COLUNA
ENSAIO GERAL
Hoje dia 14 de
setembro de 2020, morreu Zenildo Nogueira. Um dos maiores motoristas que nossa
cidade já teve, conhecia o Brasil inteiro. Conhecia Recife com a palma da mão.
Muito honesto nas suas coisas, porém tinha dois defeitos – fumava muito (morreu
em consequência do cigarro) e bebia muito. Zenildo era filho seu Zé Preto
(grande mecânico de nossa cidade), a família de Zenildo era oriunda do sertão
do estado.
Quando Zenildo casou com Lena eu fui porta aliança juntamente com
uma sobrinha dele. Num carnaval da era de 70, no sábado de Zé Pereira uma turma
de bêbados comprou um caixão de defunto e colocaram Zenildo dentro e saíram nas
ruas batendo um bombo e fazendo o cortejo.
Quando o pai de Zenildo soube no
ocorrido foi tomar as providências, e chegando junto ao cortejo, colocou todos
para correr, e levou Zenildo (o morto) embaixo de pau. Zenildo tinha uma coisa
engraçada, conhecia todo mundo, passava um caminhão, um ônibus ele dizia quem
era o dono, passava por uma borracharia, uma lanchonete era a mesma coisa, ou
seja, em todo o percurso ele conhecia todos e muitos era família dele. Tinha
uma mania, depois de tomar café tinha por obrigação de tomar um copo de água
gelada.
Fica aqui a
minha homenagem a este amigo que se foi, e vai deixar muitas saudades.
TEXTO: Alexandre Tenório