2 de setembro de 2018

TURISMO: CONHECER O CALDEIRÃO DO URUBU EM VENTUROSA É UMA AVENTURA E UM TESTE DE SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA

Com o amigo Gui, nosso guia de turismo, fizemos esse registro no início da subida do Caldeirão do Urubu, na zona rural de Venturosa. Com uma temperatura de 32 graus, sem chuvas desde maio, aos poucos a região estão mudando a cor da paisagem.

A árvore que é fácil de ver por todos os lados é o angico, onde suas bagens avermelhadas, secam e com o vento balançando os galhos, estralam e as sementes caem, proliferando ainda mais sua origem. Fiz essa imagem de cima do Caldeirão do Urubu, que tem seus 200 metros de altitude.

O riacho da Luiza, em Venturosa, secou, mas, o nome ficou para sempre. Conta uma das moradoras da comunidade que na época dos escravos, no século XVI, uma escrava chamada de Luiza, fugindo das garras de seus patrões, foi encontrada muito faminta e com sede, depois de correr por léguas a pé, ao tentar passar por um riacho da região, não suportou fazer mais esforço, acabou morrendo dentro do riacho, na escorria muita água. Eis o motivo do sítio em Venturosa, que antes pertencia a província de Arcoverde e depois a vila da Pedra, receber o nome de Riacho da Luiza.

O lajedo do Urubu, de cima, nos proporciona essa vista panorâmica sensacional. Vemos uma vegetação de caatinga misturada com várias geoformas de pedras. São rochas de vários tipos e tamanhos. Se um dia foi o fundo do mar, percebe-se na sua estrutura ambiental.

A serra do Padim Basto faz parte da região da Vila do Tará, comunidade que tem praticamente 200 habitantes e está localizada às margens da BR-424, uma das principais estradas que faz ligação do agreste meridional com o sertão do estado de Pernambuco.

O que dizer de uma imagem dessa? O mandacaru de um jeito diferente, onde mais parece uma taça. Todo o seu caule tem água. É um cacto originário do bioma da caatinga e essa imagem fiz na tarde desse sábado, 01/09, enquanto subia o lajedo do Urubu.

Tempo firme. Temperatura em elevação. Segundo meteorologistas, essa região do sertão pernambucano e outras partes sertaneja não tem influência da costa atlântica e sim da zona de convergência intertropical.

O conjunto de serras em toda a cordilheira que compreende os municípios que vão de Venturosa a Pesqueira, está vivendo já um período de estiagem, já que o mês de maio passado houve o último registro de chuva. De lá para cá, apenas rápidas pancadas de chuva que não serve nem para diminuir o calor da região.

Um mandacaru em cima de uma rocha granítica. Qual a explicação? Fácil de entender, água acumulada na pedra, mesmo não sendo muita já é o suficiente para ter vida em abundância para os cactos. Já dizia um macumbeiro que trabalhou comigo numa rádio em Alagoas, "sou igual a mandacaru, nem dou sobra, nem encosto". Não é que ele tinha razão!?

Existem rochas que são formadas por um único tipo de mineral. Essas nada mais são do que um mineral agrupado em grande quantidade, como é caso do quartzito, que é formado apenas por quartzo. As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam conforme a sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas.

As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas.

Já pensou em curtir um clima de montanha em pleno nordeste brasileiro? Pois a região serrana de Pernambuco, que costuma registrar temperaturas mais baixas no inverno, é uma prova de que não é só de praias e aridez do sertão que se faz o estado. A possibilidade de vestir um casaco em meio a um cenário incrível, boa gastronomia e hotéis fazenda bem estruturados têm chamado a atenção de turistas de todos os cantos do mundo. No cume do lajedo do Urubu, na zona rural de Venturosa, à noite, por exemplo, a temperatura cai drasticamente, chegando aos seus 12 graus ou mais, afinal são 200 metros de altitude somente da grande rocha.

A imbira vermelha é a planta muito comum de encontrarmos no meio a caatinga, especialmente, durante o percusso da trilha do Urubu, em Venturosa. Há os rasga-beiço, umburana de cheiro, cipó e muita rama que se não for forte na pisada, acaba derrubando uma pessoa. A imbira vermelha serve como remédio para dor de barriga.

Esse registro fizemos em cima de uma das rochas onde seu piso tem formato de fundo do mar, ou seja, áspera, cores como o cinza, amarelo são fáceis de visualizar.

Cláudio André O Poeta, estudando, aprendendo e treinando o trste de sobrevivência na caatinga.
Com esse parceiro a aventura é garantida. Apresento-lhe o amigo GUIO, morador da Vila do Tará que fica há 04 km de distância do sítio Riacho da Luiza, em Venturosa. Quem deseja conhecer toda a região do Tará, procure o nosso guia de turismo, Luciélio Almeida Barbosa, mais conhecido por Guio ou Gui.

TURISMO: VOCÊ CONHECE O CALDEIRÃO DO URUBU DA CIDADE DE VENTUROSA?

O Caldeirão do Urubu, na zona rural de Venturosa, é um lugar diferenciado. Quem for uma vez, quer voltar. Fica ao lado da Pedra do Letreiro, onde tem uma caverna.

O Caldeirão do Urubu fica em cima de uma rocha granítica que tem praticamente 01 Km de comprimento, 200 metros de altitude acima do nível do mar. Está dentro da cordilheira que engloba boa parte da região que vai de Venturosa a Pesqueira.

Em cima dessa grandiosa rocha, tem pelo menos duas geoformas de pedra, uma mais parece uma andorinha e a outra, uma tartaruga. De cima você tem uma vista panorâmica de toda a cordilheira que é composta pelos municípios de Venturosa, Pedra, Alagoinha e vai até Pesqueira.

O sítio Riacho da Luiza está localizado na zona rural de Venturosa, a poucos metros da BR-424, uma das principais rodovias que faz ligação do agreste-sertão de Pernambuco. De cima do Lajedo do Urubu pode se ver toda a movimentação da referida rodovia.

Toda a camada do Lajedo do Urubu tem características de fundo de mar, até pegadas pré-históricas de animais marinhos há milhões de anos, existem.

A vista panorâmica do Lajedo do Urubu é indiscutivelmente, ponto turístico e ecológico do município de Venturosa. Para se chegar a esse ponto, leva-se mais ou menos quarenta minutos de caminhada no meio do mato.

Para onde você olhar, encherás os olhos de tanta beleza natural. O Lajedo do Urubu, que tem caldeirões naturais, já serviram de local de lavar roupar por moradores da região, tempos atrás.

As rochas sedimentares são formações naturais resultantes da consolidação de fragmentos de outras rochas (chamados de sedimentos) ou da precipitação de minerais salinos dissolvidos em ambientes aquáticos. Eis o motivo do Lajedo do Urubu ter características de fundo do mar há milhões de anos.

Uma camada espessa na rocha e uma coloração natural, fazem do lugar muito mais especial. Por todos os lados há marcar de pisadas de animais que viveram no fundo do oceano.

Nessa rocha há pinturas rupestres, marcas pelo homem primitivo. São vários os símbolos que retratam a passagem de humanos pela região há milhos de anos.

O contato direto com a natureza nos faz bem. Andar pela vegetação de caatinga é uma aventura e ao mesmo um tempo um teste de resistência.

Andando pela trilha do Urubu, no sítio Riacho da Luiza, você encontra esse tipo de vegetação. A mistura de cactos com plantas suculentas e demais plantas que só encontra na caatinga.

O facheiro, cacto do sertão, onde nasce e cresce toma conta do lugar. Espinhos pontiagudos, servem de defesa para o próprio cacto. Em todo o percusso para se chegar ao Caldeirão do Urubu, a vegetação é toda assim.

Andar pelo Lajedo do Urubu, com uma vista panorâmica sensacional, é um grande presente. Não se pode esquecer que, o ciclo das rochas é o processo de transformação das rochas, que mudam sua composição mineralógica e propiciam a existência de seus três principais tipos: magmáticas, metamórficas e sedimentares.

De cima do Caldeirão do Urubu, você fica a imaginar como que um lugar assim, com tamanho potencial turístico, não é explorado e visto com bons olhos pelo poder público local.

NA PRÓXIMA REPORTAGEM TEM MAIS!