O AGRESTE COM CARA DE SERTÃO. A SECA ANTES DO VERÃO. SOMENTE TROVOADAS É QUE VÃO SACIAR OS DESEJOS DOS SOBREVIVENTES DA CAATINGA


Assim está ficando a zona rural de Iati. Esse é o leito do rio Garanhunzinho que nasce em Iati, escorre por vários municípios e vai desaguar em Alagoas.

Diz a história que os homens primitivos viviam em cavernas, nesse local do município de Iati, encontrei um caverna debaixo da Pedra Pintada. Cabe pelo menos umas cinco pessoas deitadas.

Até o pé de mulungu está sentindo com a estiagem. É uma árvores conhecida por outros nomes comuns, como por exemplo, murungú, mulungú ou molungo. E uma espécie de árvores de médio porte, nativa da América Central e da América do Sul, onde ocorre nas eco-regiões de cerrado e caatinga.

Os lugares simples nos inspira. A vegetação de caatinga nos faz reviver tempos de infância no sertão alagoano. Quando criança sempre gostei de andar no mato, caçando, brincando, correndo atrás dos bichos. Fui um péssimo caçador, ruim na mira.

O leito do rio Garanhunzinho está assim, seco. Resta apenas uns caldeirões com um pouco d'água encobertos de vegetação da caatinga. Animais soltos no local se revezava para beber aquela sobra d'água. Diferentemente dos animais racionais, os jumentos esperavam a vez dos outros.

A Pedra do Letreiro tem o formato de chuchu. Se não haver alguma ação de preservação por parte da mão humana, logo, não mais existirão as gravuras rupestres.

A caatinga em pleno agreste está assim. As últimas chuvas caíram no final de abril, de lá pra cá, apenas mormaço e terra seca, quente, clima de deserto.

As árvores que suportam seca estão perdendo suas folhagens. As que ainda estão verde, estão dentro do leito do rio, já que o lençol freático tem água guardada em seu subsolo.

Conhecendo de perto o bioma caatinga. Lugar com cascalho, cactos, catingueira rasteira, ramas, imbiras e demais plantas que sobrevivem ao clima seco. Tudo isso vi durante minha visita ao assentamento Boi Branco há pouco mais de 10 km da cidade de Iati. Está duvidando? Vá conhecer, veja de perto.

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A FALTA DE CHUVAS VEM PROVOCANDO A DESERTIFICAÇÃO EM REGIÕES DE PERNAMBUCO

A zona rural de Iati já está sofrendo com a falta de chuvas, a vegetação está a cada dia mais seca. Choveu no final de abril e de lá para cá, apenas nuvens passageiras.

Entre vegetação de caatinga e rochas graníticas com acabamento de quartzo, estão as geoformas das pedras que compreende a área visitada por técnico do IPHAN em 2015.

É possível encontrar as margens do rio Garanhunzinho uma agrupamento de rochas que formam pequenas cavernas que há milhões de anos serviram de moradia para os homens primitivos.

Devido a atividades vulcânicas há milhões de anos, as rochas que ficam no futuro sítio arqueológico de Iati, mostram geoformas e tipos de pedras dos mais variados tipos.

Sabe-se que pela deposição das partículas originadas pelo intemperismo de outras rochas - rochas sedimentares clásticas ou detríticas; pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares quimiogênicas; e. pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares biogênicas.

A Pedra Peixe Boi Marinho
De modo geral as rochas sedimentares apresentam-se estratificadas, ou seja, são formadas em camadas, que indicam diferentes sedimentos e épocas em que foram ali depositados. Quanto mais profundos, mais antigos serão os sedimentos. São exemplos de rochas sedimentares a ardósia, o arenito e a argila. O peixe boi pode chegar a 450 kg.

O quartzo é o segundo mineral mais abundante da Terra (aproximadamente 12 % vol.), perdendo apenas para o grupo de feldspatos. Possui estrutura cristalina trigonal composta por tetraedros de sílica (dióxido de silício, SiO2), onde cada oxigênio fica dividido entre dois tetraedros.

Existem diversas variedades de quartzo, alguns chegando a ser considerados pedras semi-preciosas. Desde a antiguidade, as variedades de quartzo foram os minerais mais utilizados na confecção de jóias e esculturas de pedra, especialmente na Europa e no Oriente Médio. Hoje, sabe-se que mineradores de rochas contendo quartzo podem sofrer de uma doença pulmonar denominada silicose.

A Pedra do Letreiro se não cuidarem logo suas gravuras desaparecerão. A corrosão do tempo, a falta de conservação do meio ambiente, provocarão cada vez mais a desertificação da região.

Pedra Pintada - A marca do homem pré-histórico
Liberdade. Voar. Viajar por aí. Aula de campo. Estudar. Aprender. Qualificar-se. Assim estamos imbuídos. Assim estamos focado. Em vez de perder, investir no tempo com coisas que são grandiosas e imponentes. Aula de geologia in loco. Estamos no caminho certo.

Sem chuvas, o que resta para o consumo animal. Esse caldeirão está no leito do rio Garanhunzinho na zona rural de Iati, no agreste meridional de Pernambuco.

Por esse ângulo pode se perceber que o clima árido nessa região do agreste meridional de Pernambuco está transformando todo esse lugar num deserto. Do final de abril até agora, nada de chuvas.

A temperatura na casa dos 30 graus, vai secando primeiro as plantas e árvores que não suportam por muito tempo calor e temperaturas elevadas.

O processo de desertificação pode ser resultado de atividades humanas ou de fatores naturais. A desertificação é caracterizada como o processo de degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultantes das atividades humanas ou de fatores naturais (variações climáticas).

A desertificação é um fenômeno que ocorre apenas em regiões que possuem climas muito secos: as regiões de clima árido, semiárido e subúmido seco. 

As principais causas da desertificação são o desmatamento, o uso intensivo (sem pausas) do solo, queimadas e práticas inadequadas da agricultura (como o uso de agrotóxicos nas plantações).

VEM AÍ A ÚLTIMA PARTE DA REPORTAGEM!


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