Bom Conselho fez um péssimo negócio pela decisão de uma maioria de eleitores, sufocando ainda mais o crescimento e desenvolvimento da terra de Pedro de Lara.
Diante dos fatos e resultados, o curral eleitoral está mantido. Falta apenas construirem uma cerca de arame farpado e no entorno da linha limítrofe da terra de Papacaça, colocarem uma cancela e um cadeado e uma faixa com os dizeres, "aqui só entra quem eu quero".
O que escreveu Artur Carlos Vilela em seu livro "Memórias", repete-se em Bom Conselho em pleno século XXI, ou seja, em 1853, quando Bom Conselho era Vila e foi atingida pela epidemia de cólera, o coronel Augusto Martiniano Soares Vilela, tornou-se o maior mandatário após a morte de Luiz Carlos (outro líder político) e o coronel Antônio Anselmo, muito idoso não mais respondia pelos seus atos, ele, Augusto, tornou-se o chefão da Vila de Papacaça e da região, por que tudo passava por ele, até as mínimas decisões dos habitantes da época.
O coronel Augusto Martiniano mandava e desmandava, elegendo quem ele bem queria, especialmente que o obedeceria. Augusto, conseguiu nomear um irmão delegado, chamado de Gracindo que morreu aos 40 anos de idade e tinha um temperamento diferente do seu irmão, coronel.
Uma das vítimas de perseguição do coronel Augusto Martiniano era o frei Caetano de Messina. Outro aspecto histórico, segundo Carlos Vilela, Augusto e Gracindo eram casados com duas irmãs, dona Mariquinha e Galeana.
Por mais de meio século o coronel Augusto mandou e desmandou na terra de Papacaça e somente no ano de 1889 teve sua carreira política interrompida pela vitória de Lourenço Ipiranga com o apoio dos Tenório-Cavalcante que subiram ao poder na queda do gabinete conservador do conselheiro João Alfredo (nome da rua onde está hoje o STR).
Mais uma oportunidade o eleitor bonconselhense teve nas mãos, mas preferiram jogar fora. Então, não reclamem quando tiver faltando remédio nos postos de saúde, quando não tiver médicos no hospital, quando a cidade estiver as escuras e esburacada e a zona rural se acabando de sede, sem estradas para andar e o desemprego batendo a sua porta.
Um povo dominado é um povo que nunca quer largar a fome.
Pense nisto!
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