O preço médio da cesta de alimentos básicos teve queda em fevereiro em nove das 17 capitais do País nas quais o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As quedas mais expressivas foram registradas em Brasília e Florianópolis, com reduções de 2,02% e 2,07%, respectivamente.
Brasília é destaque também pela redução da inflação em fevereiro. Entre as seis capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi Brasília a que registrou o maior porcentual de desaceleração da inflação, com o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerando 0,27 ponto porcentual, de 0,29% em janeiro para 0,02% em fevereiro.
Nas demais cidades que fazem parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Dieese, as que se destacam pela alta na cesta básica de alimentos no mês de fevereiro são: Aracaju (4,32%), Curitiba (3,36%) e Recife (3,20%). No caso de São Paulo, mesmo com a leve retração nos preços de 0,03%, a capital se mantém como a cidade mais cara entre as pesquisadas. De acordo com o Dieese, no mês passado, para adquirir a cesta de alimentos básicos na cidade de São Paulo o consumidor teve de desembolsar, em média, R$ 261,18.
O custo de vida para os gaúchos também não é baixo. Em Porto Alegre, o preço da cesta básica teve um aumento de 0,71%, para R$ 256,51. Este valor deixou a capital do Rio Grande do Sul como a segunda capital mais cara do País. Manaus ficou na terceira posição, com R$ 252,75. Brasília, apesar de ser destaque pela queda no custo de vida em fevereiro, ficou ainda em quarto lugar entre as capitais mais caras do Brasil. A cesta básica dos brasilienses encerrou o mês passado custando R$ 250,48. Aracaju (R$ 190,66) foi a única capital onde os produtos básicos custaram menos de R$ 200,00.
ACUMULADO DE 12 MESES - Se na medição mensal a cesta básica do Dieese teve alta em fevereiro em nove das 17 capitais pesquisadas, no acumulado de 12 meses o preço subiu em todas as cidades que compõem a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.
Em apenas três capitais a variação de alta ficou abaixo de 10%. Os destaques são as cidades de Salvador, com alta de 6,15%; Porto Alegre, com 7,57% e Vitória, onde a cesta básica teve um aumento de 9,60%. O poder de compra dos consumidores de baixa renda que moram nas cidades de Goiânia e Fortaleza foi o mais afetado. Nessas capitais, o aumento da cesta básica foi de, respectivamente, 26,70% e 20,84%.