CÂMARA FEDERAL QUER PUNIR QUEM FALA MAL DE POLÍTICO NA INTERNET

A Câmara prepara um projeto de lei para acelerar a identificação e a punição de pessoas que criam páginas ofensivas e difamatórias contra parlamentares na internet. O texto também vai responsabilizar criminalmente os provedores, portais e redes sociais que hospedam esses sites. 
A proposta, que tem o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está em fase final de elaboração e deve ser apresentada em setembro pelo procurador parlamentar, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA).
O procurador adiantou ao Congresso em Foco que vai propor uma mudança no Marco Civil da Internet para facilitar a retirada das postagens ofensivas contra políticos em geral. Pela proposta, sites, provedores e portais serão corresponsáveis pelas publicações. Por exemplo: se um usuário criar um perfil falso (o chamado fake) no Facebook que ironize ou atinja a honra de um deputado, tanto o responsável pela página quanto o próprio Facebook serão acionados criminalmente e estarão sujeitos a processos penais e cíveis. 
Segundo Cajado, a proposta também pode beneficiar o usuário comum já que pode facilitar a identificação de pessoas que promovam o ódio e a injúria na internet.

O objetivo, explica Cajado, é obrigar os grandes provedores e empresas de internet a analisarem, de modo célere, as denúncias de ofensa contra parlamentares e demais usuários. Nesse caso, o conteúdo classificado como ofensivo terá de ser retirado do ar imediatamente, sob pena de abertura de processo por crime de injúria e difamação.

“Às vezes, a pessoa faz um ‘fake’ ofensivo à honra de qualquer pessoa e essas empresas não têm nenhum tipo de controle sobre esses atos criminosos e permitem que eles sejam divulgados”, exemplifica Cajado. “A nossa tese é que quem pratica o crime tem de responder. E quem ajuda a divulgar esse crime tem de ser corresponsável”, afirma.

Avalizada por Cunha, a proposta pode ser votada em regime de urgência pela Câmara nos próximos meses. O projeto terá caráter institucional. Isso porque cabe à Procuradoria Parlamentar, conduzida por Cajado, defender a Câmara e seus integrantes no exercício do mandato ou de suas funções institucionais quando atingidos em sua honra ou imagem perante a sociedade.

Fake de político: R$ 6 mil
A Câmara também quer coibir a “indústria” de criação de páginas ofensivas contra deputados. Este mês a Polícia Federal desencadeou a Operação Face to Fake, que desarticulou uma quadrilha especializada na elaboração de sites e perfis ofensivos contra políticos de Mato Grosso do Sul. Nesta investigação, a PF identificou 60 perfis falsos e 35 comunidades no Facebook – todos criados para atacar políticos. Um dos investigados chegou a receber R$ 6 mil para elaborar fakes e montagens que feriam a honra de políticos locais.

Segundo a Procuradoria Parlamentar da Câmara, nos últimos quatro anos cresceu em 30% o número de ações judiciais e extrajudiciais movidas pela Casa contra veículos de imprensa e empresas como o Google e o Facebook. “Ninguém quer aqui cercear a liberdade de expressão, ninguém está contra o direito do usuário. Agora, o que não pode é a pessoa se esconder no anonimato para praticar crimes. Temos de estipular regras contra isso”, disse Cajado ao Congresso em Foco.

Coleta de dados
Nesta mesma linha, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) apresentou, no início de junho, um projeto de lei (PL 1879/15) que obriga os provedores de internet e sites a coletar dados pessoais de usuários que postarem comentários em matérias, fóruns ou mesmo atualizações de redes sociais institucionais.

Na justificativa da proposta, o parlamentar afirma que a medida visa coibir a incitação ao ódio e responsabilizar criminalmente pessoas que cometam crimes de injúria e difamação. “Esta vedação [do anonimato na internet] é fundamental para que se possa punir aqueles que, por exemplo, se utilizem da liberdade de expressão para incitar o ódio, para caluniar pessoas ou para fazer apologia ao crime”, explica o deputado. O projeto tramita na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara.

“No caso da internet, a responsabilização daqueles que, por ventura, pratiquem crimes é bastante complicada. Ainda que o Marco Civil [da internet] tenha avançado neste aspecto, ao estabelecer a obrigatoriedade de guarda de registros por provedores de acesso e de aplicações, o fato é que as informações tecnicamente coletáveis são, muitas vezes, insuficientes”, acrescenta Silvio Costa.
FONTE: CONGRESSO EM FOCO
NOTA DO BLOG
Que nome podemos da ao texto acima, que não seja censura. Impressionante, que não vemos movimento nenhum dos ativistas digitais contra esse projeto. Para que serve ter associação de blogueiros, movimentos de blogueiros, quando a cada a maioria se cala diante de uma "censura velada" por maus políticos que o próprio escolheu. Vamos ter de esperar esse projeto ser aprovado para podermos começar a discutir ou da algum tipo de opinião?

POLICIAL MILITAR ATIRA NA CABEÇA DO OUTRO DURANTE TRABALHO

Um policial militar morreu na manhã deste domingo (30) após ser atingido na cabeça por um colega de batalhão enquanto faziam plantão no bairro de Apipucos, Zona Norte do Recife. Uma terceira policial foi testemunha do crime, que teria sido motivado por uma discussão sobre cotas raciais. O soldado acusado de efetuar o disparo já tinha um histórico complicado dentro da corporação, com relatos inclusive de dependência química e sérios problemas de relacionamento no trabalho. 
A vítima, Adriano Batista da Silva, 41 anos, estava na PM há pouco mais de 10 anos, serviu no 24° BPM, em Santa Cruz do Capibaribe, e, atualmente, estava no 11° BPM, em Casa Forte. Considerado por todos no batalhão como um bom policial, Adriano deixa mulher e um filho.
Os três policiais militares realizavam policiamento ostensivo numa viatura quando o soldado sacou a arma de fogo e atirou na cabeça do comandante da viatura. O policial baleado foi conduzido em estado grave para o Hospital da Restauração, mas não resistiu aos ferimentos. 
O comando da PM informou que o Centro de Assistência Social do batalhão está prestando total apoio aos familiares do PM assassinado.
A policial que presenciou o crime está em estado de choque e deve ser ouvida durante a instrução criminal. Já o agressor foi imediatamente preso e recolhido para a sede da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social.
O autor do disparo, Flávio Oliveira, que tem sete anos na Corporação, ao final da instrução criminal poderá ser submetido a um processo de Licenciamento ex-officio e ser expulso dos quadros da Corporação. 
FONTE: JC ONLINE

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