Falso advogado usava número de OAB de profissional desde maio, diz vítima

 


O falso advogado preso nesta segunda-feira (3) realizando uma audiência em um fórum em Maceió utilizava o registro da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL) de uma advogada profissional para tirar dinheiro das vítimas. A informação foi dada pela própria advogada que teve o número usado no esquema. Ela registrou um Boletim de Ocorrência na noite desta segunda-feira.

De acordo com informações da própria advogada, ela recebeu uma ligação por volta das 15h, sendo informada de que um falso advogado estaria utilizando o seu registro para aplicar golpes.

"Por volta das 15h, uma membra da comissão de prerrogativa da Ordem entrou em contato comigo explicando o fato, dizendo que um suposto advogado estaria se valendo do meu número de registro na Ordem para captar clientes e aplicar vários golpes", afirmou em entrevista à TV Pajuçara.

Segundo a verdadeira profissional, o homem usava o registro dela há meses. "Ele tem usado a minha OAB desde maio. E de lá para cá, ele tem feito várias vítimas na condição de suposto advogado, tem captado clientes e extorquido dinheiro delas. Quando a gente chegou aqui [Central de Flagrantes] já tinha outras três vítimas e no fórum outras três", afirmou durante entrevista.

A suposta prática criminosa foi noticiada à Comissão de Fiscalização e Combate a Irregularidades da Advocacia pelo próprio fórum, de acordo com o vice-presidente da comissão, Julio Sampaio. Ao chegar no local, a equipe da comissão constatou que o homem não tem registro na OAB, nem como estagiário. Ele foi conduzido pela Polícia Militar à Central de Flagrantes, no bairro do Pinheiro, em Maceió.

Segundo o vice-presidente da comissão, ao chegar no fórum, a equipe da Ordem encontrou algumas vítimas em posse de documentações com atas e despachos fraudados e timbrados com timbre do Poder Judiciário. O material foi recolhido para investigação.

"Junto ao pessoal que se encontrava lá presente, recolhemos com as pessoas, não com ele, uma série de papéis, onde ele fraudava atas, despachos. Essas atas e despachos sempre vinham com timbre do Poder Judiciário de Alagoas para dar uma maior segurança para a vítima de que de fato ele era algum advogado e outra pessoa que estava com ele era um magistrado. Em um dos documentos tinha o nome da pessoa [o falso advogado] e uma inscrição [da advogada]", afirma Sampaio.

Há denúncia de que o suspeito tenha enganado famílias que precisavam do trabalho de advogados e até contava, para a prática criminosa, com outro homem que se dizia juiz. Uma das vítimas relatou ter perdido R$ 16 mil para o falso advogado.

por GazetaAL

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