15 de julho de 2018

HOJE FOI DIA DE ESCALAR A SERRA DO BOQUEIRÃO EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS-AL

Escalar a Serra do Boqueirão na zona rural de Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas, foi meu desafio em mais uma trekking.
Chegar no topo dos 500 metros de altitude acima do nível do mar, exige fôlego, preparo físico e determinação. Adotei a trekking como modo de vida. Muitas outras viagens estaremos realizando.
Um paisagismo sensacional. Ladeira muito íngreme, temperatura em torno dos 25 graus centígrados, ventilação natural e de cima uma linda vista panorâmica.
Já quase no topo da Serra do Boqueirão, foi possível visualizar toda a planície da zona rural do município de Estrela de Alagoas. De longe, visualizamos uma roça com formato de coração.
Ainda existe preservação ambiental nessa região por onde passamos. A catingueira e o mulungu, árvores do sertão, encontramos preservados.
Diante de tantas árvores encontradas que encontramos, uma, chamou a atenção. O pé de mororó secou, morreu, mas, seu caule seco deixou o ambiente ainda mais bonito.
A região da Serra das Pias é muito produtiva. Muitas roças foram colocadas no seu entorno. Localizamos vários pés de mororó, uma espécie de árvore que atinge até 9 metros de altura.
A vegetação de caatinga é algo que me fascina. É bom lembrar que a árvore mororó tem sua utilidade. Ela, eficazmente utilizada no tratamento da diabete. Suas folhas, cascas, lenhos e raízes são usadas no tratamento das afecções urinárias. As flores novas possuem ação purgativa. As raízes em decocto funcionam como vermífugo.
De cima da Serra do Boqueirão, fiz essa imagem da Serra das Pias, por onde passa a AL-115, umas das principais rodovias que faz ligação com o estado de Pernambuco.
A trilha à pé por 02 horas e 30 minutos só de ida, rumo ao cume da Serra do Boqueirão, foi uma aventura de tirar o fôlego, porém, muito compensador.
Nessa trekking, tive a companhia do Jan Carlos Barbosa, estudante de eletrotécnica do IFAL, que pode conhecer de perto a importância da preservação ambiental.
Uma das aventuras durante a trilha foi passar por um grande formigueiro, que estava bem no meio do varedo que seguíamos para o topo da Serra do Boqueirão. As formigas cortadeiras estavam todas bem alojadas no seu habitat.
As formigas cortadeiras são formigas que utilizam vegetais para cultivar o fungo do qual se alimentam. São insetos da família Formicidae (que reúne todas as formigas) e pertencem à subfamília Myrmicinae - Tribo Attini.
As formigas cortadeiras pertencem a dois gêneros cultivadoras de fungos: as do gênero Atta (saúvas) e as do gênero Acromyrmex (quenquéns). Ambas podem cortar plantas monocotiledôneas (folhas estreitas) como o milho e a cana-de-açúcar e, também, as plantas dicotiledôneas (folhas largas) como eucaliptos cítrus, seringueiras e outras. Por isso, elas causam sérios danos às culturas.
Com uma hora e meia de caminhada, fizemos uma pausa para descansar a musculatura das pernas, pois, o primeiro trajeto foi muito exaustivo.
Devido a altura da Serra do Boqueirão, ao mesmo tempo registramos a vista da Serra das Pias e do Serrote do Vento.
Depois de caminhar por quase 03 horas chegamos ao cume da Serra do Boqueirão, sentimos uma grande sensação de liberdade, graças a vista panorâmica que o lugar nos proporciona.
Muitas vezes nos limitamos demais. Muitas vezes achamos que não podemos da o passo seguinte. Quando pensamos assim cometemos um grande erro. Na verdade, o céu é o limite. 

FESTA DA PEDRA DO PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA SERÁ DIA 20/07 QUANDO COMPLETA 60 ANOS

Quem passa pela BR-316, próximo a cidade de Dois Riachos, agreste alagoano, ver esse monumento religioso às margens da rodovia.
Conhecida como Pedra do Padre Cícero, no sítio que recebe o mesmo nome, a igrejinha construída em cima de uma rocha granítica foi construída em 1957 por um morador já falecido e hoje, administrada pela viúva, dona Maria Ferreira. 
No ponto turístico religioso, localizado na terra da melhor jogadora do mundo, Rainha Marta, agora embaixadora da ONU, foram construídos quartos para a hospedagem de romeiros (estilo Juazeiro do Norte-CE), com toda infraestrutura.
(Diz uma lenda que quem passar por essa brecha da pedra, não tem pecado)
Além da Igrejinha de Padre Cícero, os romeiros de várias partes do Nordeste que se reúnem todos os anos, sempre na data de 20 de julho, encontram um cemitério, um velário, hospedaria, estacionamento privativo, participam de missas, pagamentos de promessas e um dia todo de festa.
A Igrejinha de Padre Cícero foi construída pelo romeiro José Antônio de Lima, conhecido por Zé Luiz (falecido no ano de 1987). Segundo dona Maria Ferreira Vasconcelos, que está com 79 anos de idade e 30 anos viúva do senhor Zé Luiz, a ideia de fazer a igrejinha foi por dois motivos.
A subida até o topo da pedra onde está construída a Igrejinha de Padre Cícero, se faz por uma escada com mais de 50 degraus. Muitos romeiros sobem de joelho para pagar suas promessas. A escada foi construída pelo romeiro Zé Luiz e os filhos. Ele fazia romaria para Juazeiro do Padim Ciço todos anos, em busca de uma cura de saúde, quando conseguiu, pagou a promessa construindo uma igrejinha em cima de uma rocha há 20 metros de altura.
De cima da Pedra da Igrejinha do Padre Cicero a vista panorâmica da BR-316 sentido Cacimbinhas.
Quem está em cima da Pedra da Igrejinha de Padre Cícero tem essa vista panorâmica da BR-316, sentido Dois Riachos.
Segundo informações, missas no local foram proibidas pela diocese, por que o bispo da época queria que o patrimônio cultural religioso que está numa propriedade particular, fosse ser doado e comandado pela Igreja Católica, como a família não aceitou, há esses empecilho. Mas, mesmo assim, isso não abalou a fé dos romeiros e a festa completará 60 anos de existência.
NOTA DO BLOG
Quero agradecer o convite que foi enviado a redação desse blog para estar presente nesse evento cristão-religioso.