15 de maio de 2014

GREVE: “O Sertão vai parar sem viaturas nas ruas”, alerta comandante do 14º BPM, em Serra Talhada.

A reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS conversou com o tenente-coronel Alfredo Wanderley, comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM), com sede em Serra Talhada, nesta quarta-feira (14). Ele revelou o sentimento da corporação com a relação a greve da Polícia Militar deflagrada em todo estado.
As negociações continuam, mas o comandante deixou clara a sua posição quanto ao futuro da greve em Serra Talhada e nas cidades em que o 14º BPM atua. Confira!
wanderley
FAROL-  Está confirmado a adesão do 14º BPM à greve que se instalou em Pernambuco?
Coronel Wanderley-  A greve estourou ontem (terça-feira), todos os batalhões da capital estão participando. Todos os batalhões do agreste estão participando e estão faltando alguns batalhões do sertão. Tive uma conversa com o efetivo do 14º Batalhão e disse que aguardasse a mesa de negociações que está acontecendo nesse momento no Recife. Como eu estava dizendo, a unidade aqui ainda não aderiu à greve, mas muito provavelmente vai aderir, porque a Polícia Militar é uma só. Mas não está confirmado que o 14º Batalhão aderiu ainda. Se toda a Polícia Militar está aderindo não é o 14º Batalhão que vai deixar de aderir. Só estamos esperando a adesão de outros batalhões do Sertão para aderir juntos com eles.
FAROL- Caso a greve se confirme, como ficará o policiamento ostensivo nas ruas de Serra Talhada?
Coronel Wanderley- No caso de uma greve, a Polícia Militar para como um todo, o que se chama de greve branca; então, acontecendo a greve, os policias que estariam em serviço ficam recolhidos nas unidades, ou seja, os de Petrolina no batalhão de Petrolina, os de Arcoverde no de Arcoverde, os de Salgueiro no de Salgueiro e os de Serra Talhada em Serra Talhada.
Nós esperamos que a mesa de negociações, que deve está sendo feita neste momento no Recife, chegue a um denominador comum que seja bom para as duas partes para que não tenha o movimento, pois este não é bom para o estado nem para a sociedade.
A Capital já está completamente parada, o Agreste já está completamente parado. Nós esperamos que se chegue a um entendimento, caso contrário, o Sertão também ficará completamente parado. Quando eu digo parado é parado mesmo, sem nenhuma viatura nas ruas, sem ninguém circulando.

Armando defende mais recursos para os municípios

Armando defende mais recursos para os municípios

Brasília - O senador Armando Monteiro (PTB) recebeu, em Brasília, prefeitos de todas as regiões de Pernambuco. Eles estão em Brasília junto com os demais representantes do Executivo do País para participar da 17ª edição da Marcha em Defesa dos Municípios. A principal pauta dos prefeitos é pressionar o governo a elevar em 2% os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que, atualmente, representa fatia significativa do orçamento da maioria das prefeituras brasileiras.
Armando é o relator da PEC 39, que dispõe sobre o assunto, e se manifestou sobre a questão no Plenário do senado destacando a importância da matéria e lembrando que na semana passada solicitou à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que inclua na pauta da próxima reunião a apreciação de seu relatório. A matéria propõe o aumento de dois pontos percentuais no repasse do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o Fundo de Participação dos Municípios. A PEC 39 foi feita para suprir perdas que o FPM vem registrando desde 2009. 
Armando entende que a alteração da proposta à Constituição Federal é oportuna, pois busca amenizar a situação de fragilidade fiscal dos municípios.  Segundo ele, a debilidade das finanças das prefeituras brasileiras, que já era grande antes da crise econômica e financeira de 2008, piorou muito depois que o Governo Federal precisou adotar medidas de redução e isenção tributária para tentar estimular o crescimento econômico.
Em seu relatório, o senador propõe a criação de uma regra de transição, que determine, ao longo de quatro exercícios, acréscimos anuais de 0,5 ponto percentual da participação do FPM na arrecadação do IR e do IPI. Esse parcelamento foi feito de forma a respeitar as metas fiscais do setor público e viabilizar a aprovação do texto no Congresso, mas garantindo ao final o aumento dos repasses do FPM de forma permanente.
“Trata-se de fixar prazo para o ajuste paulatino das contas da União ao aumento do aporte em prol dos tesouros municipais de forma a manter os compromissos com a responsabilidade fiscal e com o controle da inflação. Estamos fazendo isso de forma responsável e não abruptamente”, salientou.

Crédito da foto: Pedro França/Agência Senado