A CACHOEIRA E O RIACHO DO JUAZEIRO SÃO ATRATIVOS TURÍSTICOS DO MUNICÍPIO DE BOM CONSELHO/PE

Escondida num grotão, distante 10 km do centro da cidade, assim fui encontrar a Cachoeira do Juazeiro, zona rural de Bom Conselho. Um dos atrativos turístico que poucos conhecem.

A correnteza forte, resultado das últimas chuvas que caíram no município, deixa um cenário maravilhoso. O riacho do Juazeiro faz um percusso sentido ao Riachão na divisa com o município de Iati e depois toda a água acumulada nesses dois riachos seguem para o rio Traipu que vai pra região de Minadora do Negrão em Alagoas.

A vegetação ripária estar nos dois lados do riacho. Nesse local podemos ouvir o canto de vários tipos de pássaros. A água começa a criar volume quando sai do pé da serra do Jacu e por um grotão, amenta-se a quantidade d'água devido a existência de várias nascentes.

São várias quedas d'água que se formam no leito do riacho do Juazeiro. Há lugares que o riacho chega a larguras de 04 a 30 metros, proporcionando durante o período chuvoso um grande volume d'água, que sai levando pela frente, troncos de árvores e muita rocha.

E numa árvore, encontrei esse ninho, resultado de muito trabalho de um casal de joão-de-barro, ave que recebe outros nomes pelas regiões do Nordeste. A fêmea é conhecida como “joaninha-de-barro”, “maria-de-barro” ou “sabiazinho” em certas regiões. É conhecido por seu característico ninho de barro em forma de forno. 

Andando por dentro do riacho do Juazeiro, encontrei várias casas de joão-de-barro em troncos de árvores. O joão-de-barro é tido como passarinho trabalhador e inteligente. Seu canto parece uma gargalhada (no Sul dizem que, quando ele canta, é sinal de bom tempo) e também dizem que ele faz o ninho na direção contrária à da chuva, e é amigo de todos, lutando para salvar seu ninho.


As rochas graníticas cobertas por linqueis, deixa ainda mais o cenário natural com uma beleza inigualável. Nesse grotão há uma boa área de vegetação de caatinga preservada, favorecendo o clima da região.

Não tem como num parar para fazer inúmeras selfs. A cachoeira do Juazeiro é lugar ideal para você viver um verdadeiro isolamento social, longe de qualquer poluição.

Nas laterais da cachoeira há vários tipos de árvores, como por exemplo, umbuzeiros, trapiás, catingueiras, juazeiros, juremas e outras plantas nativas do bioma caatinga.

A água barrenta é resultado da mistura de sedimentos que a correnteza sai levando especialmente quando está chovendo. Quanto mais vegetação tiver as margens dos riachos, mais pode evitar o assoreamento.

Estar num lugar assim, longe de humanos, em pleno contato com a natureza, o que dizer? O que pensar? O que fazer? Descobri ainda que é comum encontrar em riachos, a deposição de sedimentos devido as correntes fortes, mesmo ocorrendo em praias.

Quando se chega aos 784 metros de altitude da serra Queimada, podemos ter essa vista privilegiada. Tudo isso compreende o planalto da Borborema. Essa região é ideal para a prática de trilhas ecológicas e esportes de aventura, que não são explorados.

Impressiona a beleza das serras e sua geografia de localização. Uma atrás da outra e cada uma com sua particularidade.

No horizonte fica a região da serra dos Mares, distante 25 km do distrito de Logradouro dos Leões e na divisa com Santa Rosa, município de Iati. É uma cordilheira cheia de encantos.

Nesse ponto que parei para fazer esse registro fotográfico, o solo é bastante arenoso e mesmo assim há variedade de plantas que se adaptam facilmente.

Por esse ângulo fica a região do sítio Traipu, linha limítrofe dos municípios de Bom Conselho com Iati. Vejam que após descer os 784 metros de altitude da serra Queimada, você encontrará uma planície cheia de açudes que estão jorrando água por todos os lados.

Em baixo está o grotão que tem várias nascentes que jogam água no riacho do Juazeiro. Mais na frente está o outro lado da serra Queimada. Os caminhos por ai são de difícil acesso, devido o abandono do poder público. Imagine o quanto sofre os moradores dessa região num momento de urgência. Se vai pela serra Queimada, a estrada num presta, se vai pela Lagoa do Dô, o martírio é pior ainda. Uma vergonha para as autoridades locais, que descaradamente anunciam uma realidade inexistente.

Vejam que de onde estou, no cume da serra Queimada, temos uma vista privilegiada de Bom Conselho em 360 graus. Na imagem acima está o sítio Angico de Cima, que fica numa planície.

Para onde você olhar o horizonte nos fascina, nos deixa admirados com tanta beleza natural. Essa é a região do sertão do município de Bom Conselho.

Dentre os biomas brasileiros, a Caatinga é, provavelmente, o mais desvalorizado e mal conhecido botanicamente. Esta situação é decorrente de uma crença injustificada, e que não deve ser mais aceita, de que a Caatinga é o resultado da modificação de uma outra formação vegetal, estando associada a uma diversidade muito baixa de plantas, sem espécies endêmicas e altamente modificada pelas ações antrópicas.

A serra do Jacu é outro atrativo turístico do município de Bom Conselho. Em seus arredores há nascentes e uma vegetação puramente de caatinga. Em tempos de secas, muda-se completamente a cor da vegetação, sai o verde e entra o cinza. Ela tem muitos cactos e uma fauna que consegue sobreviver mesmo com a ação predatória do homem.

Na imagem acima você visualiza o serrote do vento que fica próximo a fazenda Morro Grande, no lado norte do município de Bom Conselho. Puramente coberto por vegetação de caatinga, mas com predominação de pés de jurema, rasga-beiço, algarobeiras, catingueiras, juazeiros e muitos tipos de cactos. Estivemos percorrendo a pé todo seu entorno. O pôr do sol é um dos grandes momentos da natureza nessa região serrana da terra de Papacaça.

TEMPOS DE QUARENTENA por Piúta

Tempos de quarentena   
Nem a mais lúcida previsão poderia avaliar que se chegaria à situação atual. Quem lida com gente sabe que um dos problemas a ser enfrentado no período pós-trabalho, na aposentadoria, é a volta do convívio em casa, ou seja, voltar ao lar o tempo todo, durante todo o dia. É por isso que nos cursos de preparação para a aposentadoria, uma das preocupações é orientar o indivíduo para o convívio em outro ambiente, a sua casa. Achou estranho? E. Mas é o que acontece. Muitos de nós já ouvia a expressão: “a casa não nos pertence”. 
    Nesse período de reclusão forçada aparecem as mais diversas histórias de como as pessoas enfrentam a situação, as dificuldades, os impactos mentais, o relacionamento interpessoal, enfim... É um período de reflexão. Em casa há os que leem, que discutem, que são parceiros, que dividem. Também tem sido tempo de solidariedade. Acompanhar o noticiário na televisão o tempo todo pode levá-lo a adoecer de medo. Mas cuidado, a televisão não está inventando, ela apenas informa, exagera às vezes, mas não inventa. 
    Na outra frente, há os que tentam encontrar solução para o tal de vírus, pesquisadores, cientistas e governos se empenham em encontrar uma solução. Médicos, enfermeiros e pessoal de apoio em hospitais, clínicas e casas de repouso se expõem na missão de cuidar e tratar pessoas, uma demonstração inequívoca da vocação desses profissionais, se expõem diariamente na missão de salvar vidas. 
    As cidades estão vazias, vazias para conter o avanço da doença. Isso é o que se espera e é o que a ciência ensina. Das ruas vazias dos grandes centros veio à luz uma população invisível que costumamos não enxergar, os moradores de rua e suas necessidades.
As casas estão cheias – pais, mães e filhos no mesmo espaço o tempo todo – então o convite é para que aproveitemos esse tempo para pensar em coisas boas, compartilhar com os familiares e refletir sobre o ambiente que nos cerca, pois uma coisa me parece certa, o mundo não pode dar certo se continuar sendo apenas para o 10% dos terráqueos  que concentram 73% de toda a riqueza do mundo. Com diz a poesia do Skank “Se o país não for pra cada um / Não vai ser pra nenhum”, expandindo a poesia, podemos dizer: se o mundo não for para cada um / não será para nenhum.
A crise do coronavírus, quem sabe, leve governantes a repensar medidas para dar alento para milhões de pessoas mundo afora que vivem sem as mínimas condições de vida, a exemplo do Brasil onde milhões de pessoas sobrevivem em situação de miséria, mesmo sendo a décima economia do mundo e produzindo alimentos para alimentar gente em todo o globo. 

Feira Agro Pedagógica de Garanhuns

Nós, Professores de Práticas Agrícolas, juntamente com os Estudantes da Educação de Jovens e Adultos Destinada às Populações do ...