13 de março de 2023

Preços de seminovos no Brasil voltam ao patamar de pré-pandemia


Conforto, status, liberdade. São vários os motivos que fazem o automóvel figurar entre os principais objetos de desejo do brasileiro, superando, até mesmo, a casa própria, como mostram algumas pesquisas. No entanto, este sonho esteve mais difícil de se realizar nos últimos anos. A soma de juros altos e falta de produto no mercado durante a pandemia fizeram o preço de novos e seminovos saltar. Mas, assim como a vida em geral, os preços dos veículos seminovos já têm voltado à normalidade.

Quem garante é Fábio Bizetto, CEO do portal Carango, que há 17 anos atua em anúncios de venda de veículos no Nordeste. Bizetto está à frente da organização do feirão de seminovos que acontecerá entre os dias 17 e 19, no Centro de Convenções, em Jaraguá.

“Na verdade, os preços já baixaram. O mercado está começando a ficar equalizado, porque os carros novos já começaram a fazer as entregas, e aí com a demanda dos carros novos, a circulação dos carros novos, isso impacta direto no seminovo, porque tem mais demanda, mais troca, mais procura”, explica.

O empresário conta ainda que o perfil de carros e motos disponíveis no feirão é diversificado. Ele conta que são mais de 400 carros e motos à venda. “Os lojistas levam modelos diversificados, justamente para suprir a necessidade do público”, detalha.

Ele cita que no último feirão, os modelos mais vendidos foram da categoria SUV, e que no penúltimo foram Sedan. Bizetto conta que o fato de várias lojas estarem reunidas em um mesmo espaço permite que o consumidor faça uma pesquisa de preços melhor. Ele diz ainda que, a depender do perfil do cliente, a taxa de juros do financiamento pode ser de 0,99%.

E ao que tudo indica a fase dos preços altos chegou ao fim. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o carro usado havia ficado, em média, 17% mais caro. Já entre janeiro de 2023 e janeiro de 2022, a inflação oficial sobre o usado foi bem menor, de apenas 1,07%. Em algumas capitais avaliadas pelo IPCA, inclusive, o cenário foi de uma leve deflação, que chegou a 5,4%.

De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), o seminovo está entre 6% a 7% mais barato em relação ao que custava no primeiro semestre de 2022. Desse modo, a entidade projeta uma pequena deflação de até 3% para o usado nos próximos meses.

“O que pode acontecer no primeiro semestre é que a velocidade de queda dos preços não seja mais tão acelerada porque já vemos um aumento nas vendas em janeiro e fevereiro deste ano em relação a 2022. Os preços começaram a se acomodar e o próprio mercado também”, explica Enilson Espínola Sales de Souza, presidente da Fenauto.

A Fenauto projeta uma alta nas vendas do setor, cujo volume pode chegar a 15 milhões de seminovos e usados comercializados. Isto seria um aumento de 25,2% sobre as quase 12 milhões de unidades vendidas no ano passado.

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