7 de novembro de 2020

Experiência e conhecimento são essenciais para liderar e administrar



Bom Conselho sempre teve disputas eleitorais fortes, renhidas e apaixonadas. É assim desde que se tornou município há mais de um século. É história. A primeira disputa que lembro como ser deste mundo, aos 7 anos, foi a disputa do final dos anos 1960, entre Manuel Luna e Arnaldo Amaral, o tempo ferveu numa disputa voto a voto. Desde aquele tempo a cada quatro anos parece que a cidade é fisgada para fazer disputa dura na decisão de quem será o prefeito da vez. 

    Quando olhamos o passado é também possível observar que os embates locais sempre foram entre pessoas com sucesso profissional, testadas nas suas profissões ou nos seus negócios, desde Padre Alfredo e o Cel. José Abílio, passando lideranças como Manoel Luna, Arnaldo Amaral, Walmir Soares, Audálio Ferreira, Dr. Daniel, Gervásio Matos e Judith Alapenha, entre outros. 

    O leitor poderá se perguntar se realmente faz sentido falar em experiência para o exercício de função de prefeito. Com o acúmulo de ter sido executivo em grandes empresas por vinte anos, digo que deveria ser uma condição essencial para entrar na disputa, mas como nas disputas eleitorais não é assim, vamos fazer um exercício de razoabilidade. Quando vamos a um médico, um dentista ou contratar um pedreiro, o que pensamos em primeiro plano? Se o médico, o dentista ou pedreiro conhecem o ofício que praticam. É ou não é assim? 

    Quando se discute uma disputa eleitoral, muitos dos requisitos que cobramos e exigimos na hora decidir coisas simples são esquecidas e impensadamente se decide por impulso, situação que decorre do processo emocional envolvendo a disputa, mas não deveria ser dessa forma. 

    Como entender que jovens entre 20 e 30 anos país afora quererem exerçer a principal função de um município sem nunca terem sido testados? Como entender que gestores atuais queiram continuar no controle da administração municipal por meio da imposição de nomes sem qualquer lustro para a função principal de um município? Definitivamente não me parece o melhor caminho para as cidades. 

    E, dizer que uma pessoa nessa idade carece de competências essenciais para a função, não é ideia preconcebida é apenas a constatação da realidade. Para observar isso não precisa ir longe, basta ter acima dos 30 anos e fazer uma reflexão de como éramos ao 20 e, facilmente, se constata que faltava experiência de vida para decisões antes tomados que em dias atuais seriam outras. Ou seja, falta o tempo necessário para vivência, soluções de desafios e desenvolvimento de aptidões. Numa analogia, é o que faz o atleta para ser destaque no esporte que pratica: treinamento.

    Discutir questões como qualificações, compromissos e ética é essencial nesse momento que vamos definir o gestor para os próximos quatro anos e se a nossa decisão for escolher aquele que não reúne o mínimo de acúmulo para tomar decisões é a cidade que vai padecer no próximo período, ou seja, a população.

    No nosso caso em particular há cinco candidatos. Logo, há a possibilidade de avaliar qual deles preenche as melhores condições para liderar a cidade no próximo período. 

Francisco Alexandre - Piúta