EDGAR ALAPENHA PARTE I
Era magro, alto, moreno claro, cabeleira fechada, tinha uma
voz gutural...
Edgar Alapenha desde novo que foi aquela criatura que tirava
da vida mais do que ela tirava dele. Era filho do Coronel Abílio Alapenha.
Edgar foi criado dentro da fazenda, lidando com gado e agricultura, e assim
terminou os seus dias, um homem que morava na cidade porém tinha espírito
rural.
Edgar sempre gostou de um bom cavalo, tenho para mim que se
você colocasse um bom cavalo e um bom carro e dissesse: EDGAR QUAIS DOS DOIS
VOCÊ QUER - tenho certeza que ele dizia sem titubear – QUERO O CAVALO.
Edgar desde novo que começou a fumar e a beber. O cigarro
fumado constantemente, fez com ele sempre fosse magro, ai o pessoal jogava a
imaginação e dizia que Edgar era tuberculoso. Agora meus senhores imaginem, um
homem que fumava feito uma caipora e bebia feito um gambá, iria chegar aos
setenta e poucos anos de idade, se ele tivesse tuberculose.
Edgar era uma fera para trabalhar, porém quando cismava de
tomar as suas, tirava direto por vários dias, só parando quando adoecia.
Edgar estudou no São Geraldo, porém o que ele gostava mesmo
era o trabalho na fazenda.
Certo dia uma bela senhorita (uma das mulheres mais bonita
que nossa cidade já teve) por nome de Valderez abalou o coração do nosso Edgar,
e tiveram um namorico, é quando o pai da moça resolve ir embora para a cidade
de Santos em São Paulo. Edgar ficou numa tristeza de lascar, ai se afogou na
cachaça, então vendo que o coração falava mais alto que a distância, pegou um
ônibus e foi para Santos pedir a mão de Valderez em casamento.
Dona Valderez veio morar em nossa terra e deu a Edgar três
linda meninas (Judite, Janete e janelaide) que ele criou sem frescura de
dondoca, elas foram criada na roça, tirando leite de vaca, capinando o mato,
dirigindo carro e trator, em fim, ele criou as meninas como se elas fossem um
filho, porém não esqueceu dos estudos dela, comprou uma casa na cidade e elas
vieram morar aqui, na Rua Siqueira Campos. Porém elas nunca perderam o cordão
umbilical da fazenda. Com um certo tempo o casal Edgar e Valderez adotam um
menino (Luiz).
Lembro-me muito bem, eu namorando a filha mais nova dele
(JANELEIDE) e aquele menino lourinho, olhos verde, uma belezura, fazendo
traquinagem.
ESTAMOS DECIDINDO O DIA DE MAIO EM QUE FAREMOS O LANÇAMENTO
DO NOSSO 2º LIVRO “ELEIÇÕES DE 2000, QUANDO UMA BURRINHA GANHOU DO TRIO
ELETRICO”. ESTAMOS TENDO O APOIO TOTAL DO PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES DE
BOM CONSELHO, VEREADOR GENINHO TAVARES.