Parcerias entre prefeituras é um caminho para o tratamento de resíduos sólidos (por PIÚTA)


O tratamento do lixo é um desafio há anos. Mesmo depois de seguidas decisões determinando medidas aos administradores municipais, o fato é que até hoje não há preocupação efetiva com a destinação dos resíduos sólidos, o popular lixo, que geramos todos os dias, a ponto de sermos o quarto maior gerador de lixo do mundo, atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos. 
    Não percebemos, mas cada um de nós gera em média 1,1 kg de lixo por dia, não importa onde estejamos, esse é número de contribuição de sujeira de cada para os lixões. Lixões que deviam ter suas atividades encerradas desde 2014. Essa era a determinação da Lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Realidade muito longe de acontecer na maioria das cidades do país, que ainda têm cerca de 45% dos resíduos sendo despejados em locais inadequados, a exemplo de cidades como Bom Conselho, onde o aterro sanitário é um problema a ser enfrentado.
    Há muito se sabe do potencial dos resíduos sólidos, entre as primeiras ações para diminuir o impacto tivemos a seleção de lixo por categoria como seco ou molhado, degradável ou não, medidas com o objetivo de facilitar a operação e destinação desses resíduos. Atualmente, além da possibilidade de geração de biometano (tipo de gás natural), a destinação considerada mais eficiente é a transformação do lixo coletado em energia. Na Europa e Ásia a geração de energia a partir do lixo é uma realidade. Na china são 400 usinas térmicas com funcionando a partir da queima do lixo e mais de 500 na Europa, que transformam lixo em energia.
    A geração de energia a partir de lixo é uma solução que precisa, contraditoriamente de escala, ou seja, de muito lixo para se tornar viável, mas esse não pode ser encarado como um problema insolúvel, já que a solução para as lixões das pequenas cidades terá de acontecer a partir de consórcios entre municípios para gerar escala e tornar projetos de beneficiamentos viáveis. 
Uma solução poderia ser juntar as cidades da microrregião, composta por mais de 20 municípios, que somam mais de 500 mil habitantes, ou potencial de geração de mais de 500 toneladas dia de lixo. Ou seja, uma solução capaz de tornar um projeto economicamente viável para atrair investidores e diminuir custos para os municípios. Encontrar soluções para problemas como este é um desafio para governantes neste século, no qual o tema meio ambiente é a variável a ser observada nas ações e medidas em qualquer cidade, seja onde for. 

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