, a Associação dos Folguedos Populares de Alagoas - ASFOPAL, importante Instituição que agrega Mestras e Mestres da Cultura Popular de Alagoas, apresentará a sua Diretoria o documentário, em longa metragem, “Mestres e Entremeios de Folguedos”. 

Certamente, o primeiro documentário alagoano, em longa, sobre o tema. A exibição ao público, só deverá acontecer, no entanto, ao final maio, se as condições em que vivemos, assim permitirem.

O filme é oriundo de projeto selecionado no edital Mestra Ilda, da FMAC - Maceió, Lei Aldir Blanc e segundo a Presidente, Ana Clara Vasconcelos “traz em imagens, o vigor de nossos ritmos e o brilho de nossas cores, emoldurado pela rica paisagem tropical onde vivemos”.

Em seu conteúdo “Mestres e Entremeios de Folguedos”, desfila oito tradições alagoanas, Reisado, Guerreiro, Pastoril, Baianas, Taieira , Coco de Roda, Mané do Rosário e Fandango, recheado de comentários e declarações de seus Mestres, Mestras e Brincantes, com apresentações ao ar livre, de grupos de convívio familiar, dada as condições atuais de afastamento social. 

O documentário, vem em substituição a projeto da ASFOPAL que previa uma série de exibições dos grupos de Folguedos, associados, para o grande público. Impossibilitados de execução por conta das restrições impostas pela pandemia, o prêmio recebido se transformou em um projeto de curta metragem, até seus realizadores entenderem que material de tamanha riqueza merecia a expansão para um longa.

Com assinatura de roteiro, produção e direção, do produtor cultural Vinicius Palmeira (ex Secretário de Cultura de Maceió), o filme foi rodado em sua quase totalidade, ao ar livre, em belas locações da cidade (no Riacho Doce, em Ipioca, na Lagoa Mundau) e no Poxim, povoado com 300 anos, no município de Coruripe. 

“Acredito que, “Mestres e Entremeios de Folguedos, possa inspirar aos realizadores do audiovisual a mais títulos em torno da nossa rica e resistente Cultura Popular e como registro, não tenho dúvidas da sua perenidade”, comentou Palmeira.

Com produção lastreada  por limitados 50 mil reais,  do premio Mestra Ilda , sendo executado em período de pandemia, onde as dificuldades e cuidados, obrigam a adoção rigorosa de protocolos de segurança , a redução drástica de elenco e equipe técnica, “Mestres e Entremeios de Folguedos”, soma o talento de nossos artistas populares e suas tradições seculares, num encontro com a natureza exuberante que cerca a cidade de Maceió e o lindo Povoado Poxim, em Coruripe.

A Direção de Fotografia, de Victor Viana, valoriza movimentos, cores e natureza, traduzidas em diversas imagens velozes, com tomadas aéreas, sob a Direção de Rodrigo Barros. A montagem e a delicada captura de som, em cenas ao ar livre, ficou a cargo da Direção de Raphael Pires, num árduo trabalho para filtragem e equalização de som e imagem.

O filme certamente, também ficará marcado, por conter a última apresentação filmada, do grande Mestre Pancho, do Fandango do Pontal da Barra, levado de nós pela pandemia, cerca de dois meses após as filmagens. Nossa gratidão eterna a esse Mestre, cujo grupo se aproxima a seus 100 anos de fundação.

A exuberância de “Mestres e Entremeios de Folguedos”, no entanto, fica a cargo de nossos Artistas Populares, a quem tanto nos orgulhamos e que são o sentido de existir da ASFOPAL. 

Em seus 35 anos de criação pelo memorável Ranilson França, a instituição, vem se revigorando nos últimos anos, impulsionada por oportunidades geradas  na Política Cultural da Cidade, com a participação em projetos como “Giro dos Folguedos” “Natal dos Folguedos” (FMAC), ou em editais da Lei Aldir Blanc, no Estado (SECULT), selecionada no Prêmio Edna Constant e em Maceió (FMAC), Prêmios Mestra Ilda e Mestra Virginia, que contemplou cerca de 30 Mestres da Cultura Popular. Sem recursos próprios, a ASFOPAL depende da associação de seus amigos, colaboradores e da atenção do poder público. 

Na comemoração de seus 35 anos, uma parceria com o Governo do Estado, possibilitará a publicação de catalogo comemorativo com imagens de grupos e seus Mestres. 

VIVA a ASFOPAL. 

VIVA a resistência da Cultura Popular.

ILHA DO BELMONTE/SE: A HISTÓRIA IMORTALIZADA DO MAIOR NAUFRÁGIO DENTRO DO VELHO CHICO

Nos últimos dias vivemos grandes emoções. Estivemos documentando um atrativo turístico pedagógico e histórico dentro do Velho Chico. A travessia de canoa foi a grande aventura, mas conhecer a fundo a história tem seu preço. No nosso canal no youtube produzimos documentários sobre o naufrágio da canoa Moxotó  em 1917, que vitimou 15 pessoas. A história está imortalizada como o maior acidente de barco dentro do Velho Chico.

Olha a minha preocupação com quem fala ou não gosta de mim. A ilha do Belmonte, no município de Poço Redondo, Sergipe, transmite muita paz, puro sossego para o corpo e alma. É nesse local que você faz uma terapia maravilhosa... Quem não anda, não aprende. 

Esse cruzeiro fica no cume do morro da ilha de Belmonte, no meio do rio São Francisco.

A colonização do território do município teve início no final do século XVII e início do XVIII, e está vinculada ao morgado de Porto da Folha.  A instalação do município ocorreu em 1956, quando o então povoado Poço Redondo foi elevado a sede do Município, desmembrando-se do território de Porto da Folha.

povoado Curralinho surgiu em 1877, onde possua uma escola e ficava às margens do Rio São Francisco. Em 1902, Manuel Pereira se estabeleceu com uma fábrica de descaroçar algodão no arraial Poço de Cima, transferindo-a, logo depois, para uma região a um quilômetro de distância.

Ilha do Belmonte, Poço Redondo, Sergipe
Outros habitantes foram atrás dos para a região, que passou a ser chamada de Poço Redondo, pois o local era sem circulado pelo riacho Jacaré, este que por sua vez continha diversas cacimbas em seus entornos em formato redondo, utilizadas para armazenamento de água devido as grandes secas, logo pode se ver a origem do nome da cidade. 

Num sol escaldante de 32 graus valeu chegar a esse atrativo turístico religioso na ilha de Belmonte. A aventura começa do outro lado do rio até chegar a esse marco religioso construído por volta do ano de 1917, quando ocorreu o naufrágio da canoa Moxotó, há 104 anos.

Eis a importância de uma árvore. Se há 50 metros a temperatura estava acima dos 30 graus, debaixo desse pereiro, na ilha de Belmonte, a temperatura estava mais de 10 graus abaixo. Ficar ai, sentindo o fresco vindo do rio, foi uma sensação maravilhosa.

Quando o nível das águas do Velho Chico está baixo, é possível encontrarmos vários bancos de areia no meio do rio. Na foto acima está o exato lugar do naufrágio da lancha Moxotó, que seguia viagem para Piranhas sob o comando do piloto Rolinha.


No município de Poço Redondo encontra-se a nascente do Rio Sergipe. Também é banhado pelas águas do Rio São Francisco, tendo como povoados ribeirinhos, Curralinho, Jacaré, Cajueiro e Bonsucesso, este último tendo como atrativo a Ilha Belmonte ao sul, no meio ao Rio São Francisco, lá se encontra uma capelinha de oração e também um pequeno cemitério antigo, além disso uma embarcação antiga do tipo Chata pode ser vista naufragada do topo da ilhota onde localiza-se a capela. 

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