AS PRESEPADAS
DE ALGACI PARTE IV
O
MOSQUITEIRO
O saudoso Ivanildo de Bia foi uma das pessoas que mais se
afinou com Algaci, talvez por ser oficial de justiça, e ter no cartório de
Algaci um lugar que ele tinha de frequentar quase que diariamente e também por
gostar de beber, eram companheiros de farra.
Algaci começou a maquinar uma presepada com Ivanildo. Algaci
sabia tudo sobre Ivanildo, seus hábitos, suas manias e por ai vai. Numa noite
de muita chuva, estava Algaci bêbedo com um grupo de amigos em casa, então falta
energia, neste momento ele resolve colocar em prática algo que já vinha
maquinado a tempo, chegou a hora de aprontar uma com o amigo Ivanildo de Bia.
Algaci sabia que Ivanildo não tinha vindo para a farra,
porque ele ia viajar logo de manhã cedo, para isto era necessários dormir mais
cedo.
Por volta das 22 horas Algaci telefona para ele, sabia que o
telefone na casa de Ivanildo era na sala, sabia também que Ivanildo dormia de
cortinado, devido a grande quantidade de muriçoca, pois bem, Ivanildo já estava
começando a dormir, levanta e vai até a sala com uma vela acessa, ao tirar o
telefone do gancho diz –ALÔ – A VOZ DO OUTRO LADO PERGUNTA – É A CASA DE SEU
IVO DA CELPE – IVANILDO PRONTAMENTE DIZ QUE NÃO – A VOZ DO OUTRO LADO PEDE
DESCULPA E DESLIGA O TELEFONE.
Ivanildo abre o cortinado se deita e tenta dormir, o calor
esta insuportável, pois com a falta de energia o ventilador estava desligado.
Quando Ivanildo vai pegando no sono, novamente o telefone
toca, lá vai Ivanildo fazendo o mesmo trajeto, tira o telefone do gancho e diz –
ALÔ – A VOZ DO OUTRO LADO DIZ – SEU IVO DA CELPE QUE HORA VAI CHEGAR A LUZ –
IVANILDO JÁ COM RAIVA DIZ – AQUI NÃO É A CASA DE IVO DA CELPE – e desliga o
telefone.
Deita e tenta dormir, com 15 minutos ele já no início do
sono, o telefone toca de novo, ele pensa em não atender, porém pode ser uma
emergência na família, ele levanta e vai atender ao telefone – ALÔ – SEU IVO
VAI DEMORAR MUITO PARA A LUZ CHEGAR – AQUI NÃO É A CASA DE IVO DA CELPE –
DESLIGA O TELEFONE PUTO DA VIDA.
Deita e quando vai dormindo de novo o telefone toca, ele
levanta puto da vida e diz –ALÔ – DO OUTRO LADO DA LINHA ALGUEM PERGUNTA – SEU
IVO A QUE HORAS VAI CHEGAR A LUZ - ANTES DE ELE DESLIGAR O TELEFONE ELE OUVE LÁ
NO FUNDO UMAS RISADAS – ELE DESLIGA O TELEFONE E TIRA O DANADO DO GANCHO. Foi
uma noite para ser esquecida “calor, muriçoca e um cabra safado pensando que
ele era Ivo da Celpe”.