Dias atrás, a saga foi chegar na Cachoeira do Poço Escuro. Foi quase 02 horas de caminhada entre o distrito de Lagoa de São José e as comunidades do Salgadinho e Salobrinho, para chegarmos na cachoeira. Andamos por uma vegetação de caatinga e descemos os 717 metros de altitude da serra de Maria Bié.
Atravessando riachos, capinzais, espinheiros e fomos curtindo a natureza. A região serrana que inteliga Lagoa de São José ao estado de Alagoas, tem muitas nascentes e pelo menos três cachoeiras temporárias, que durante esse período de chuva deixa o meio ambiente ainda mais bonito.
Com meu amiguinho Islane, filho do casal Isaque e Fernanda, da Lagoa de São José, fizemos uma grande trilha ecológica. Na minha idade que tem o Islane, sempre gostei de andar pelo mato, em pleno contato com a natureza.
Rodeado de plantas nativas da caatinga, fomos entendendo como funciona o bioma. A fauna e a flora que ficam no Vale do Salgadinho é de encher os olhos com sua diversidade.
E num parada na Grota da Jiboia, encontrei esse sapo cururu, calmo, no canto dele, cantando, olhos arregalados e ficou observando quem estava passando pelo habitat dele. Se batemos um papo? Aí já é outra história...
Bom, para chegar na Cachoeira do Poço Escuro, fomos pelo leito do riacho do Salgadinho. Fomos vendo muitas rochas com suas geoformas, a correnteza suave e ouvindo atentamente o cantar dos pássaros que embeleza aquele vale...
Há pelo menos três anos passados quando fui conhecer a Cachoeira do Poço Escuro, as rochas estavam cobertas pela quantidade d'água que escorria pelas rochas, mas como esse ano choveu menos de 300 mm, a água acumulada é resultado da pequena correnteza que se formou. Mesmo assim, o lugar é sensacional. O seu paredão rochoso com mais de 80 metros de altura e sua vegetação no entorno é uma terapia para a alma.
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