30 de agosto de 2014

Nos Coelhos, Armando defende mais saneamento e atenção aos serviços básicos

Nos Coelhos, Armando defende mais saneamento e atenção aos serviços básicos

Crédito da foto: Alexandre Albuquerque/Divulgação
Nos Coelhos, Armando defende mais saneamento e atenção aos serviços básicos

Em uma grande caminhada pela comunidade dos Coelhos, no Centro do Recife, nesta sexta-feira (29), os candidatos a governador Armando Monteiro (PTB), a vice, Paulo Rubem Santiago (PDT), e a senador, João Paulo (PT), se depararam com uma situação de total abandono da localidade. Em cada esquina, a população queixava-se da falta de saneamento básico, de moradia digna, de oportunidades de emprego e qualificação profissional.
Ao observar a chegada de Armando e João Paulo, a auxiliar de cozinha Janaina Ferreira da Silva, 33 anos, revelou que, desde que perdeu sua moradia em um incêndio, em agosto do ano passado, tem acumulado dívidas com aluguel porque o auxílio-moradia repassado pela Prefeitura do Recife é mínimo.
“Morava num barraco quando ocorreu o incêndio. A prefeitura prometeu me dar um dos apartamentos do conjunto habitacional, mas até agora nada saiu”, reclamou Janaina, acrescentando: “Até o auxílio a prefeitura está atrasando. Era para ter pago na quinta (28), mas até hoje não pagaram nada”, completou a moradora, que recebe R$ 200 por mês de benefício.
A reclamação de Janaina se junta às insatisfações dos moradores dos Coelhos que Armando, Paulo Rubem e João Paulo ouviram. Numa região em que, segundo dados do IBGE, a renda per capita é de R$ 174 e a maioria da população não tem um emprego formal e qualificação profissional, a comunidade ainda tem que conviver com o esgoto a céu aberto, a falta de infraestrutura, de equipamentos culturais, além das precárias condições de moradia.
Aos moradores dos Coelhos, Armando comprometeu-se em identificar se a Parceria Público-Privada para universalizar o saneamento básico contempla a região. Além disso, o candidato a governador prevê projetos para ampliar as ofertas de qualificação profissional, melhorias na infraestrutura e também cobrar à Prefeitura do Recife a regulação da coleta de lixo.
Para Armando, a realidade observada nos Coelhos se repete em outras comunidades do Recife e em várias regiões do Estado. “Aqui a gente sente o descaso com a população. O lixo, a falta de coleta, o abandono da prefeitura. De tudo isso, uma coisa me impressiona é ver as famílias cujas casas foram atingidas pelo fogo nas palafitas e estão abandonadas. A prefeitura não está pagando em dia sequer o auxílio”, lamentou.
“É por isso que as pessoas vivem insatisfeitas porque há questões que já deveriam ter sido feitas, como a coleta de lixo e o saneamento e não são resolvidas”, completou o candidato.
Crédito da foto: Alexandre Albuquerque/Divulgação
Crédito da foto: Alexandre Albuquerque/Divulgação
Crédito da foto: Alexandre Albuquerque/Divulgação

“Paulo Câmara precisa explicar relações com a empresa envolvida na compra do avião”, cobra Paulo Rubem Santiago

O deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT), membro da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, cobrou nesta sexta-feira (29) explicações sobre o Caso Bandeirantes, envolvendo a empresa Bandeirantes Renovação de Pneus, que recebeu incentivos fiscais durante a gestão de Paulo Câmara na Secretaria estadual da Fazenda. A Bandeirantes está envolvida numa operação nebulosa de pagamento do avião utilizado pela campanha presidencial do PSB e que vitimou o ex-governador Eduardo Campos.
“É preciso esclarecer à sociedade que relações foram estabelecidas entre Paulo Câmara, então Secretário, e a empresa, na condição de pré-candidato e depois candidato a governador de Pernambuco”, ressaltou Santiago.
O deputado faz indagações sobre o porquê de o ex-secretário ter concedido incentivos fiscais, nunca dados antes nas condições asseguradas por ele, a uma empresa cujos sócios haviam sido denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes financeiros e de sonegação fiscal, que ensejariam 55 anos de reclusão.
Na época em que Paulo Câmara beneficiou a Bandeirantes, seu dirigente já era réu, acusada pelo MPF de ter sonegado cerca de R$ 100 milhões. “Como é que o ex-secretário da Fazenda aceita conceder incentivos a uma empresa nessas condições, dois anos depois de ter sido denunciada? E três anos após receber o benefício, esta mesma empresa se envolve agora na operação de compra do avião”.
“É preciso saber também se Paulo Câmara, como pré-candidato ou candidato, viajou nos aviões da empresa, um LearJet, até maio, e o Cesnna, de propriedade do sr. Apolo Santana Vieira”, questionou Rubem.