14 de novembro de 2020

Campanha de vacinação contra poliomielite é prorrogada

 


A campanha de vacinação contra a poliomielite, que busca ofertar uma dose extra contra a doença para todas as crianças entre 1 e menores de 5 anos, foi prorrogada. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a ação segue até 27 de novembro em todos os municípios pernambucanos. Ao total, 83,54% das crianças já estão vacinadas.

"As crianças que voltaram a circular e também a ter contato mais intenso com outras pessoas estão suscetíveis a diversas doenças, algumas até mais graves que a Covid-19 para esse público, e podem ser protegidas pelas vacinas que estão ofertadas gratuitamente de rotina no SUS", destacou o secretário estadual de Saúde, André Longo, durante coletiva de imprensa ontem (12).

Até esta sexta-feira (13), 458.946 meninas e meninos foram vacinados contra a doença. A meta da mínima da secretaria é que 95% das crianças sejam vacinadas. O estado está na 2ª colocação do país em cobertura vacinal para a doença e acima da média nacional, com 59,60%.

De acordo com SES-PE, faltam 90.423 crianças serem imunizadas contra a poliomielite. Somente em Pernambuco, são mais de 549 mil crianças em idade para tomar o imunizante. A secretaria também decidiu prorrogar a campanha de multivacinação para atualização de caderneta de menores de 15 anos, com a oferta de todos os imunizantes para quem está com alguma dose em atraso.

Entenda a vacinação para crianças

No primeiro ano de vida, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a criança deve receber três doses contra a poliomielite, com reforço aos 15 meses e 4 anos. A SES-PE alerta que as campanhas de dose extra, evitam sequelas irreversíveis provocadas pelo vírus, como a paralisia de membros inferiores, crescimento diferente das pernas e até mesmo paralisia dos músculos da fala e da deglutição.

Para as crianças abaixo de 7 anos, a secretária informa que as unidades de saúde estão disponibilizando os seguintes imunizantes: BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C, febre amarela, tríplice viral, varicela, hepatite A e DTP. A partir dos 7 anos, até os menores de 15, podem ser feitas as doses da hepatite B, febre amarela, meningocócica ACWY e HPV.

Diário de Pernambuco

Desde janeiro, a cada 3 dias um candidato ou militante é morto no Brasil

 

“Dados preliminares apontam que esta é uma das eleições mais violentas do último período”

Não é impressão sua que a violência tomou conta do cenário político. O site Metrópoles, do Distrito Federal, compilou dados a respeito da violência política nas eleições de 2020. Apenas nesta última semana antes do primeiro turno, que será realizado no domingo (15/11), houve ao menos 10 atentados a tiros contra candidatos a prefeito ou vereador no país.

Pernambuco ocupa a primeira colocação, com 13 mortes atribuídas a motivos políticos; Minas Gerais registrou 8 casos e o Rio de Janeiro 7. Pará, Paraíba e São Paulo completam as primeiras colocações no ranking de estados mais violentos.

“Violência difusa”

A ONG Justiça Global tem acompanhado a onda de violência política desde antes da campanha, e espera fechar os números após a eleição. Um estudo elaborado pelas instituições Terra de Direitos e Justiça Global já havia observado que a cada 13 dias era registrado pelo menos um caso de ataque à vida contra representantes de cargos eletivos, candidatos ou pré-candidatos no Brasil.

Em 63% das investigações em curso, não foram identificados os suspeitos pelos crimes. Esses dados são do relatório Violência Política e Eleitoral no Brasil – Panorama das violações de direitos humanos de 2016 a 2020.

Os números desta eleição ainda não estão consolidados, mas, para a coordenadora da Justiça Global, Sandra Carvalho, houve um acirramento da violência neste ano.

“Dados preliminares apontam que esta é uma das eleições mais violentas do último período”, disse ao Metrópoles.

“Existem vários motivos para esse acirramento, mas este cenário de intolerância, de ódio, de retrocesso em direitos presentes no governo Bolsonaro contribui e dá uma certa licença para a violência mais difusa”, destacou.

Cultura da impunidade

Para Pablo Lira, professor do mestrado em segurança pública da Universidade de Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a alta nos ataques políticos está ligada à impunidade e ao avanço do crime organizado. “A gente tem leis penais muito brandas, que estimulam a prática de crimes, porque os criminosos têm a certeza da impunidade, vide o exemplo do traficante que foi solto pela decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello”, analisa Lira.