A campanha de vacinação contra a poliomielite chegou ao fim no dia 31 de outubro e, mesmo tendo sido prorrogada mais de uma vez, doze municípios alagoanos não atingiram a meta de imunização preconizada pelo Ministério de Saúde, que é o de vacinar a partir de 95% do público-alvo: crianças entre 1 e 4 anos.
Segundo o Ministério da Saúde, Maceió é o município alagoano que teve o pior percentual de vacinação, 57,40% do público-alvo. Até o dia 2 de novembro, a capital alagoana havia, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, aplicado 27.206 doses. A cobertura total é de 51.840 doses em crianças na faixa etária de 1 a menores de 5 anos de idade.
Os doze municípios que não atingiram a meta foram:
- Maceió - 57,40%
- Novo Lino - 55,18%
- Mata Grande - 71,64%
- Boca da Mata - 72,46%
- Capela - 75,77%
- Carneiros - 77,03%
- Cacimbinhas - 80,90%
- Mar Vermelho - 82,61%
- Estrela de Alagoas - 84,26%
- Ibateguara - 86,64%
- Pão de Açúcar - 86,70%
- Olho D'Água Grande - 89,80%
Segundo o médico infectologista, Fernando Maia, essa é uma doença com grande capacidade de deixar sequelas graves e permanentes. “Essa é uma vacina disponível nos postos e não justifica essa falta de adesão. Talvez a baixa cobertura vacinal se deva, ironicamente, ao sucesso da vacina. Como não se foi registrado um caso de poliomielite, as pessoas acham que a doença não existe mais e tenderam a relaxar na vacinação. A doença não acontece justamente por causa do sucesso da imunização no público-alvo, mas é importante, indispensável e urgente que se mantenha essa vacinação. Com a queda dos níveis vacinais há um grande risco da reintrodução da doença no Brasil”, alertou.
Para se vacinar, basta que os pais ou responsáveis com as crianças se dirijam a uma unidade de saúde mais próxima munidos de documento oficial com foto e cartão de vacina.
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