Quando se fala no sertão da Bahia o que vem à mente é a seca que assola a região. Mas existe algo que dá um certo contraste, os atrativos turísticos que são pouco falados em cidades como Canudos, Remanso, Uauá, Juazeiro e Curaçá. Estas fazem parte do Território de Identidade Sertão do São Francisco, junto à outras como Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Pilão Arcado, Sento Sé e Sobradinho. Basta apenas olhar pra esse horizonte...
Há duas versões para explicar a origem da palavra Sertão durante a colonização do Brasil pelos portugueses. A primeira sustenta que ao saírem do litoral brasileiro e se interiorizarem, perceberam uma grande diferença climática nessa região semiárida.
Por isso, a chamavam de "desertão", ocasionado pelo clima quente e seco. Logo, essa denominação foi sendo entendida como "de sertão", ficando apenas a palavra Sertão.
A segunda versão, mais confiável, descreve a palavra como sendo derivada da palavra latina sertanus, que significa área deserta ou desabitada, que por sua vez deriva de sertum, que significa bosque.
O primeiro processo de interiorização dos colonizadores no país ocorreu nessa região, entre os séculos XVI e XVII. Com a falta de oportunidades no litoral, onde predominava a lavoura de cana-de-açúcar, houve um deslocamento de populações para o interior, que especializaram-se no pastoreio, como a criação de gado.
A área foi ocupada por grupos de origem europeia e mestiça, de escassos recursos, os quais se miscigenaram continuamente com os povos indígenas do sertão, apesar da hostilidade existente entre vaqueiros e índios.
Essa formação rochosa com o formato de uma pirâmide egípcia, encontrei no sítio Recanto, zona rural de Santa Brígida, norte baiano. Por trás dessa rocha tem uma furna que serviu de esconderijo para Lampião, Maria Bonita e mais de 40 cangaceiros na década de 30.