Já foi a uma exposição fotográfica ao ar livre? Que tal uma exposição no meio da caatinga, num cenário natural, rodeado por catingueira rasteira e uma variedade de plantas nativas do sertão?
Quem vai ao Parque Estadual de Canudos, você se deparar com várias exposições fotográficas, nos cenários de Guerra, palco do maior confronto sangrento da história do Brasil, no início da Nova República entre os anos de 1896 e 1897.
O cenário dos Memorialistas transmite a você um rico conhecimento do que foi viver uma guerra através de depoimentos de personagens da época, entre eles, o mais famoso, Euclides da Cunha, jornalista e escritor, responsável pela obra literária "Os Sertões" e "Canudos - Diário de Uma Grande Expedição.
Hoje o cenário é diferente do que viveu os Conselheiristas em meados do século XIX. Nesse dia que visitamos Canudos, o sol não estava tão escaldante como vivera Antônio Conselheiro e o povo de Arraial de Canudos. Naquela época, há 124 anos, tudo era cinza, sombrio...
O parque estadual de Canudos tem 1.321 hectares de área de caatinga e foi criado por decreto estadual no ano de 1986. Aventurar-se pelo parque tem que levar ao pé da letra a frase de Euclides da Cunha, "o sertanejo é, antes de tudo, um forte", até porque mesmo não tendo sol brilhando no céu, tem o mormaço que queima do mesmo jeito. Leve muita disposição consigo.
Fiz uma trilha de quase 5 km dentro do parque para conhecer cada cenário de Guerra. O acesso pode ser de carro, porém se quer vivenciar um pouco de como é viver em meio a caatinga, o ideal é ir a pé. Um dia é pouco para conhecer a história.
Conhecer Canudos é conhecer a história de um povo heroico e corajoso. O que enfrentou os 25 mil Conselheiristas no século XIX, é algo inimaginável. Não foi tão somente o sistema opressor do presidente Prudente de Morais, que os canudenses enfrentaram, mas a ganância, a covardia e o lado irracional do ser humano.
Aguardem!