Tenho viajado por esse Nordeste afora e tenho encontrado cidades menores que Bom Conselho em pleno desenvolvimento, enquanto que a terra de Papacaça anda mergulhada num ocaso administrativo, onde os jovens, os pais de família, são obrigados a irem para outros torrões para conseguirem realizar seus sonhos.
Bom Conselho virou uma capitania hereditária de uma única família que come caviar e oferece o resto para a população carente. Carente de tudo, de entusiasmo para ganhar a vida, de educação com qualidade, de saúde, de assistência social de qualidade, de infraestrutura e de um povo liberto.
O vício da compra de voto prostituiu o eleitor boncoselhense. O falso assistencialismo de dar um remédio de "dor de dente" é propagado como algo fantástico, do outro mundo. O continuísmo em Bom Conselho só faz levantar ainda mais a falasa ideia do "caminho certo".
Uma minoria comendo caviar, agarrada nas "tetas" da prefeitura e distribuindo falsos sorrisos e "tapinhas nas costas" dos tolos. A cidade segue um destino sem rumo, onde certos e determinados intelectuais, se rendem ao fascismo implantado no território municipal.
O que não falta em Bom Conselho é gente querendo pegar no "andor do santo" nas procissões, fazendo média com religiosos, achando que eles serão os responsáveis para leva-los ao céu (só se for da boca de um camelo!).
Vendo municípios menores progredindo, inovando, criando oportunidades, nesta aldeia segue um caminho contrário cheio de invenções mentirosas.
O que podemos esperar de uma cidade que vive na sombra de um bingo, de uma festa anual ou de obras do governo estadual (quando aparecem)?
O que podemos esperar de uma cidade que não consegue numa década ter pelo menos um semáforo mais novo ou menos usado?
O que podemos esperar de uma cidade que é administrada por um inexperiente estudante?
O que podemos esperar de uma cidade que tem gente que nem aprendeu a tapar os buracos, mas se acha "otoridade"?
São vários os motivos para não acreditar que um dia essa cidade terá um povo livre e independente.
O tempo dirá se temos ou não razão.
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