Desde janeiro, a cada 3 dias um candidato ou militante é morto no Brasil

 

“Dados preliminares apontam que esta é uma das eleições mais violentas do último período”

Não é impressão sua que a violência tomou conta do cenário político. O site Metrópoles, do Distrito Federal, compilou dados a respeito da violência política nas eleições de 2020. Apenas nesta última semana antes do primeiro turno, que será realizado no domingo (15/11), houve ao menos 10 atentados a tiros contra candidatos a prefeito ou vereador no país.

Pernambuco ocupa a primeira colocação, com 13 mortes atribuídas a motivos políticos; Minas Gerais registrou 8 casos e o Rio de Janeiro 7. Pará, Paraíba e São Paulo completam as primeiras colocações no ranking de estados mais violentos.

“Violência difusa”

A ONG Justiça Global tem acompanhado a onda de violência política desde antes da campanha, e espera fechar os números após a eleição. Um estudo elaborado pelas instituições Terra de Direitos e Justiça Global já havia observado que a cada 13 dias era registrado pelo menos um caso de ataque à vida contra representantes de cargos eletivos, candidatos ou pré-candidatos no Brasil.

Em 63% das investigações em curso, não foram identificados os suspeitos pelos crimes. Esses dados são do relatório Violência Política e Eleitoral no Brasil – Panorama das violações de direitos humanos de 2016 a 2020.

Os números desta eleição ainda não estão consolidados, mas, para a coordenadora da Justiça Global, Sandra Carvalho, houve um acirramento da violência neste ano.

“Dados preliminares apontam que esta é uma das eleições mais violentas do último período”, disse ao Metrópoles.

“Existem vários motivos para esse acirramento, mas este cenário de intolerância, de ódio, de retrocesso em direitos presentes no governo Bolsonaro contribui e dá uma certa licença para a violência mais difusa”, destacou.

Cultura da impunidade

Para Pablo Lira, professor do mestrado em segurança pública da Universidade de Vila Velha (UVV), no Espírito Santo, e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a alta nos ataques políticos está ligada à impunidade e ao avanço do crime organizado. “A gente tem leis penais muito brandas, que estimulam a prática de crimes, porque os criminosos têm a certeza da impunidade, vide o exemplo do traficante que foi solto pela decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello”, analisa Lira.

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