2 de setembro de 2018

TURISMO: A PEDRA BANCO DE CARRO VOCÊ ENCONTRA NO SÍTIO RIACHO DA LUIZA EM VENTUROSA/PE

Quando falo que a natureza nos surpreende, indiscutivelmente, nos faz tornar criança por alguns minutos. No sítio Riacho da Luiza, encontrei uma pedra que tem a geoforma de um assento de um veículo. A pedra Banco de Carro fica segura no tronco de um pé de umbuzeiro. 

Um ambiente assim pode até parecer cenário de filme, mas, é muito real. Macambiras de um lado, cactos de outro e uma rocha sedimentar tomando um espaço grandioso no meio da caatinga.

Durante a trilha do Urubu, onde o percusso perdurou por mais de uma hora, fomos registrando todos os espaços que a natureza nos proporciona com liberdade. O bioma caatinga, que só tem no Brasil, onde ocupa 10% do território brasileiro, é cheio de histórias, lendas e nos questiona de como vivermos em harmonia com a natureza.

No meio da caatinga encontramos a base de um moinho, deixada por antigos moradores da região do sítio Riacho da Luiza. Muitas famílias moravam em casa de barro no meio do mato, mas, com o advento de uma estiagem prolongada, fez com que todos abandonassem suas moradas.

Por essa foto você tem a noção da grandiosidade do Lajedo do Urubu que rodeia toda a serra redonda onde fica a Pedra do Letreiro. No horizonte fica boa parte da cordilheira que vai de Venturosa a Pesqueira, passando por Buique, Arcoverde, Pedra e Alagoinha.

A pedra do Crânio é uma geoforma que você encontra no riacho da Luiza em Venturosa.
As pedras com geoformas de dominó. Essa beleza natural você somente encontra na zona rural de Venturosa, há 04 km da Vila do Tará. E por falar nesse lugar, conta-se que o nome da vila se deu quando há mais de um século justamente por que na época, viajantes que passavam e paravam para descansar, soltavam seus cavalos e bois nos cercados próximos e no dia seguinte, desconfiados dos roubos existentes na região, perguntavam-se:  Será que o animal tará (estará)?  E assim, criou-se a Vila do Tará, localizada as margens da BR-242.

Originam-se da solidificação do magma no interior da crosta terrestre ou quando a lava sai do manto, através de uma erupção vulcânica. Quando o magma se resfria lentamente no interior da crosta transformando-se em rocha ocorre o processo chamado de intrusão. A rocha magmática produzida recebe o nome de intrusiva.

As rochas simples são formadas por um único tipo de mineral, como o mármore. As rochas compostas possuem mais de um mineral, como o granito. Para classificarmos as rochas, podemos dividi-las em três diferentes grupos: rochas sedimentares, rochas magmáticas e rochas metamórficas.

Outros fatores que influenciam na permeabilidade de um solo são o tamanho e a proporção das partículas que o compõem, ou seja, sua textura. Na ordem do menor para o maior diâmetro de suas partículas, o solo pode ser argiloso, de silte (fragmentos de rocha ou partículas surgidas da destruição de outras rochas), arenoso ou de pedregulho (calcário).


Por fim, o solo de pedregulho, ou de calcário, é formado por partículas de rochas e, por isso, não é adequado para a agricultura. No entanto, o pó branco ou amarelado retirado dele é usado na agricultura para mudar a acidez do solo em que haverá cultivo. Comum em áreas de deserto, também fornece matéria-prima para a fabricação de cal e cimento. No riacho da Luiza você pode visualizar o quanto a natureza caprichou nesse lugar.

A vegetação de caatinga não esconde as geoformas das rochas existentes. Essa rocha tem forma de um tolete. Cada pessoa tem um olhar diferenciado.
Na sombra ou no sol, vamos desvendando as belezas naturais dos sertões. A zona rural de Venturosa tem um grande potencial turístico, muito pouco explorado.

Está ai o Caldeirão do Urubu, uma grande aventura chegar até lá, porém, você é compensado com uma vista panorâmica indescritível. É a caatinga com sua vegetação ímpar. Vale apena conhecer a cordilheira da serra do Tará.

TURISMO: A VEGETAÇÃO DA CAATINGA NO RIACHO DA LUIZA NO MUNICÍPIO DE VENTUROSA/PE

A VEGETAÇÃO ENCONTRADA NO SITIO RIACHO DA LUIZA
Por mais de uma hora fizemos a trilha do Urubu, no sítio Riacho da Luiza, zona rural de Venturosa, agreste meridional de Pernambuco. Com uma temperatura acima dos 30 graus e uma vegetação do bioma caatinga, o mandacaru que é uma planta nativa e que suporta altas temperaturas, não deixa de mostrar a sua vivacidade.

As plantas epífitas, como bromélias, orquídeas, imbés, cactos e muitos outros que costumam usar as árvores como mero suporte para obter mais luz, umidade e nutrição, não roubam, de forma alguma, nutrientes ou água da árvore. As plantas que realmente fazem isso são geralmente denominadas de “erva-de-passarinho”. Uma lenda muito difundida  mesmo entre aqueles que gostam da natureza é sobre as plantas que vivem nas árvores serem parasitas.

A Caatinga é uma formação vegetal que pode ser encontrada na região do semi-árido nordestino. Está presente também nas regiões extremo norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí. Logo, é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco).

A imburana de cheiro é também conhecida pelo nome de cumaru-nordestino também designado por outros nomes populares, é uma árvore característica dos biomas de caatinga e cerrado do Nordeste brasileiro, mas que também pode ocorrer em áreas de Mata Atlântica até o estado de São Paulo. A imburana serve para o tratamento de doenças do aparelho digestivo.

Quando a folhagem dos pés de angicos cai, deixa o solo coberto por uma camada avermelhada. Denominam-se de angicos, várias espécies de leguminosas-mimosoídeas de folhas miúdas, frutos alongados do tipo vagem ou legume (não confundir com legumes da alimentação), com sementes redondas e achatadas. 

Assim, temos o angico-rajado (Parapiptadenia rigida), o angico-branco (Anadenanthera colubrina), o angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata), o angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa), entre outras espécies próximas.

Popular no Brasil, o angico é uma árvore do gênero Piptadenia. Conhecida pela qualidade de sua madeira, a planta é muito utilizada na fabricação de móveis e de outros objetos que a tem como sua principal matéria-prima. Porém, recentemente, alguns estudos têm comprovado suas propriedades medicinais, que são capazes de atuar no organismo eliminado doenças e tratando outros problemas de saúde.

A macambira é uma planta da família das bromeliáceas, do gênero Bromélia. Possui vários usos que vão desde a utilização da planta para evitar a erosão, até como alimento para o gado.

O Cabeça de Frade é um cacto de forma cilíndrica, com costelas bem acentuadas, com espinhos marrons numerosos, mas curtos e direitos. À medida que cresce pode tomar a forma de uma pirâmide e na maturidade desenvolve uma cabeça no topo, chamada de cephalium, coberta de espinhos bem pequenos, delgados e vermelhos. Entre os espinhos nascem pequenas flores rosadas ou vermelhas.

O Xiquexique é um cacto endêmico do semi-árido brasileiro. Seu caule suculento tem uma consistência macia que reserva muita água e é protegido por espinhos fortes. Em secas prolongadas, serve como fonte de alimento tanto para o homem quanto para os animais de criação. É queimado para retirar os espinhos e oferecido ao gado como complemento ou muitas vezes como única fonte de alimento. Manuseado com cuidado, retirando-se espinhos (descascando), pode-se mascar a polpa e consumir a água lá reservada.

Quantas formigas teria nesse formigueiro? Geralmente, há famílias com formigas que vivem e pode variar de várias dezenas a vários milhões de indivíduos. Por exemplo, em formigas errantes em uma família, há de 2 a 20 milhões de formigas. Um pouco sobre como formigas vagando ao vivo, você pode ver o vídeo. Quase todas as formigas vivem em formigueiros, que eles mesmos constroem, ou os transformam em várias cavidades no solo, madeira, debaixo de pedras ou na habitação humana. A vida das formigas em um formigueiro é muito organizada e ordenada.

A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, em que ocorrem poucas chuvas. As principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna. As únicas árvores que não perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de palmeiras, pois suas raízes conseguem encontrar água no subsolo.

Esse é o cume do lajedo do Urubu, uma rocha granítica com um comprimento de quase um quilômetro de extensão. Em cima dele existem alguns caldeirões que no período de chuvas forma-se pequenos poços, daí, o cognome de Caldeirão do Urubu, ave rapina que vive na região, juntamente com o gavião.

O sistema brasileiro de classificação de solos define o solo da caatinga como raso rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica devido às características da região. Ainda define esse solo como pedregoso, com fragmentos de rochas na superfície. Por isso, dificilmente armazena as águas das chuvas.

É assim que vamos estudando, aprendendo in loco, tudo sobre as belezas naturais dos nossos sertões. No município de Venturosa, já conhecemos o Parque Municipal da Pedra Furada, a Casa de Pedra, a Pedra do Boi, a Pedra do Letreiro, o Lajedo da Luiza e agora, o Caldeirão do Urubu.
E não vamos parar por aí! 
Acompanhado do amigo Gui, morador da região, visitando o Caldeirão do Urubu em Venturosa/PE.
O projeto Poeta Viagens e Aventura segue firme e forte. Enquanto uns pobres mortais, deixam de se ocupar com coisas importantes, e ficam falando asneiras contra o Poeta, nós, digo, eu, estou focado em uma nova aprendizagem e qualificação profissional, afinal, ser livre e independente é muito mais prazeroso.

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