As florestas controlam a temperatura da terra, mas, quando não as protegemos o clima fica instável. Com esse raciocínio, amadurecemos juntamente por entender a importância de defender o meio ambiente. Por esse vale visualizamos a cidade de Palmeira dos Índios/AL.
A mata ciliar é a vegetação que acompanha o curso d’água, ou seja, é a cobertura nativa que fica às margens dos rios, lagos, igarapés, represas e olhos d’água.
O nome ciliar refere-se ao fato dela funcionar como um cílio, que protege os olhos contra a poeira, mas nesse caso defende os rios contra o assoreamento. Assim, evita que ocorra o alargamento desses locais e, consequentemente, a diminuição da profundidade da água.
A importância da mata ciliar é enorme para a flora e para a fauna. Ela funciona como uma espécie de filtro e impede a contaminação das águas por produtos poluentes, como os usados na agricultura, e possibilita a absorção de nutrientes como nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio.
Momentos antes de entrar na área indígena, uma turma de trilheiros, aventureiros e apaixonados pela natureza fizeram aquela pausa para fazer esse registro. Quero aqui parabenizar a professora Zanza pela organização da trilha.
A mata ciliar permite que os animais silvestres desloquem-se de uma região a outra para buscar alimentos e acasalar. Em algumas localidades, em que a biodiversidade é grande, é possível encontrar plantas e animais raros.
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De cima da serra do Goiti temos uma vista parcial do bairro de Palmeira de Fora. |
Outro fator danoso à mata ciliar é a queimada. Alguns produtores colocam fogo na vegetação com o objetivo de renovar as pastagens ou limpar a terra. Entretanto, tal prática leva ao empobrecimento do solo.
Por essa imagem que fiz você pode visualizar as chegada e saída do bairro de Palmeira de Fora. Veja que nessa área existe muito desmatamento. Quando fotografei estava no alto do Cuscuz após o Cristo do Goiti.
Imagine mais de 40 pessoas deixarem suas residências em pleno domingo e mergulharem numa aventura ecológica pelas serras e vales da zona rural de Palmeira dos Índios. Uma frase define isso. Paixão pelo meio ambiente.
O crescimento da pecuária e agricultura tornaram-se ameaças para a continuidade de muitas matas ciliares. Sem a preservação desse tipo de formação florestal, o meio ambiente sofre com erosões e assoreamento, o que diminui a qualidade das águas.
Preservar essa vegetação ajuda também a combater a escassez de água, preocupação que aumentou popularmente após a recente crise hídrica sofrida pelo Estado de São Paulo.
Sem a mata ciliar, a água da chuva escoa pela superfície, o que impede sua infiltração e armazenamento no lençol freático, consequentemente, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos.
Às margens dos rios, lagos, represas ou nascentes, a mata ciliar acompanha o tortuoso caminhar das águas. Assim como os cílios de nossos olhos - referência para o nome desse tipo de vegetação -, a cobertura nativa serve para garantir proteção.
No caso das águas, contra o assoreamento. Ela também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
Olha a beleza dessa Caranguejeira! Ela é conhecida também pelo nome de caranguejeira-rosa-salmão-brasileira. Esse nome deve-se à sua coloração peculiar e por ser originária da parte oriental do Nordeste Brasileiro, onde é endêmica. Essa tarântula encontrei durante a trilha ecológica na mata da Cafurna.
Cedinho da manhã, contemplar a natureza, ouvir o cantar dos pássaros e sentir o cheiro de mata verde, é uma terapia que faz bem a alma humana. Essa experiência nos rejuvenesce.
Para que pressa para sair de um lugar assim? As trilhas ecológicas tem me feito muito bem. Novas amizades, novas parcerias e uma aprendizagem que leva para a vida toda.