O RIO IPANEMA VISTO DE UMA MANEIRA DIFERENTE PELO BLOGUEIRO CLÁUDIO ANDRÉ (PARTE 01)


Esse é o leito do Rio Ipanema a poucos metros da foz com o Rio São Francisco. Nesse local o rio tem tem uma largura de aproximadamente 20 metros.
Fazer uma trilha pelo leito do Rio Ipanema é desafiante, porém, a beleza natural no seu entorno, supera todo o esforço para encarar o "areial" que toma de conta de todo o espaço do rio.
Imagine você estar debaixo de um sol escaldante, acima dos 35 graus centígrados e pisando uma areia fofa e solta... De vez em quando o céu fica nublado, como mostra imagem acima.
Na trilha que fiz por mais de uma hora de caminhada vamos entendendo o quanto é importante cuidar do meio ambiente sem provocar desmatamento.
O desmatamento é visto de perto. Infelizmente a mata ciliar ao redor do Rio Ipanema tem deixado muitos danos. Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
Pelo menos no leito do rio por onde passei o que a gente viu foram várias e muitas caatingueiras, que suporta altas temperaturas e sua raízes são profundas.
A Serra do Teiú é uma das belas paisagens na beira do Rio Ipanema, há poucos metros do Povoado de Barra do Ipanema, município de Belo Monte, Alagoas.
Nessas serras é fácil de localizar entre pedras, materiais usados em mineração. 
Nessa imagem que fiz percebam que um parte da serra está no sol, outra, na sombra, justamente provocado pela corrente de nuvens passageiras. Para embelezar a foto ainda, o mandacaru ficou num ângulo sensacional.
Entre serras e picos, está o leito do Rio Ipanema, que atravessa parte dos estados de Pernambuco e Alagoas. Vejam que no seu entorno as árvores serve de locais para reprodução aves de vários tipos, deixando a flora ainda mais cheia de vida.
O jegue, o jumento, ainda é um animal símbolo do sertão que sobrevive às necessidades que a região sofre. No reino animal há o seu lado de protecionismo. Veja a proteção da mãe com seu filhote. Mesmo na sombra, não desgruda do jumentinho. Coisas de mãe...

A força da água e do vento, faz com que as pedras que estão no curso do rio, fiquem lisas e brilhantes, como tivesse sido um trabalho da mão humana. Na próxima postagem, mostraremos que o tour realizado por essa região do Rio Ipanema não foi em vão. Valeu todo esforço e suor que foi expelido pelos poros do corpo. É o Poeta Viagens e Aventuras em mais uma viagem.

ILHA DO OURO, SERGIPE, ONDE ACONTECE O ENCONTRO DOS RIOS IPANEMA E SÃO FRANCISCO

A Ilha do Ouro é um povoado do município de Porto da Folha, Sergipe. Veja na foto que existe no leito do Rio São Francisco uma parte que está bem rasa, devido as chuvas que caíram na cabeceira do Rio Ipanema e a enxurrada jogou muita areia no Velho Chico, deixando essa espaço sem condições de navegabilidade.
Relatos históricos constam que nesse lugar, no pé do monte, antes era coberto por água e os navios no início do século XVII, quando chegavam trazendo os Holandeses, atracavam e levavam material para construção da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres no cume do morro, bem no meio do Rio São Francisco.

A serra toda de pedra e a vegetação da caatinga encravada em cima, impressiona como há vida e sobrevivência com tanto pedregulho.
Nas minhas andanças pelo sertão de Alagoas, durante a segunda-feira de carnaval, encontrei em uma das árvores próximo às margens do Rio São Francisco, ninhos feitos pelo pássaro "casaca-de-couro". O pássaro Casaca-de-couro, ou João-pimpão, é um engenhoso animal, sabe como ninguém tecer seu ninho de garranchos.

A vegetação rasteira e bastante verde se confunde com o cinza da caatinga, deixando o meio ambiente ainda mais encantador.

Desse ponto observa-se um desnivelamento proporcional no encontro dos Rios Ipanema e São Francisco. Quando o Rio Ipanema deságua no Velho Chico da imaginar o tamanho da força da enxurrada, já que vários outros pequenos rios e riachos desaguam desde a sua nascente em Pesqueira, agreste de Pernambuco.

A diferença de coloração das águas, pode-se observar o encontro de dois importantes rios do Nordeste. De um lado, Alagoas, do outro, Sergipe. O Rio São Francisco desde sua nascente em Minas Gerais, percorre cerca de 2. 700 Km até a Foz, localizada no município de Piaçabuçu-AL, enquanto que o Ipanema percorre mais de 200 Km até a foz no município de Belo Monte.

O Rio Ipanema percorre pouco mais de 200 Km desde sua nascente no agreste de Pernambuco. No seu percusso pode-se ver muita degradação, muita poluição, muito desmatamento. Esse rio é temporário, mas, no seu auge por onde passa deixa sua marca, pena, que nas cidades que ele margeia, o ser humano não tem cuidado, deixando o rio virar deserto.

Nessa foto registrei os metros finais do Rio Ipanema para desaguar no Rio São Francisco. Essa água que vocês podem ver, é um restante das chuvas caídas em 2017 em sua cabeceira. Há locais que o rio passa com mais de 10 metros de largura.

Nesse local, final do leito do Rio Ipanema ele chega a marcar mais de 5 metros de largura. Toda essa areia e vegetação já estão dentro da área que compreende o Velho Chico.

Um mar de areia. Uma vegetação própria de beira de rio. Interessante, que ao andar por esse "areial", a gente se sente como estivesse andando num pântano, pois, aonde se pisa, a água surge naturalmente.

Depois de uma caminhada longa e que se exigiu muito esforço, não resisti a um banho no encontro dos dois rios. Nesse local, Rio Ipanema e Rio São Francisco, se misturam e deixam o lugar ainda mais sensacional. 
Raso, água cristalina, fria e uma correnteza suave, tudo isso nos cativou para mergulhamos nessa aventura e darmos uma pausa para a hora do almoço, pois, na próxima postagem, verás como foi enfrentar a caminhada de mais uma hora pelo curso do Rio Ipanema.

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Luiz Clério foi uma voz ativa na defesa de Bom Conselho “A Gazeta é um jornal que quer o melhor para a nossa cidade”. “A gazeta ...