A guerra dos Pelados ou Peludos, encerrou-se depois que os pelados sofreram duro golpe em Taquaruçu, onde 700 soldados da República os fazem recuar e fugir para Caraguatá. As cenas finais são dos sobreviventes, a cavalo e a pé, rumando para Caraguatá, já sob liderança de resistência de Adeodato e sob liderança espiritual de Ana, a jovem com 15 anos de idade.
Há pouco metros do açude do Cocorobó, onde está a antiga Canudos está submersa, encontramos as Trincheiras Conselheiristas. Nos arredores, rochas graníticas e muitos cactos, plantas nativas da caatinga.
Presente no Parque Estadual de Canudos o açude de Cocorobó represa as águas do rio Vaza Barris. A região foi palco de uma das mais sangrentas batalhas ocorridas no final do século XIX, a Guerra de Canudos. Vista do morro de Pelados as ruínas da igreja do Bom Jesus ainda resiste ao sobe e desce das águas do Vaza Barris. Fala-se que a construção do açude de Cocorobó foi iniciada em 1951 e terminada em 1969.
O açude de Cocorobó foi construído em Canudos (BA) pelo governo Militar através do DNOCS em 1969 e que, na época, represou as águas do rio Vaza Barris, serviu principalmente para tentar esconder de vez qualquer resquício do massacre que houve naquele lugar: a fatídica Guerra de Canudos (1896-1897). Apesar do esforço do governo em esconder tal vergonha, Canudos sempre aflora do fundo das águas e revela outras feridas ainda não cicatrizadas. Na imagem acima que fiz, mostra o que sobrou da igreja do arraial de Canudos.
A cidade de Canudos (BA) que existe atualmente é a terceira cidade de mesmo nome na mesma região. A primeira, uma espécie de aldeia fundada no século XVIII nas margens do rio Vaza-Barris, acabou sendo ocupada por Antônio Conselheiro e os seus seguidores entre os anos de 1893 e 1897. O arraial, naquela época, era também conhecido como Belo Monte e abrigava cerca de 25.000 habitantes.
Estar em Canudos, ler Canudos, estar no cenário de Guerra, é compreender que os anos se passaram, mas a maneira que o sistema funciona contra o povo é idêntico ao que viveu o povo de Canudos. A opressão continua mais viva que nunca.