SERRA GRANDE - UM ATRATIVO NATURAL DO MUNICÍPIO DE BOM CONSELHO

Localizada na região oeste do município de Bom Conselho, a serra Grande é uma formação rochosa granítica com mais de 01 km de comprimento. O cume marca uma variação de 850 a 1020 metros de altitude. Comumente, a serra fica encoberta por camadas úmidas das nuvens que transitam a região.

Com novos amigos trilheiros, estivemos fazendo um estudo de toda a região da serra Grande. Interessante, que nesse dia o dia foi muito chuvoso, deixando a trilha ainda mais cheia de aventura.

Aí estar um dos braços da nascente do rio Salgadinho que nasce na zona rural de Bom Conselho, há 04 km do pé da serra Grande e percorre por mais de 40 km até sua foz no rio Traipu. 

Eis a nascente do rio Salgadinho. Com essa descoberta, enfatizamos ainda mais que o referido rio, torna-se num secundário da bacia hidrográfica do rio São Francisco.


Acompanhado do geógrafo, José Fábio, pudemos ter um estudo aprimorado de toda a região oeste da terra de Papacaça. O estudo completa-se com dados importantes sobre o tipo de relevo, clima, vegetação e localização geográfica dos últimos quilômetros da chapada pernambucana.

Aos poucos o projeto Poeta Viagens e Aventuras vai recebendo adesões. O amigo trilheiro Bruno, esteve nos acompanhando nessa trilha da serra Grande. Observamos que são poucos os bonconselhenses que conhecem os atrativos turísticos de sua terra natal.

Se por ventura você tiver a curiosidade, por satélite vai visualizar a camada rochosa que você ver na imagem acima. A serra Grande por natureza já tem escrito no nome toda sua dimensão.

Foram 17 km de caminhada respirando ar puro, sentindo cheiro de mato verde, sentindo um friozinho de 19 graus e tendo a neblina passando na sua frente.

Não importante se andamos quase 20 km, mas estar num cenário como esse, ouvindo o som da queda d'água, em pleno contato com a natureza. Valeu todo o esforço para chegar ao pé da serra Grande.

O município de Bom Conselho já tem um acumulado de 600 mm de chuva, eis o motivo de olharmos para o horizonte e enxergarmos uma natureza cheia de vida, que há meses passados o cenário era bem diferente.

O açude da serra Grande estar acima do seu limite. Esse açude fica no pé da serra, ou seja, toda água que escorre da serra se acumula e se continuar chovendo vai "sangrar" por cima do paredão, pois o sangradouro já não da suporte o tamanho da vazão. Levei sorte para fazer essa imagem, pois uma camada úmida da nuvem desceu encobrindo a serra, me proporcionando essa linda imagem.


Nesse ponto meu GPS marcou 689 metros de altitude e ai pudemos fazer essa imagem panorâmica com a neblina sobrevoando a região. Açudes, tanques, correntezas, quedas d'água, enfim, um cenário indescritível. 

Essa ladeira fica na estrada que da acesso aos sítios Flores e serra Grande. Imagine descer e subir essa ladeira com um terreno escorregadio, onde é visível a existência de argila misturada com cascalho.

Os moradores do sítio Flores e sítio adjacentes, estão sofrendo com a precariedade da principal estrada de acesso. Houve muito tempo para que o poder público deixasse a estrada trafegável, mas nada, absolutamente nada, foi feito no período de estiagem. Também agora é que não tem condições, pois está chovendo constantemente.

Sem estrada não há escoamento da produção, pois essa região está inclusa na bacia leiteira e produtiva do município. 

A atual situação é um desserviço a população, especialmente uma falta de respeito com os moradores do sítio Flores e Serra Queimada.

É bom lembrar que o inverno somente começará no próximo dia 21/06.

NA PRÓXIMA REPORTAGEM CONTAREMOS MAIS...

Vidas negras importam (por Francisco Alexandre)

Blog do Tiago Padilha: Diálogo, com Alexandre Piúta.
Na segunda-feira, 25, o mundo tomou conhecimento do assassinato à sangue frio de George Floyd, um negro, na cidade americana de Minneapolis, por um policial branco. As câmeras de celulares denunciaram ao mundo o assassinato que durou nove minutos, por asfixia, depois de ter sido imobilizado.
Até ontem, sete depois, o protesto da comunidade negra americana acontecia em mais várias cidades incluindo Nova York, Washington, Boston e Minneapolis, cobrando punição dos culpados, na maior mobilização desde a morte de Marte Luther King em 1968.
O levante nos Estados Unidos tem como slogan “Black lives matter – Vidas negras importam”, movimento pelo fim da discriminação de mais de 400 anos naquele país, que tem 13% da população de negros, mas na estatística de mortos pela polícia representam 50%.
É possível pensar que não há comparação com a situação da comunidade negra do Brasil. No entanto, é esse o ponto. No Brasil, 55% da população é composta por negros que sofreram mais de 300 anos de escravização. Foram libertados e pouco foi feito 130 anos depois para inclusão e diminuição da desigualdade entre negros e brancos. 
A população negra continua trabalhando em empregos degradados, morando em favelas em condições desumanas. No ano passado morreram mais de 42 mil pessoas por assassinato, sendo que 75% dos mortos eram negros, estatística que se repete a cada ano. Esse tema, infelizmente, funciona como uma verdade inconveniente para nós, que costumamos declarar que não existe discriminação no Brasil. 
Para saber que temos discriminação, além das evidenciada no dia a dia na rua, na loja, no shopping e na padaria da esquina, observemos as principais instituições do país. No Congresso, Nacional são apenas 17%, sendo que apenas 3% se elegeu assumindo serem negros.

Nas Assembleias Legislativas o cenário é pior ainda a exemplo de estados como São Paulo tem 30% de negros e pardos no Estado e apenas 5 parlamentares ou 5%, em Pernambuco 57% da população é negra, mas nenhum parlamentar da Assembleia é negro. O mesmo acontece em Alagoas, terra de Zumbi, com 30% da população negra e nenhum representante na Assembleia Legislativa.

Podemos ir mais adiante e observar que os 55% da população do país, composto por negros, não têm assento em cargos importantes nos poderes judiciário, executivo e legislativo ou no mundo empresarial, enfim, falta muito. 
Para quem acha que isso é radicalismo, seria interessante o exercício em uma das idas a um dos órgãos públicos, numa empresa pública, no fórum da cidade, ou ainda tentar lembrar quantos negros são presidentes m grandes empresas privadas no país. Será fácil você concluir que é raro ou que não há em muitos casos. 
Pensar que dormimos tranquilos porque aqui não há racismo, que casos como o de George Floyd é coisa de outros países é esconder a realidade vivida por milhões de brasileiros, que sofrem do mesmo modo que muitos em outros países a discriminação em razão da cor, ou seja, ser negro.
por Francisco Alexandre 

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Nós, Professores de Práticas Agrícolas, juntamente com os Estudantes da Educação de Jovens e Adultos Destinada às Populações do ...