Menstruação atrasada nem sempre é gravidez.

Um mês passou, a mulher esperou e a menstruação não veio. A primeira suspeita é que o quadro indica uma gravidez (desejada ou não), mas os médicos especializados alertam: alterações no ciclo menstrual podem revelar situações do universo feminino que vão além da gestação.
Se o exame para confirmar se a mulher está grávida der negativo, um leque de possibilidades é aberto para explicar a falta do sangramento no mês. “A irregularidade na menstruação tem como tradução uma desarmonia do corpo da mulher”, define Luiz Flávio Cordeiro Fernandes, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e ginecologista colaborador do Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo ele, os resultados são mais precisos após três ciclos ausentes.
O descompasso orgânico que resulta em uma ausência temporária de menstruação (chamada de amenorreia) pode ter a origem em uma situação de estresse – pessoal ou profissional – mudanças significativas nos ponteiros da balança (para mais ou para menos) ou ainda funcionamento irregular dos hormônios.
“O funcionamento da tireóide, nestes casos, precisa ser investigado pois os hormônios produzidos por ela tem influência direta no ciclo menstrual”, afirma Vera Fonseca, presidente da Sociedade de Ginecologia do Rio de Janeiro. “Outra hipótese é que a mulher esteja com um hormônio chamado prolactina alterado. Este desajuste na dosagem pode vir acompanhado de sintoma nenhum, mas em algumas pacientes há presença também de dor de cabeça e produção de secreção leitosa no mamilo.”
Influência externa
O médico Luiz Flávio acrescenta que a falta de menstruação pode ser acarretada por fatores externos. Exercícios físicos feitos de forma exagerada podem resultar em amenorreia. Junto com a ausência de menstruação, os especialistas dizem que o mau humor é outro sintoma da overdose de treinos.
Além da malhação desmedida, a presidente da Sociedade de Ginecologia do Rio de Janeiro diz que alguns medicamentos, “em especial os tranqüilizantes e os ansiolíticos, podem aumentar o nível de prolactina e consequentemente implicar na ausência de menstruação por alguns meses.”
Mudança de fase
Mas nem só problemas físicos e emocionais explicam as alterações no ciclo menstrual da mulher. O relógio biológico que tanto interfere na fertilidade também tem efeitos na menstruação. Na adolescência, é mais comum ter inconstâncias no calendário menstrual, assim como alterações no fluxo (às vezes mais, às vezes menos). Na fase adulta, a escolha do anticoncepcional errado também pode interferir na menstruação, provocando os chamados escapes fora de hora. Outro cuidado é que as pílulas podem interferir até mesmo na libido, como mostrou pesquisa feita pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Em enquete nacional, a entidade identificou que 16% das usuárias acreditavam que o uso do medicamento atrapalhava o prazer.

Justiça do Trabalho lacra três matadouros em Alagoas.

Os matadouros municipais das cidades de Viçosa, Paulo Jacinto e Chã Preta foram lacrados nesta sexta-feira (14) pelo juiz federal do trabalho Flávio Luiz da Costa do TRT de Alagoas, por descumprimento de acordo judicial referente às condições degradantes a que são submetidos os trabalhadores. A decisão atende a uma ação civil pública formulada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas. Durante a interdição dos matadouros, o juiz estava acompanhado do procurador do trabalho Gustavo Accioly.
Os três estabelecimentos foram alvo de denúncias em 2007 e receberam um prazo para se adequar às normas exigidas pela Justiça do Trabalho até 2009. A determinação não foi cumprida no prazo fixado, apesar do acordo judicial firmado com os responsáveis pelos matadouros, que se comprometeram a instituir serviço de engenharia, medicina e segurança de trabalho. Por isso, o abate de bois, búfalos, cabras, porcos e aves foi suspenso. Caso haja descumprimento da decisão, os responsáveis estarão sujeitos à multa de R$ 50 mil por dia de funcionamento posterior ao lacre e também poderão responder por crime de responsabilidade.
Outras irregularidades foram encontradas nos matadouros. Além de haver menores trabalhando, o abate, que deveria ser aéreo, era feito no chão. Também foi constatada a existência de trabalhadores sem a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s), alguns sendo encontrados descalços e todos sem luvas, mantendo contato direto com o material orgânico dos animais. Os magarefes e as fateiras, que retiram e limpam as vísceras após o abate, mexiam nos animais com as próprias mãos.
Os três matadouros despejavam os resíduos do abate em rios locais. O de Paulo Jacinto também descartava no rio as cabeças dos bois, além de apresentar, juntamente com o de Chã Preta, instalações pequenas e sem ventilação alguma. Não foi comprovada a implementação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), já que algumas atividades realizadas nos estabelecimentos apresentam risco de vida e as condições sanitárias não eram adequadas.
“O processo de abate é inadequado e ultrapassado, com condições que vão de encontro ao bem maior de todo ser humano: a vida, degradando a dignidade desses trabalhadores”, afirmou o juiz Flávio Luiz da Costa.

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