A SAGA DO SABUGO
Meu amigo quem acha,
Que o sabugo é vilão.
Nunca correu pro mato,
Bem cheio de precisão.
E após fazer o serviço
Com muito sacrifício
Lhe faltou papel a mão.
Um sabugo perdido,
No meio do milharal,
É a salvação da lavoura
E até que não pega mal.
Quem é que vai recusar,
De com ele se limpar
Se não há escolha afinal?
Não fiquem de boca aberta.
Nem pensem que é novidade.
Ele já foi muito apreciado,
Nos campos e na cidade.
Passou na bunda de gente
Que se dizia bem decente,
E de uma alta sociedade.
O sabugo meu camarada,
Já foi de grande valia.
Bunda de ricos e pobres,
Era ele quem acudia.
Mas o povo é bem cruel
Agora que existe papel,
O pobre sabugo repudia.
Nos tempos idos era tido,
Como a melhor solução.
Ele limpa, coça e penteia,
Propagava a população.
Que hoje o sabugo renega,
Mas já teve ele nas pregas,
Meu Deus! Que ingratidão.
A VIDA É CHEIA DE ACLIVES E DECLIVES, QUEM NÃO SABE ENCARA-LOS, VAI TER QUE USAR O SABUGO, PENSE NISSO!