LANCHA MOXOTÓ NAUFRAGOU NO ANO DE 1917 PRÓXIMO A ILHA DE BELMONTE/SE (ASSISTA OS VÍDEOS)



O projeto Poeta Viagens e Aventuras chegou a ilha do Ferro para contar para todos como foi o naufrágio da embarcação Moxotó no ano de 1917 quando foi atingida por uma tempestade quando navegava pelo rio São Francisco. Travessia de barco e conhecer a ilha, foram experiências vivida pelo documentarista Cláudio André O Poeta em pelo menos dez reportagens.

Assista a primeira agora!


Nessa segunda reportagem contamos detalhes de como foi o naufrágio da lancha Moxotó, ou chata, como é conhecida... Com o naufrágio, morreram 15 pessoas, entre passageiros, coronéis e políticos importantes da região de Pão de Açúcar, distante quase 20 km de onde ocorreu o sinistro há 104 anos.

Veja a segunda reportagem!


Nessa reportagem, o documentarista Cláudio André O Poeta, mostra como é subir o morro da Ilha de Belmonte que fica dentro do rio São Francisco. De cima há uma vista panorâmica maravilhosa. Para chegar no topo, primeiro passa por uma subida bastante elevada ao meio de uma vegetação puramente de caatinga. No morro tem um cemitério, onde vitimas do naufrágio foram enterradas.

Assista a terceira reportagem!


Nessa reportagem, o documentarista, Cláudio André O Poeta, vive uma emoção diferente, fazer uma travessia pelo Velho Chico de Canoa, tudo para chegar ao exato local do naufrágio da lancha Moxotó, no dia 10 de janeiro de 1917, quando navegava pelo rio São Francisco, próximo ao povoado de Bom Sucesso, zona rural do município de Poço Redondo, Sergipe.
Veja como foi a aventura!

ILHA DO FERRO/AL: A GRANDE REFERÊNCIA DO ARTESANATO DE MADEIRA E DO BORDADO BOA NOITE

 

Literalmente mudamos o foco... O turismo é a mais nova porta de entrada... Numa série de dez reportagens mostraremos o potencial turístico existente na famosa Ilha do Ferro, localizada ao norte da cidade de Pão de Açúcar, cidade que fica as margens do rio São Francisco.

O projeto Poeta Viagens e Aventuras desembarca na Ilha do Ferro, onde a cada metro quadrado você encontra um artesão ou uma artesã. 

A ilha do Ferro tem pouco mais de 450 habitantes, praticamente todos artistas. Trabalham com madeira, bordado e criatividade. Uma originalidade da arte produzida no povoado que vem do berço, quase como uma herança genética. O casario da ilha é uma verdadeira manifestação artístico-cultural as margens do Velho Chico.

Andando pela ilha a gente vai encontrando a maior concentração de artistas por metro quadrado do estado de Alagoas. Esse lugar, meio encantado e misterioso tem nome e sobrenome - Ilha do Ferro. Praticamente todos que moram nesse recanto alagoano, são da mesma família.


A arquitetura das humildes residências da ilha do Ferro retrata como a cultura é espontânea na vida de cada morador. Numa série que terá uma dezena de reportagens, contaremos alguns fatos pitorescos ocorridos na comunidade e no seu entorno.

Outro fator que chama atenção é o artesanato de bordado tão famoso, o conhecido BOA NOITE em sua variedade em tipos e modelos. 

A história da comunidade é contada através das peças produzidas na Ilha, que atraem pessoas e olhares admirados do mundo inteiro. A Ilha do Ferro é o berço do bordado Boa Noite, genuinamente alagoano, e das peças que têm a madeira como base dos Mestres Aberaldo, Petrônio, Valmir, Bedeu, Vandinho e tantos outros.

A partir da ilha do Ferro fomos conhecer a ilha de Belmonte, que fica no lado oeste do rio São Francisco. No cume do morro da ilha a vista panorâmica é sensacional. A nossa intenção foi conhecer o local onde foram enterradas algumas vítimas do naufrágio da lancha Moxotó no ano de 1917.

Atravessar o rio São Francisco de canoa foi uma experiência sensacional e cheia de adrenalina... Pegamos a embarcação na ilha do Ferro, do lado de Alagoas e o itinerário era a ilha de Belmonte, já no lado de Sergipe. Quando estávamos chegando no meio do rio, o motor da canoa parou de funcionar e tivemos de usar o remo para voltarmos e o canoeiro ajeitar o motor e depois completarmos a travessia. O balanço da canoa foi um pouco assustador, quer dizer, pelo menos para mim, já que era a primeira usando esse tipo de transporte.

Bom, com a adrenalina controlada, chegamos ao lugar desejado, onde está há 104 anos o resto da embarcação chamada de Moxotó, apelidada de chata que naufragou no dia 10 de janeiro de 1917, que vitimou pelo menos 15 pessoas após ser atingida por uma tempestade...

Você ver ai no horizonte a Ilha de Belmonte, pertencente ao município de Poço Redondo - Sergipe. Eu fiz esse registro fotográfico quando estava na ilha do Ferro do lado de Alagoas.

O rei do Baião, Luiz Gonzaga, cantou em prosa e verso que "mandacaru quando flora no sertão, é sinal de chuva no sertão e menina quando enjoa da boneca é sinal que o amor chegou no coração". Enquanto caminhava pela Ilha do Ferro vi esse mandacaru cheio de flores e no mesmo giro, a torre da igreja de Santo Antônio e ao fundo o rio da unidade nacional - Velho Chico.

Uma cena rara de se ver em pleno século XXI, senhoras e senhoritas lavando suas roupas dentro do rio São Francisco, uma tradição que passa de geração para geração, de mãe para filha, de avó para neta... Esse é o cotidiano dos ribeirinhos e ribeirinhas do baixo e alto São Francisco.

A Ilha do Ferro ficou famosa graças ao seu maior artista, Fernando Rodrigues, que, no auge de seus mais de 70 anos, criou mesas, cadeiras e bancos rústicos aproveitando as formas orgânicas de troncos e raízes encontradas no próprio povoado. Por estrada, são 15 km para chegar na cidade de Pão de Açúcar, onde você gasta uns 20 minutos de carro ou moto... Pelo rio, de canoa ou lancha, leva-se quase uma hora de passeio para chegar ao mesmo destino, ou seja, Ilha do Ferro-Pão de Açúcar...

O canoeiro e pescador, Marcelo, nos mostrou um dos peixes mais pescados no rio São Francisco, a curimatã. Essa, que ele mostra, pesou 4,5 kg. Em conversa conosco, ele nos informou que infelizmente, os problemas que vem ofuscando a vida do Velho Chico é o assoreamento e a falta de reflorestamento as margens do rio, além da pesca predatória.

Visitar a Ilha do Ferro é para quem aprecia arte popular, os bordados Boa Noite e ter certeza de encontrar em cada casa, as mais belas esculturas de madeira de toda a região. E é também contemplar a beleza do Rio São Francisco, a arquitetura simples, os barcos de pesca e se sentar na pracinha para ver o tempo passar, sem pressa.
Não é todo dia que você vai a uma ilha, imagina em duas. Foi uma experiência sensacional que compartilho com todos os leitores e leitoras desse blog. Vamos começar a postar os vídeos no nosso canal no youtube, com ricas histórias das ilhas do Ferro e Belmonte, localizadas as margens do rio São Francisco.

Agora, o turismo é nossa janela... Não pararemos...