30 de dezembro de 2010

Produtores de leite formam associação em Jacaré dos Homens.

Pequenos criadores de gado de leite da comunidade Baixas, na zona rural de Jacaré dos Homens, no Sertão alagoano, acreditam que o associativismo vai abrir as portas para a comercialização da produção e para o fortalecimento da atividade. Com esse intuito, eles se reúnem no próximo dia 12 de janeiro para formalizar a Associação dos Produtores de Leite da Agricultura Familiar (Aprolaf). Na ocasião, haverá a aprovação do estatuto e uma capacitação sobre ordenha manual higiênica, como parte das ações do Programa Alagoas Mais Leite, coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri).
Segundo a zootecnista Fabiana Fontes, articuladora territorial da Bacia Leiteira, por meio do associativismo os criadores podem vender a produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) modalidade Especial Leite, mais conhecido como Programa do Leite. Ela ressaltou que na comunidade Baixas os criadores já fizeram outras reuniões para estruturar a associação.
“A formação da associação, com a capacitação dos integrantes, e a garantia do fornecimento de leite, vai credenciá-los para fornecer o produto ao PAA, que mantém um preço constante ao longo do ano e fortalece a cadeia produtiva”, frisou Fabiana Fontes.
Segundo ela, no início a Aprolaf vai contar com 26 associados. De acordo com o engenheiro agrônomo Renato Carvalho, gestor do Programa Alagoas Mais Leite, os membros da associação vão receber kits de ordenha manual higiênica, kit de inseminação artificial, que inclui um botijão contendo 500 doses de sêmen de alto valor genético, e acompanhamento técnico específico.“Essa associação já recebeu, por meio de uma permissão de uso, um tanque de resfriamento de leite”, lembrou Renato Carvalho. Ele salientou também que o Programa Alagoas Mais Leite vai implantar campos de forragens com palma adensada e sorgo forrageiro em todas as comunidades atendidas

LULA ASSINA MP QUE ELEVA SALÁRIO MÍNIMO PARA R$ 540, DIZ MANTEGA.

Aumento passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2011.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira (30) medida provisória que garante o aumento do salário mínimo, de R$ 510 para R$ 540, a partir de 1º de janeiro de 2011. Ele salientou que a definição desse valor é positiva para economia porque evita um aumento muito forte no déficit da Previdência e, ao mesmo tempo, preserva o poder de compra do piso salarial do País que, segundo Mantega, teve o maior crescimento da história nos últimos oito anos. "Com um mínimo de R$ 540, não teremos pressão tão grande na Previdência, o que ajuda no equilíbrio fiscal."

Ele comentou que o novo mínimo também vai ajudar a manter a inflação sob controle. 'Em 2010, tivemos uma pressão forte, no início e no fim do ano, de aumento nos alimentos. Se tirarmos o grupo alimentício, teremos o IPCA deste ano abaixo de 5%', disse. 'Para 2011, a inflação estará controlada', continuou Mantega, lembrando que o governo já tomou algumas medidas nessa direção, como as medidas de restrição ao crédito.
Nos seus oito anos de mandato, Lula cumpriu a promessa de realizar um aumento real do salário mínimo. Mantega justificou que o valor para 2011 não terá ganho real em função do PIB negativo de 2009 e destacou que, para 2012, já está garantido que o salário mínimo 'terá um bom aumento real, de 7,5% ou 7,7%, correspondente ao PIB deste ano'. O ministro informou ainda que o presidente assinou outra medida provisória, a ser publicada amanhã no Diário Oficial, complementando as medidas anunciadas no início do mês para incentivar o financiamento de longo prazo, como a isenção de imposto de renda na emissão de debêntures.