Escola sem luz. Livros no lixo
Dois fatos vieram a público na cidade nos últimos dias, ambos da área de educação, mostrados pelos meios de comunicação e por denúncias de parlamentares da cidade. O primeiro foi o corte de energia da Escola Mestre Laurindo. O outro foi o aparecimento de um caminhão de livros, destinados aos anos letivos de 2017 e 2018, num depósito de recicláveis que, segundo o proprietário, havia sido comprado de outro armazém na cidade de Palmeira dos Índios.
As explicações dadas para o corte de luz do Mestre Laurindo pelas autoridades do município, foi que houve erro da concessionária Celpe, erro que passou um mês até ser resolvida a situação. No caso dos livros vendidos como papel reciclável, as autoridades informaram ter sido ato de um funcionário e que foi realizado o recolhimento do material de onde se encontrava.
As explicações, com todo o respeito, são insuficientes para os dois casos. No primeiro é preciso explicar como uma escola fica um mês sem energia, prejudicando os alunos que lá estudam e as razões da não ligação pela concessionária. O segundo é mais grave, pois trata-se de livros doados pelo Governo Federal ao município que, com a confirmação da denúncia, de que houve a venda para terceiros, caractera desvio de conduta.
Houve denúncias. As provas são materiais. O que pede ação do ministério público para apurar quem cometeu os desvios e as medidas judiciais cabíveis para cobrar as reparações necessárias por eventuais danos contra o bem público e o prejuízo aos alunos que receberiam os livros, pois pelo que se sabe não foram utilizados nos anos a que se destinavam.
O anúncio de que foi um funcionário, é insuficiente. Falta saber se foram adotadas medidas para cobrar os danos causados pelo desvio dos livros. Falta esclarecer as razões e por quê ausência tão grande de material não ser percebida pelos gestores responsáveis. Enfim... Respostas para uma situação vexatória sobre qualquer aspecto.
Escola um mês sem energia e livros encontrados no lixo é ruim para a cidade. Situações que pedem ação das autoridades públicas para avaliar como os livros foram parar em depósitos de recicláveis e esclarecer à sociedade o que aconteceu, pois é de patrimônio público que trata essa a questão.