24 de janeiro de 2021
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23 de janeiro de 2021
CENÁRIOS DA GUERRA DE CANUDOS CONTAM A HISTÓRIA PASSO A PASSO
Conhecendo como eram as Trincheiras Conselheiristas |
Conhecendo a Chapada dos Equívocos |
Na chapada dos Equívocos, você se depara com uma belíssima exposição fotográficas de Trípoli Gaudenzi, que simbolizam o início do conflito. Ao fundo, no horizonte, temos as Serras dos Angicos, local onde morre Tamarindo, o segundo oficial que veio com Moreira César na terceira expedição.
Diz o livro:
Um fato curioso é que Tamarindo veio com a intenção de destruir o Arraial de Canudos prometendo cortar a cabeça de vários conselheiristas, mas ao ser perseguido pelos sertanejos, ele abandona sua tropa e pronuncia uma frase emblemática:
”É tempo de murici, cada um cuida de si.” Tamarindo foi morto pelos Conselheiristas e sua cabeça pendurada numa árvore.
Como falei em reportagens passadas, esse é o famoso Quipá, cacto nativo da caatinga, que segundo relatos históricos, Lampião, ao enfrentar a volante da Paraíba, no sertão do Pajeú, um tiro que acertou a folha do "Quipá", fez voar pedaços de espinhos e um deles atingiu uma das córneas de Virgulino, deixando-o cego de um olho. |
O Vale da Degola pode ser visto desse local chamado de Alto da Favela, que segundo relatos históricos, foram degolados cerca de 400 conselheiristas, que não juravam um Viva a República, bem como pessoas que eram fiéis a Antônio Conselheiro. Todas foram degoladas, inclusive mulheres. Como já citei posteriormente, é cenário de Guerra, o parque estadual de Canudos.
Esse local foi onde os militares feridos eram cuidados pelos enfermeiros que acompanhavam as tropas do exercito na época. Já os conselheiristas, buscavam a cura nas plantas medicinas que existiam na época, como também eram cuidados por Manoel Quadrado, um enfermeiro caseiro. Nesse local foi encontrado com ajuda de Dona Isabel Oliveira, que era uma moradora do parque, vários vestígios hospitalar como seringas e outros materiais.
Mirante ou Serra do Conselheiro
Como tudo não são flores o tempo todo, me deparei nesse cenário, na serra do Conselheiro - um mirante em um serrote com vista para a cidade de Canudos e para o açude do Cocorobó, com muito abandono e sujeira, até fezes tinha no pé do monumento de Antônio Conselheiro.
Desse ponto temos uma vista panorâmica de Canudos. segundo informações, neste local funcionava um projeto de audiovisual do município e tem até chuveiros com água morna para uso público, porém, mesmo em tempo de pandemia, o abandono a esse atrativo turístico está bem visível. A escadaria cheia de mato, a parte que os veículos sobem, cheio de pedras de paralelepípedo soltas, o calçamento afundando, sem sinalização, quebra-molas pela metade. Isso é sinal que o poder público de Canudos abandonou esse ponto turístico da cidade.Essa capela fica no mirante onde está o monumento de Antônio Conselheiro e serve para celebrações religiosas na cidade. No dia que fui, o único restaurante que estava aberto não estava funcionando. Encontrei muito lixo acumulado, jogado no decorrer da subida para o mirante. Muito lamentável que atrativos turísticos sejam tratados pelo poder público com desdém... Nota zero para a administração local.