O governo do estado de Pernambuco andou espalhando para meio mundo de cidades o SAMU, ou seja, mandou as ambulâncias e os municípios entraram com a seguinte equipe para as unidades básicas: 01 técnico em enfermagem, 01 enfermeiro e 01 motorista-socorrista.
Mas, somente em unidade avançadas, a princípio em Caruaru e Recife, tem 01 técnico em enfermagem, 01 enfermeiro, 01 motorista-socorrista e 01 médico.
Há cidades que não tem infraestrutura para manter o serviço do SAMU. Será que a contra-partida do estado é tão somente a ambulância?
Se você precisar dos serviços do SAMU agora e ligar 192, vai cair na central em Caruaru e de lá é que vai sair a destinação do serviço. Se por ventura, você estiver próximo a divisa de outro estado, por exemplo Alagoas, poderá a chamada 192 cair em Palmeira dos Índios e daí o atendimento será do SAMU de lá.
Nos casos de algum tipo de atendimento de urgência, se em tal cidade de destino, não tem médico, o jeito é procurar onde tem médico de plantão, com isso, especialmente, vem superlotando o atendimento de emergência do hospital de Bom Conselho, ou seja, municípios próximos que tem SAMU, mas, não tem médico, estão enviando pessoas para serem atendidas em Bom Conselho.
Nesses casos, o Hospital Monsenhor Alfredo Dâmaso não ganha nada com isso, ao contrário, gasta os recursos do município e o estado não tem ajudado com mais nada.
A grande pergunta é: o SAMU foi realmente um bom negócio para os municípios? Os municípios estiveram preparados para receber o SAMU?
Na região do Agreste Meridional de Pernambuco, o SAMU de Bom Conselho é um dos únicos que tem toda a estrutura necessária para desempenhar seus serviços, inclusive, tem dado suporte a outras equipes de cidades vizinhas. Ponto positivo para a saúde do município.
