24 de agosto de 2018

SERRA DE PEDRA: O PONTO CULTURAL E RELIGIOSO DE BREJÃO QUE VOCÊ DEVERIA CONHECER

Até a lua nos deu as boas vindas ao chegar na serra de Pedra no município de Brejão. Pena que nessa região, que é rica em fruticultura, já houve muito desmatamento. Ainda resta um pouco de floresta ripária e pés de jaqueiras e cajueiros.

De cima da serra de Pedra temos essa vista panorâmica de um dos trechos da PE-218, na divisa dos municípios de Terezinha e Brejão.

O entardecer foi chegando, o por do sol nos abraçando e ao meio de uma rica vegetação, pude fazer essa imagem. Quem passa todos os dias pela rodovia estadual PE-218 (Garanhuns-Bom Conselho), por exemplo, nem imagina o quanto a vegetação nativa do município de Brejão, seja constituída por Florestas Subcaducifólica e Caducifólica.

Na botânica, caducifólia, caduca ou decídua é uma planta que, numa certa estação do ano, perde suas folhas, geralmente nos meses mais frios e sem chuva (outono e inverno), ou em que a água se encontra congelada ou de difícil acesso à terra. É a forma que as plantas encontram para não perder água pelo processo de transpiração, pelas folhas. Às vezes ficam só os galhos e o caule. Desta forma elas armazenam a água sem perder praticamente nada pela evaporação.

Algumas plantas de pequeno porte, ficam com suas folhas aparentemente murchas quando os raios solares incidem sobre elas. É uma forma de não perder a umidade, também, pois assim elas fecham os estômatos - os "poros" das folhas. Plantas que apresentam o atributo contrário têm folhas persistentes (espécie perenefólia). 

A Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.

Andando pelos arredores da igrejinha de São Francisco de Assis, na serra de Pedra, a lua esteve mostrando sua beleza inigualável, não resisti e fiz essa imagem, deixando-me ainda mais apaixonado pela contemplação da natureza.

A cada click, a lua mais se manifestava e cada ângulo pude registrar imagens maravilhosas. Certa vez, conversando com um fotógrafo profissional, ele me disse que ter uma máquina potente, mas, não saber usar no lugar e na hora certa, não valeu apena seu investimento. Com isso, aprendi, que minha simples máquina da marca SONY, tem feito todo um diferencial nas imagens, como essas que fiz nessa tarde de quinta-feira, 23/08, na zona rural de Brejão.

A cantora Maria Betânia, em sua canção intitulada "A Cruz", deixa a seguinte mensagem: "A cruz me mostrou a luz / Me mostrou o perdão, / Me mostrou a vida / A cruz me mostrou o preço do amor/  A força da paixão me mostrou, Jesus"
No cume da serra de Pedra, há cruzes e cruzeiros por todos os lados, uma demonstração de fé da comunidade local, que no período da Semana Santa, realiza procissões e vias sacras.

O cajueiro, o céu, a lua, o infinito, puras manifestações do Criador do Universo. Subindo a serra de Pedra, foi possível fazer essa contemplação. Pode se dizer que esse trecho para chegar até a igrejinha de São Francisco é a rota da fé do povo de Brejão. Se faz necessário que pelo menos o poder executivo mande passar a máquina na estrada vicinal, por que como estar, é de se lamentar, pela quantidade de buracos existentes, especialmente na subida  quando se sai da rodovia estadual PE-218.


No Brasil, existe uma ampla faixa de Floresta estacional, podendo ser decídua (como a Mata de Cipó) e semidecíduas, que representam áreas de transição entre biomas e no município de Brejão acontece esse tipo de mudança de bioma devido a mistura de vegetação.

O município de Brejão possui uma área de 160 km², está incluso na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional desde 2005. Esta delimitação tem como critérios os índices pluviométrico, de aridez e o risco de seca.


Essa é a chegada no cume da serra de Pedra, onde está construída há mais de meio século a igrejinha de São Francisco de Assis, ponto cultura e religioso de Brejão. Seria muito importante que a secretaria de cultura ou turismo (se existir), sinalizasse todo o trajeto e colocasse placas educativas até chegar a esse ponto culminante. Ficaria até mais fácil para os visitantes de turistas que por ventura desejam conhecer o local.

Entre as rochas sedimentares, encontramos flores e uma grande mistura de vegetação. O município de Brejão localiza-se no Planalto da Borborema, cujo relevo é constituído por maciços e outeiros altos, com altitudes entre 650 a 1.000 metros, eis um dos motivos que há momentos do dia que a mudança climática é repentina.

Brejão também é o nome dado a um povoado situado a cerca de 48 km do município de Teófilo Otoni, MG possui cerca de 500 habitantes. É uma região que tem como principal fonte de renda o trabalho rural, é uma das principais regiões que produzem leite.

A lua vivíssima. O espaço sideral com uma cor deslumbrante. Junta tudo isso há altura de 600 metros, é ou não uma aventura prazerosa? É ou não uma sensação de liberdade?

Prestou atenção na coloração dessa rocha sedimentar? Pois bem, isso é um processo que leva milhões de anos, resultado da pigmentação do fundo dos oceanos.

O município de Brejão vai completar 110 anos de sua fundação. A religiosidade de seu povo é fator preponderante. Em dezembro de 1908 foi criado o distrito com a denominação de Brejão de Santa Cruz, pertencente ao município de Garanhuns. Em 1936, o nome foi alterado para Brejão. Foi constituído município autônomo em 1958.

O município de Brejão, tem seus quase 09 mil habitantes, fica assim sua divisa territorial: Ao norte, Garanhuns, ao sul, Lagoa do Ouro, ao leste: Garanhuns, e a oeste, Terezinha, bem na ponte do Riacho Seco, conforme ver na imagem acima.

Pela altura da serra de Pedra, cerca de 600 metros de altitude, pode-se ver ao longe a serra de Santa Terezinha no município de Bom Conselho, distante cerca de 25 quilômetros.

O Projeto Poeta Viagens e Aventura, vem a cada dia se destacando pelo seu conteúdo jornalístico, cultural e informativo. Em cada ponto de parada temos descoberto pontos culturais culminantes que poderia muito ajudar no desenvolvimento econômico dos municípios, mas, para isso deveria ter políticas públicas na área do ecoturismo. A serra de Pedra em Brejão é um lugar que tem esse potencial.

Com um clima tropical, o município de Brejão, no agreste meridional de Pernambuco, devido a ter muita mata remanescente, tem o solo freático muito rico. Cuidar das nascentes dos pequenos rios, arborização ao redor dos riachos e evitar o desmatamento, muito ajudaria no equilíbrio do clima e do bioma.

Em cima dessa rocha sedimentar, existe a igrejinha de São Francisco e cada ano, no mês de maio, especificamente, acontece a Trilha da Fé, onde reúne centenas de romeiros, devotos de São Francisco e comunidade católica do município de Brejão. Além da exposição da fé, impressiona o potencial ecoturístico religioso e descobertas geológicas no cume da serra de Pedra. Vale apena conhecer!

NA PRÓXIMA POSTAGEM CONHECERÁS MAIS SOBRE A SERRA DE PEDRA DE BREJÃO.

O PROJETO POETA VIAGENS E AVENTURAS CHEGOU À SERRA DE PEDRA NO MUNICÍPIO DE BREJÃO

O projeto Poeta Viagens e Aventuras chegou a Brejão e logo descobriu que antes existia uma casinha de oração no cume de uma serra, mas, aos poucos, com a participação da comunidade do sítio Serra de Pedra, zona rural do referido município, foi erguida em cima a igrejinha de São Francisco de Assis, dentro de uma propriedade do senhor Adeval Colatino Pessoa, já falecido.

A igreja de São Francisco de Assis está em cima da serra de Pedra, há poucos quilômetros da cidade de Brejão. Segundo moradores, a construção desse espaço religioso se deu há pelo menos 60 anos atrás, diante do pagamento uma promessa que o dono da serra fez por ter alcançado uma graça. O local virou um ponto turístico religioso

Ao lado da igrejinha de São Francisco de Assis, há uma vegetação que se confunde com mata ciliar, caatinga e de mata atlântica, dentro de Brejão, que é um município brasileiro do estado de Pernambuco formado pelo distrito sede e pelo povoado de Santa Rita.

O que impressiona no cume da serra de Pedra, em Brejão, é a formação rochosa que o local predispõe. É como se ali, há milhões tenha sido o fundo do oceano, pelas geoformas apresentadas. Esse tipo de rocha é chamada de rocha sedimentar e se forma a partir de mudanças na crosta terrestre.

A areia por exemplo, pode se depositar no fundo do mar ou em depressões e ficar com essas características e se transformar em rocha sedimentar. Os fragmentos de rochas são transportados pelos ventos ou pela água da chuva até os rios, que, por sua vez, os levam para o fundo de lagos e oceanos. Lá os fragmentos vão se depositando em camadas. é assim que se formam, por exemplo, terrenos cobertos de areia, como as praias.


Andando pela serra de Pedra, pude in loco, descobrir histórias de fé, religião e ao mesmo tempo, e ter uma aula de geologia (ciência que estuda a origem, história, vida e estrutura da Terra.)

Nada é mais compensador do que você acompanhar um lindo por do sol de cima da serra de Pedra, ponto cultural religioso, que tem seus 700 metros de altitude. A ventilação natural e vista panorâmica são de encher os olhos e alma em contemplação.

O município de Brejão localiza-se na Bacia Hidrográfica do Rio Mundaú e no Grupo de Bacias de Pequenos Rios Interiores. Os principais tributários são os riachos: Seco, Caracol, Açucena, Cachoeira e Salgado, de regime intermitente. A serra de Pedra é um dos pontos mais altos do município e tem rochas sedimentares, resultado de erosões no fundo do mar há milhões de anos.

Desse modo, a areia da praia transforma-se, lentamente, em uma rocha sedimentar chamada arenito. Sedimentos de argila transforma-se em argilito. As camadas vão cobrindo também restos de plantas e animais.

Por isso é muito comum encontrar restos ou marcas de animais e plantas em rochas sedimentares: o animal ou planta morre e é coberto por milhares de grãos de minerais. Os restos ou marcas de organismos antigos são chamado de fósseis. Analisando os fósseis, os cientistas podem estudar como era a vida no passado em nosso planeta.

Esses fragmentos ou sedimentos vão se acumulando ao longo do tempo. As camadas de cima exercem pressão sobre as camadas de baixo, compactando-as. Essa pressão acaba por agrupar e cimentar os fragmentos e endurece a massa formada. é assim que surgem as rochas sedimentares. Tudo isso, não se esqueça, leva milhares de anos.

A rocha sedimentar encontrada na serra de Pedra, na zona rual de Brejão, merece estudos aprofundados, pois, há marcas de animais plantas que viveram exclusivamente no fundo do mar há milhares de anos. Talvez os moradores da região não saibam o valor e o potencial ecoturístico do lugar.

Aprendi que o arenito se forma quando rochas como o granito se desintegram aos poucos  pela ação dos ventos e das chuvas. Os grãos de quartzo dessas rochas formam a areia. Areias e dunas de areia, porém não são rochas: são fragmentos de rochas. A areia pode se depositar no fundo do mar ou em depressões e ficar submetida a um aumento de pressão ou temperatura. Assim cimentada e endurecida, forma o arenito - um tipo de rocha sedimentar. O arenito é usado em pisos.

NA PRÓXIMA POSTAGEM SABERÁS MAIS SOBRE A SERRA DE PEDRA EM BREJÃO