A HISTÓRIA E OS ATRATIVOS TURÍSTICOS DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DA TAPERA, SERTÃO DE ALAGOAS

 

O projeto Poeta Viagens e Aventuras chega ao município de São José da Tapera, sertão de Alagoas. Dessa vez, através de vídeos e fotos, mostraremos alguns dos atrativos turísticos do município. Contaa história que o inicio de sua colonização se deu em 1900 numa propriedade agrícola pertencente à família Maciano. Próximo à fazenda, residia Antônio Francisco Alves, conhecido como Antônio Marruá.

Cláudio André, Remi (artesão) e Basto (artista da pintura automotiva e irmão desse blogueiro)
O município de São José da Tapera tem vocação turística, desde que se alavanque esse setor com projetos socioeducativos. Além serras, vales, grutas que serviram de esconderijo para Lampião e sua tropa na década de 30, andando pelo município você vai encontrar grandes artesãos com trabalhos exuberantes de madeira, cipó e barro. Estive na casa do agricultor Remi, caboclo brabo, que somente aos 50 anos de idade descobriu o dom artístico para o artesanato.

Uma cobra feita de madeira é uma das artes imaginativas do artesão remi. Estarei contando a história do artesão Remi em vídeo no meu canal no You Tube. Um agricultor, analfabeto, caboclo-brabo, que somente após meio século de vida começou a da vida a seu imaginário através da madeira.

A comunidade da Bananeira está localizada na linha limítrofe dos municípios de Olho d'Água das Flores e São José da Tapera. A casa simples do artesão de Remi está rodeada de puro artesanato, seja no terreiro, seja no alpendre da casa, enfim, para todos os lados há obras do artesão.  A madeira que iria ser utilizada para fazer fogo, é reaproveitada pelo artesão.

Se de um lado tem o sítio Bananeira (reduto do artesão Remi), do outro lado da rodovia AL-220, tem o povoado Antas, abrigo do outro artesão que faz lindas obras de artes feitas de cipó. O seu Adeilto, agricultor, pai de 10 filhos, vive e sobrevive do Bolsa Família e do artesanato. Numa reportagem por vídeo, que publicaremos no nosso canal no You Tube, ele relata como é sua vida para da o sustento da família, entrando na caatinga, enfrentando jiboias, para a retirada a matéria prima para da vida as sua obras, que é o cipó.

A lição do dia que tive. Como, essas crianças, no meio da caatinga, vivendo na pobreza, sorriem, brincam, mostrando felicidade por ter um lugarzinho para viver dignamente. Quantos de nós, temos todo conforto e ainda amanhecemos o dia reclamando da vida?  Na casa do artesão Adeilto a maioria dos filhos são menores de idade, que varia dos 03 aos 07 anos (entre as crianças) e entre os adultos, de 18 a 35 anos. Todos ocupando um pequenina casa, herança dos pais do artesão.

Depois de visitar dois artesãos em locais distintos do município de São José da Tapera, fomos subir a serra do Xitroar, um dos cartões postais do município. Encontramos próximo a encosta da serra esse plantio de babosa, uma planta medicinal, também conhecida como Aloé vera.

A partir que fomos avançando para chegar ao topo da serra do Xitroar. O nome Xitroar tem origem indígena e é uma planta nativa da caatinga que faz parte da família da catingueira.

Com uma altitude próxima dos 500 metros a serra do Xitroar é o cartão de visita para quem esta chegando a São José da Tapera pelo lado leste do município. A serra tem uma grande afloramento rochoso granítico ainda em transformação devido a ação do intemperismo. A vegetação que encobre toda a serra é puramente de caatinga, onde facilmente pode se encontrar cactáceas, bromélias e muitas plantas arbustivas. Somente um estudo poderá nominar a riqueza da fauna e da flora preexistente no entorno a serra.

Para chegar ao cume da serra do Xitroar tem uns três acessos considerados moderados, porém o lado leste da serra que fica com vista para a comunidade de Bananeira, é muito íngreme e caminho exige fôlego, preparo físico e determinação para escalar partes da camada rochosa granítica. Por esse lado é ideal para a prática de rappel (esporte de aventura), que pode trazer turistas praticantes desse esporte individual.

O senhor Batista, 88 anos de idade, um dos moradores antigos da comunidade da Bananeira, tem saúde e disposição que faz inveja a qualquer cidadão, foi nosso guia para subir metade da serra, onde tem uma abrigo natural proporcionando uma vista panorâmica sensacional. No entorno da serra do Xitroar há muitos animais roedores do tipo preá e mocó.

Escalar o rochedo granítico da serra do Xitroar pelo lado leste não é tarefa para qualquer um. Como já somos habituados a esse tipo de aventura, não foi dolorosa a subida. Primeiro, nos embrenhamos por uma vegetação arbórea (representa as árvores que apresentam de 8 a 12 metros de altura), até chegar ao "pé da serra".

Nessa caminhada encontramos uma pedreira desativada que no passado destruiu a banda de um rochedo granítico, algo que lamentamos, por que a rocha não se recompõe como uma planta, que você corta o caule, mas a raiz não morre e ela volta a brotar, etc.

Encontramos na camada rochosa da serra do Xitroar muita macambira que se da muito bem em solos rasos e em rochas já que suas finas raízes vão buscar água nas frestas das rochas. macambira (Bromelia laciniosa) é uma planta da família Bromeliaceae, a mesma do abacaxi. 
Além disso, a macambira é usada em momentos de seca para ser oferecida ao gado, no sertão. Como é fibrosa e rica em proteínas, o gado geralmente engorda rápido. Por fim, a espécie também serve para a alimentação humana.

Para chegar a esse abrigo rochoso localizado no lado leste da serra do Xitroar tem que fazer malabarismo entre cactos, bromélias e várias outras espécies de plantas nativas da caatinga. Nesse local, na lateral da serra a altitude chega a 350 metros. Por esse lado visualiza-se várias comunidades, como por exemplo, Bananeira, Antas, Marruá e sítios circunvizinhos.
Se o poder público local tiver interesse, dará condições a secretaria municipal de cultura e turismo fazer uma rota de turismo exclusiva para essa região. Feita a sugestão.

Essa é a primeira reportagem de uma série de seis.

PATROCINADORES 
Vereador por São José da Tapera





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