PROFESSORES ESTAGIÁRIOS DE BOM CONSELHO IRÃO PARALISAR ATIVIDADES ENQUANTO NÃO SAIR PAGAMENTO

Por whatsApp, chegou na redação do Blog do Poeta mais de uma dezena de mensagens enviadas por professores estagiários de Bom Conselho que afirmam o seguinte:

Boa tarde Cláudio André!
Em comunicação com alguns estagiários da cidade de Bom Conselho, decidimos tornar público a nossa realidade e deixar o nosso apelo: somos todos estudantes de cursos de licenciatura e participamos do programa de estágio da prefeitura de Bom Conselho, muitos de nós temos carga horária de 20 à 24 horas semanais, que é a carga horária de muitos profissionais. 

Estamos desde o início do ano letivo sem receber e temos gastos. Recebemos um auxilio de 465,00 que deveria ser mensal. Estamos reclamando e exigimos receber mensalmente esse auxílio, visto que temos gastos e é nosso direito, não deveríamos pegar tantas horas aulas, muitos trabalham por necessidade e o fazem com amor. 

Gostaria que os responsáveis pelo pagamento vivessem um mês na nossa pele e vissem os sacrifícios que todos nós fazemos pela educação e o quanto contribuímos com nosso trabalho para o município. 

Queremos o nosso pagamento mensalmente, pois estamos desde o início do ano sem receber. A escravidão acabou! Se não iremos parar.

Observação: Iremos nos ausentar da escola caso todos os pagamentos não sejam efetuados até o presente mês de maio. (voltamos aos trabalhos assim que os pagamentos estiverem em dia "por direito)".

COM A PALAVRA O SETOR RESPONSÁVEL!

IRMÃ DULCE E O CANGAÇO. O QUE HÁ DE VERDADE NISSO?

Restos da casa no primeiro desafeto de Lampião, Zé Saturnino.
Volta Seca era do bando de Lampião e foi preso aos 15 anos.


Relatos históricos, constam que Irmã Dulce (que está para ser santificada pelo Papa), compareceu ao presídio portando uma sanfona, a música os aproximou. O cangaceiro sabia de "có e salteado" várias músicas, era analfabeto, porém, bom de ouvido. Tinham quase a mesma idade, a religiosa 25, ele 23.

Desde então, a Irmã Dulce passou a visitar Antônio com frequência, intercedeu junto às autoridades a seu favor, é claro, dentro de suas limitações - a Justiça lhe negava os direitos previstos em lei, apesar de seu bom comportamento - como contou o presidiário ao jornalista Berliet Junior do Diário da Noite do Rio de Janeiro em 17/1/1950.

“Eu por não saber fazer a petição... pedi ao Dr. Tourinho que me fez a caridade, escreveu por mim e até o momento não tive decisão nenhuma. Quatro meses e nada ainda de parte do juiz. Nem que sim, nem que não... Já pedi a todo mundo. Do governo ao secretário... E só me prometem... Nem todos são assim. Há uma figura nobre que tem olhado esse meu caso. É a Irma Dulce, freira do Círculo dos Operários. 

É a santa criatura que constantemente intercede por nós aqui na penitenciária. Prometem a ela, mas nada cumprem. O senhor vê que nem a figura dos santos consegue ajeitar a boa vontade dos homens”.

Nos idos da entrevista ao repórter carioca, “Volta Seca” já cumprira 18 anos da pena prescrita, 11 deles assistidos pela Irmã Dulce, numa situação de irregularidade que chocava os meios jurídicos, a começar pela sua prisão aos 15 anos, aumentaram a idade do preso no inquérito para ser julgado como adulto.

Pela legislação, a pena máxima de 119 anos teria um teto de 20 anos. A lei determinava que cumprida metade da pena, em condições de boa conduta, o preso poderia requerer  a liberdade condicional. E assim foi feito e “concedido”. O juiz de execuções criminais, porém, prendeu a guia, dizem que sob pressão de chefes políticos e coronéis  dos sertões.

De nada valeram os atestados do célebre legista Arthur Ramos e do eminente Dr. Estácio de Lima, este, não apenas confirmou que o preso estava apto para retornar à sociedade como intercedeu a seu favor e lhe prometeu emprego no Instituto Nina Rodrigues: “Deveria a sociedade se envergonhar de seu comportamento cruel com relação a esse presidiário... O processo foi muito mal orientado... não teve a mínima defesa”, declarou na ocasião. 

Por quatro vezes, o ilustre médico solicitou o indulto, finalmente concedido pelo presidente Getúlio Vargas em 24/3/1952, transcorridos 20  anos atrás das grades. O famoso fotógrafo baiano Gervásio Batista, junto com os cinegrafistas da TV Tupy, documentou a entrega do telegrama do presidente da República ao ex-cangaceiro.

Antônio dos Santos viveu dias amargos após a sua liberdade. Passou fome, era temido e execrado pela sua biografia.  A despeito disso tudo levou a vida adiante, teve e criou seis filhos. Morreu idoso em 1997, exatos 80 anos de uma agitada existência.

SAIBA MAIS

VOLTA SECA, O MAIS JOVEM E O MAIS TEMIDO CANGACEIRO
Antonio dos Santos, vulgo Volta Seca, sergipano de Itabaiana, ingressou no bando de Lampião quase menino para escapar às surras diárias que sua madrasta lhe aplicava. Pode se dizer que pulou da frigideira e caiu no braseiro porque começou a ser surrado por Lampião e pelos demais por causa de suas peraltices, próprias da idade. 

Suas funções se limitavam a dar banho nos cavalos, lavar louça e roupa suja e também espionar nas cidades se havia muitos policiais em ronda. Tanto apanhou que acabou se tornando um dos cangaceiros mais violentos de todo o bando. Astuto, corajoso e agressivo, em contraste com uma grande sensibilidade artística. 

Apesar de semi alfabetizado, escrevia com grande facilidade versos e também compunha músicas que o bando inteiro conhecia e entoava com entusiasmo quando estava acampado em alguma fazenda sob proteção do próprio dono. Ouçam, clicando abaixo, Volta Seca cantando dele próprio uma das músicas que os cangaceiros mais gostavam, chamada Acorda Maria Bonita:

Volta Seca foi preso 3 vezes, tendo fugido nas duas primeiras. Foi sentenciado a 145 anos, mais tarde a pena foi reduzida para 30 e finalmente para 20, não a tendo cumprido integralmente porque o presidente Getúlio Vargas lhe concedeu o perdão, em 1954. 
O cangaceiro Volta Seca morreu em 1997 em Leopoldina, Minas Gerais, onde estava morando

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