Piúta vai a sítios, distritos e espera chegar na frente entre os pré-candidatos da oposição

 O Poeta tem acompanhado as andanças de Piúta para viabilizar o nome na corrida para a prefeitura de Bom Conselho.
Piúta visita zona rural de Bom Conselho que viveu sua infância
Segundo ele mesmo diz “a caminhada está no começo e à medida que as pessoas sabem da minha decisão de colocar o nome à discussão, a sensação que tenho é de apoio à ideia”. 

Nas conversas que mantém com esse blogueiro para falar das atividades de sua pré-campanha Piúta tem sido enfático ao dizer que trabalha para chegar na frente e liderar o bloco de oposição.

A busca de apoio tem acontecido em conversas com lideranças, visitas a sítios e distritos e nos meios de comunicação para mostrar as ideias que pretende desenvolver para a cidade. 
Piúta esteve visitando trabalhadores rurais do município de Bom Conselho

Quando fala sobre medidas necessárias para Bom Conselho, enfatiza os potenciais de crescimento, afirmando que urgente ter pessoas que pensem o município raciocinando além dos interesses pessoais e familiares, e também com capacidade para desenvolver um projeto para gerar de emprego para jovens que chegam todos os anos ao mercado de trabalho e adultos que sofrem com o desemprego crônico da cidade.
Piúta concedeu entrevista para a rádio Madruga FM de Caldeirões dos Guedes

Questionado sobre os critérios que definirão quem é o melhor nome, ele vai direto ao ponto e afirma que “há um compromisso político entre os pré-candidatos da oposição de que quem estiver em melhores condições em pesquisa de intenção de votos e de avaliação de níveis de rejeição será o nome escolhido. 

Isto é o que temos discutido e é o que se espera”. Para ele os critérios são objetivos e permitem que se tome uma decisão com o mínimo de base técnica. Considera, no entanto, que é preciso mais que isso, pois quem for candidato terá de buscar apoios e alianças com segmentos sociais e políticos da cidade para pensar o futuro do município.

A cidade sabe que o PT é da base de sustentação do prefeito da cidade. Este blogueiro lembrou o fato e questionou como ficará a situação do partido diante dessa situação. 
Piúta tem conversado com os jovens estudantes dos distritos de Bom Conselho
Piúta alegou que aguarda a posse do diretório municipal e a convocação de plenária partidária para discutir a saída da base de apoio ao governo municipal. Lembrou que o tema foi abordado na campanha presidente do PT de Bom Conselho.

“O sentimento é que há cansaço da população com a repetição do PSB há anos no comando, tanto no Estado como na nossa Cidade. O desejo das pessoas, pelos que vejo, é de mudança”, concluiu .

A RIVALIDADE DE MARIA BONITA E DADÁ NO CANGAÇO

O dia no sertão nordestino raiava, e Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, de 13 anos, vivia sua infância como podia. Morava na casa de dona Vitalina, sua mãe, e tinha certa convivência com indígenas — até o dia em que Corisco resolveu fazer uma visita.
Gigantesco perto da menina indefesa, o cangaceiro Cristino Gomes da Silva Cleto a violentou, tirando sua virgindade da pior forma. Ela sangrou por dias e foi raptada pelo homem, obrigada a viver a vida do cangaço.
Como se não bastasse, pouco tempo depois, uma novata entrou no bando de cabeça em pé, cheia de si e o pior: por vontade própria. Maria de Déa veio ao lado de Lampião, o Rei do Cangaço, quando ainda tinha 15 anos e chacoalhou a história. Tornou-se a primeira mulher cangaceira do Brasil.
Com a chegada da forasteira, outras mulheres começaram a fazer parte do grupo. Mas nunca porque queriam, como era o caso de Dadá. O fato de ter sido obrigada a ter relações com Corisco, no entanto, não influenciou seus sentimentos por ele.


Maria Bonita e Lampião (esquerda) e Dadá e Corisco (direita) / Crédito: Wikimedia Commons


Em pouco tempo, Dadá se apaixonou por seu agressor, disse que o amava e casou-se com ele. Dessa relação nasceu Josafá, loiro como o pai, primeiro filho da jovem. Como a tradição do cangaço mandava, todavia, o bebê foi arrancado dos braços da mãe ainda pequeno.
Como diria anos depois, a cangaceira sentiu a maior dor do mundo e, meses mais tarde, descobriu que Josafá não sobrevivera à vida no sertão. Dadá perdeu seu filho para um fazendeiro, assim como Maria de Déa.
Todos os infortúnios aumentaram seu desgosto por Maria Bonita, uma mulher expansiva, de risada alta. Para Dadá, a esposa do Rei do Cangaço, sua eterna rival, não passava de “abusada, ranzinza, orgulhosa, metida a besta, barulhenta e arrumadinha feito uma boneca”, como ela mesma veio a descrever.
A verdade era que Dadá detestara Maria Bonita desde o primeiro dia que botou os olhos nela. Muito menos gostava do fato de que ela mandava e desmandava no cangaço. Por mais que fosse a rainha do subgrupo de cangaceiros de seu marido, Corisco, Dadá não tinha a mesma autoridade que Maria e, por vezes, era desrespeitada pelos cangaceiros.


Maria Bonita, com seu chapéu e seus anéis / Crédito: Wikimedia Commons


Certa vez, a cangaceira referiu-se ao comportamento de Maria de Déa como “Bacana que só ela, só quer ser mais”. Era fato, ela não ia com a cara de Maria Bonita, sempre munida com as melhores joias e os melhores perfumes. O sentimento, pelo menos, era recíproco.
O desgosto entre as mulheres só fez piorar quando, em determinado momento, Dadá caiu nas graças de Lampião. Ela sabia bordar muito bem e era uma das melhores costureiras do bando. Sabendo disso, o capitão pediu que ela desenvolvesse a mais linda das estampas.
Maria de Déa, que também sabia costurar, mas não tão bem quanto a oponente, ficou louca de ciúmes. Estava determinada alí, preto no branco, a eterna rivalidade entre as duas.
Um dia, durante uma das travessais do grupo pelo sertão, Maria de Déa cavalgava sobre um burro de personalidade forte, chamado Velocípede. Ele estava tendo um dia daqueles e demonstrava certa resistência nas mãos da Rainha do Cangaço.


Dadá com suas roupas de cangaceira / Crédito: Reprodução/Pinterest


Ao seu lado, com graça, vinha Dadá, sobre um cavalo magro, mas tranquilo. Maria não teve dúvidas: exigiu que a rival descesse da montaria e trocasse com ela. Contrariada, Dadá obedeceu, subiu no burro, mas decidiu que iria se vingar.
Determinou, no mesmo segundo, que selaria sua relação com Lampião. De fato, a traição dos cangaceiros nunca foi confirmada, mas é conhecido que, naquela mesma noite, o Rei do Cangaço chegou à casa de Corisco com uma melancia em mãos para presentear o casal.
Dadá riu e disse que não tinha o que dar em troca do presente tão generoso e os dois ficaram juntos na cabana, numa “risadaria dos pecados”. Desconfiada, Maria de Déa nunca mais viu Dadá do mesmo jeito e a rivalidade das duas apenas aumentou, cada dia mais.
Tudo acabou quando Maria de Déa foi morta, junto de seu marido, em uma emboscada policial, em 1938. Dadá e Corisco não estavam com o bando e escaparam. A mulher morreu apenas em 1994, já com 78 anos, na Bahia, onde passou grande parte da vida.

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