O prefeito de Estrela de Alagoas Arlindo Garrote foi reconduzido ao cargo nesta terça-feira (26) por meio de um agravo de instrumento expedido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). A decisão também se estende ao vice-prefeito do município, José Teixeira. Conforme informações apuradas pelo CadaMinuto, logo após a decisão Garrote tomou posse. Garrote foi afastado do cargo após ter sido preso por determinação da Justiça a pedido do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), acusado articular uma quadrilha que desviou dos cofres públicos do município cerca de R$ 1 milhão. O prefeito se apresentou à Polícia no dia 25 de janeiro, após a prisão de sua mãe, Ângela Garrote, também acusada de fazer parte do esquema. O prefeito foi beneficiado por um alvará de soltura, expedido pelo desembargador Edvaldo Bandeira Rios, no dia 01 de março, mas foi afastado por 90 dias pelos vereadores da Câmara Municipal de Estrela de Alagoas.
O esquema
De acordo com as investigações do Ministério Público Estadual (MPE/AL), relativas aos anos de 2009, 2010 e 2011, as fraudes eram feitas em processos licitatórios para obras que deveriam ter sido executadas para ampliação e melhoramento da infraestrutura da rede viária, da Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Econômico, Secretaria Municipal de Obras, Viação e Urbanismo e Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente.
O prefeito, que à época respondia pelas titularidades da Secretaria Geral de Governo e da Secretaria de Administração e Finanças daquela cidade, responde pela acusação de chefiar uma quadrilha que cometeu os crimes de peculato, peculato furto, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, falsificação de documentos públicos, uso de documento falso e formação de quadrilha.
Figuram também como denunciados Ângela Maria Lira de Jesus Garrote, então secretária-geral de Governo; Washington Laurentino dos Santos, ex-secretário de Administração e Finanças; José Teixeira de Oliveira, à época secretário de Abastecimento e Desenvolvimento Econômico; Djalma Lira de Jesus, ex-secretário de Urbanismo, Serviços Públicos e Meio Ambiente; e Marcos André Barbosa, ex-gestor da Secretaria de Saúde. Todos são acusados de desviar R$ 980.798,11 da Prefeitura de Estrela de Alagoas.
FONTE: CADAMINUTO