Mortandade de peixes na barragem do Bálsamo não é bom sinal (por PIÚTA)

Barragem do Bálsamo que margeia o povoado de Queimadas
Está semana a cidade tomou conhecimento da mortandade de peixes, tilápias, na barragem do Bálsamo, a mesma que abastece a cidade e distritos. As imagens vindas a público revelam que houve algum desequilíbrio naquele ambiente. Outro dado que chamou a atenção foi a existência de produção em escala comercial de tilápias na barragem. 
É sabido que a gestão das águas é competência da União, que concede outorga (autorização de uso) para estados e municípios. 

Contudo, a gestão do saneamento (água e saneamento) é competência dos municípios, que podem ceder esses serviços por concessão, como ocorre com a Compesa que é responsável pela operação em Bom Conselho.

A mortandade de peixes no principal manancial de água da cidade não pode ser vista como uma questão de pouca importância. O fato revela que houve algum tipo de desequilíbrio no local e avaliar a origem é uma necessidade. Pois, o que é preciso saber são os impactos de eventual contaminação da água que é fornecida para humanos.

Outro ponto a ser avaliado é a revelação de que há produção em escala comercial de peixes. Peixes Tilápias que produzidos em escala são poluentes e podem contribuir para contaminação da água por parasitas. 

Avaliar os feitos na represa é uma necessidade para se saber se a produção é compatível, bem como definir a capacidade de tanques de produção no açude. 

Será necessário saber a composição das rações utilizadas e se eventuais hormônios ou antibióticos existentes se dissipam a ponto de não prejudicar as pessoas.

A mortandade de peixes no Bálsamo foi um aviso. E, para saber o que acontece será necessário avaliação técnica da qualidade e origens das causas que levaram tantos peixes à morte.

O envolvimento para solução do problema não pode ser apenas da Compesa. Esta deve ser cobrada para saber sobre a qualidade da água. Mas, a fiscalização e acompanhamento do que acontece no manancial é uma competência originária do município, é o que diz a lei geral de regulação do saneamento.

 É da Câmara de Vereadores, que tem o papel de representar o interesse da coletividade. E é também do Ministério Público, que tem a prerrogativa de adotar medidas para garantir, entre outras coisas, o interesse coletivo, o meio ambiente e a saúde. 

Portanto, são esses entes da administração pública e empresa concessionária que precisam, de forma organizada, apresentar à população esclarecimentos convincentes do que efetivamente acontece com aquele manancial.

Adotar medidas para dirimir as dúvidas é a forma adequada para acalmar a população. Isto, mais adoção de medidas capazes de prevenir e preservar um manancial de importância vital para nossa cidade e outras tantas localizadas no Estado vizinho.

por PIÚTA

VOCÊ CONHECE EM BOM CONSELHO A CAVERNA DOS HOLANDESES (PARTE I)

A aventura nesse final de semana foi conhecer a Caverna dos Holandeses na zona rural de Bom Conselho, há exatos 17 km de distância da divisa com o município de Quebrangulo/AL.

Há pelo menos 05 quilômetros do centro da cidade de Bom Conselho, entre 03 serras existe umas escavações que foram denominados de Buracos do Bulandim ou Caverna do Holandeses. Para se chegar a esse ponto turístico você dois rápidos acessos, um, passando por dentro da fazenda de Manoel Luna, dois, indo pelo sítio Sabiá, onde o acesso pode ser de carro ou moto.

Os gafanhotos são insetos parentes do grilo, que se alimenta de todo tipo de plantas, principalmente folha de milho, citros, folha do algodão, arroz, soja, pastagens (grama), alfafa e eucalipto.  Os gafanhotos de árvore são sugadores de seiva.

Os gafanhotos pertencem à Ordem Orthoptera, assim como os grilos. Andam em nuvens, causando estragos as lavouras em várias partes do mundo. Esses receptores captam as distorções no invólucro do corpo quando o gafanhoto voa. Há no mínimo 148 pares de receptores em cada lado do corpo do gafanhoto.

Essa é a região que os aventureiros passam para chegar a Caverna dos Holandeses. Lamentável que pessoas que já foram frequentar esse ponto turístico deixe lixo, muita sujeira no local. Pessoas que fazem isso já estão dizendo a educação que recebeu.


Para se chegar a caverna percorre um trecho íngreme, chegando a 884 metros de altitude. Para encarar a subida tem que ter fôlego e preparo físico. O acesso final a caverna é por dentro de uma vegetação para gado de corte. 

Quem está na caverna tem essa vista sensacional. Podemos visualizar as dimensões das serras do Bulandim e da Caixa D'Água, ambas propriedades do falecido e ex-deputado Manoel Luna.

Conta relatos históricos que a Caverna dos Holandeses foi descoberta no século XVII. Por volta do ano de 1645, há 374 anos, o capitão João Blaer liderou seus soldados no confronto com os quilombolas que eram comandados por Negro de Papacaça, nessa região serrana de Bom Conselho.

A serra dos Holandeses ou das Freixeiras é o conjunto de montanhas e terrenos acidentados com fortes desníveis e muitos picos, que se assemelha, portanto, a uma serra (ferramenta).

Entre as serras do Bulandim, da Caixa D'Água e das Freixeiras, fica a nascente do rio Bulandim. No tempo de muita chuva, o rio escorre muita água. Nesse período de estiagem a principal nascente do rio fica praticamente escondida numa vegetação muito densa.

Para quem deseja encurtar a trilha para se chegar na Caverna dos Holandeses, deve-se dirigir a fazenda de Manoel Luna, pedir autorização para atravessa a propriedade e seguir por esse vale que você ver na imagem acima.

A instabilidade do tempo não atrapalha a caminhada, basta ter determinação e preparo físico para subir as ladeiras. Enquanto isso, vai andando e contemplando a natureza. Leva-se aproximadamente 1 hora e 30 minutos de caminhada do centro da cidade até a caverna.

Os quilombolas viviam em tribos e começaram a lutar pela liberdade deles. Os holandeses queriam faze-los escravos, daí a revolta... Foi justamente nessa região que houve o quilombo do Negro Pedro de Papacaça, diz a história.

Essa região de Bom Conselho é fruticultura. A mata fechada deu lugar a pastagem. O lençol freático dessas terras é muito rico. Com poucos metros de escavação se encontra água boa para o consumo humano. Há muitas nascentes por essas bandas.

Como já temos hábito de fazer trilhas ecológicas, não sentimos dificuldades para encarar os 884 metros de altitude até a entrada da caverna.


As terras onde atualmente localizam-se o município de Bom Conselho, foram inicialmente habitadas pelas tribos Xucuru e Fulni-ô. 


Descobri relatos históricos que no ano de  1630, no período da invasão holandesa, organizou-se na localidade um quilombo, conhecido como Quilombo de Pedro Papa-Caça que atualmente corresponde-se como Quilombo de Angico.

O nome quilombo se referia à estratégia utilizada pelos habitantes de esconderem-se nas matas, cultivando mais a caça do que a agricultura. Por isso mesmo, há controvérsia de que os buracos do Bulandim tenham sido feitos pelos holandeses durante o século XVII.

Foi escalando a subida da serra dos Holandeses que fomos descobrindo certas passagens históricas, como por exemplo, que durante vários meses, o capitão holandês Johannes Blaer van Rijnbach ou João Blaer (em português) permaneceu nas terras onde atualmente correspondem a região do Bulandi, em Bom Conselho, com o objetivo de descrever e destruir o Quilombo dos Palmares, juntamente com Bartolomeu Lintz e sob ordem do Governo de Johan Maurits van Nassau-Siegen ou Maurício de Nassau, como era conhecido. Era a “Guerra do Mato”, já em 1645.

Quanto mais você vai se aproximando dos primeiros buracos do Bulandim, mais a ladeira vai ficando "pesada" e com graus de dificuldade. Pelo lado que fica a propriedade de Sílvio da Água há o acesso há três escavações. Já pelo lado do sítio Freixeiras, existe pelo menos duas escavações, mas, o acesso está comprometido devida a vegetação densa.

Subindo esse trecho refizemos os passos dos holandeses ou dos escravos ou dos índios que habitavam na região. O questionamento está justamente como foram realizadas as escavações na serra já que o terreno é de argila. Argila é um material natural composto por partículas extremamente pequenas de um ou mais argilomineral. 

Essa é uma das entradas da Caverna dos Holandeses, como ficou conhecida. Segundo a história, nesse local há um reino encantado.
Vimos dentro da caverna muitos "a
rgilominerais", que são minerais constituídos por silicatos hidratados de alumínio e ferro, podendo conter elementos alcalinos - sódio, potássio - e alcalinos terrosos - cálcio, magnésio.

SAIBA MAIS
Diz também a história que em 1645, a comunidade foi desmantelada pela expedição militar chefiada por Johannes Blaer van Rijnbach, que estabeleceu ali uma colônia holandesa. 

Com o triunfo da Insurreição Pernambucana, que levou às duas batalhas do Guararapes, a primeira em 19 de abril de 1648 e a segunda em 19 de fevereiro de 1649, respectivamente, terminou o domínio holandês sobre o Nordeste brasileiro, culminando na partida dos últimos navios holandeses em 1654.

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